quarta-feira, 29 de julho de 2009

um bom joguinho em família





Carol Burnett Show foi um programa da TV americano muito, muito bom. Descobri quando fizeram uma caixa com algumas pérolas dos 20 anos do programa, mas o Artur Xexéu pegou emprestado e perdeu. Nossa, nunca vou perdoá-lo por isso. Mas, enfim, como não tenho nada pra fazer, só um mestrado de nada, estava perambulando pelo You Tube e achei isso aqui (sorte sua, Xexéu!).

Eu sei, eu sei, é longo...

Tem a segunda parte, também:

terça-feira, 21 de julho de 2009

Palavras que todo nerd gosta de ler ou ouvir


O Alfredo sempre brincou que tudo que tem Empire no título ele vai gostar. E realmente para os nerds assumidos algumas palavras são mágicas, servem para quebrar a carapaça de normalidade que às vezes utilizamos no dia a dia e revelam nossa condição íntima para as pessoas ao redor.

Então um dia passando os olhos pelo BGG minha alma nerd assomou à superfície do meu ser, tomou conta de mim, apossou-se do meu cartão de crédito, dirigiu-me ao Ebay e me fez comprar Conquest of Fallen Lands (não preciso dizer que adoro falar o nome deste jogo).

Trata-se de um board game do russo Andrei Burago (exotismo é outra coisa que chama a atenção), que utiliza tabuleiro modular com peças hexagonais (repleiabiliti padauãs), pecinhas de dinheiro, cartas com nomes legais (vide figura acima) e contas de vidro multi-coloridas (500 anos atrás seríamos índios trocando ouro por contas de vidro...).

O conceito do jogo é simples: quem conquistar terrenos ganha dinheiro e quem tiver mais dinheiro no fim do jogo, vence. Mas daí entram os detalhes do jogo: ao longo dele nós precisamos gastar dinheiro para fazer coisas e quando conquistamos deixamos os terrenos adjacentes mais fáceis para o adversário.

Aí começa a entrar a famigerada estratégia, ou o diferencial que faz a Tânia vencer jogos. No seu turno você pode fazer quantas ações quiser, na ordem que você quiser. O limitante é dado pelos seus seguidores, uma vez esgotados não resta nada a fazer: toda vez que vc baixa uma carta ou faz uma ação, vc precisa pagar o respectivo "custo" utilizando um seguidor, ou seja, acabando os seguidores não resta nada a fazer.

Por exemplo, conquistar um terreno, ação básica para vencer no jogo: a dificuldade do terreno é dada pelo número escrito nele (o qual também é o valor de recompensa). Para conquistar preciso baixar uma carta de tropa cujo número de ataque (número vermelho na carta) seja igual ou superior ao número indicado no hexagono em questão, sendo que as tropas adjacentes, de terrenos conquistados por mim ou por outros jogadores, contribuem com seu valor de apoio (número branco).

Detalhe muito importante e que abre espaço para as sacanagens: o terreno que você vai conquistar precisa ser adjacente a um terreno que você tenha conquistado previamente, caso contrário, cada hexagono que vc precisar pular para chegar a um terreno, tomando um próprio como ponto de partida, exigirá que você gaste um mago e 7 de dinheiro (considerando que os terrenos variam entre 1 e 12, você pode ter um sério problema em mãos, caso pretenda vencer o jogo).

Como a conquista de terreno sempre exige uma carta de tropa, independente que as tropas adjacentes já garantam a vitória, as tropas sempre tem o seu valor, não importando que seja um War G0lem (que legal) ou um mero Spearman, o que é uma grande sacada.

É um jogo bacana, de regras muito simples, uma arte diferente e rápido, com alta rejogabilidade. Considero uma excelente aquisição, principalmente se você for ligado em temas medievais e de fantasia.

Bazinga!

domingo, 19 de julho de 2009

Tijolo ou argila?

Pra comemorar a nova formatação do blog nada melhor do que um post sobre tijolos


Como já mencionamos em posts anteriores, primeiro sábado do mês é soirée jeux na ludoteca de Issy les Moulineau. Como a Bel está soterrada pelo mestrado e não queria dormir tarde, tive que arrumar outra companhia pra ir pra última soirée comigo. Convidei então a Marina (russa) e seu namorado Ianick (francês). Ambos foram apresentados ao mundo dos jogos por nós e adoraram.

Nos encontramos mais cedo, jantamos, e pouco depois das 9 lá estávamos nós escolhendo o que jogar (são muuuitas opções). Um outro francês (habitué da ludoteca) se juntou a nós e resolvemos então testar o Ghost Stories. Ele conhecia bem as regras e já tinha jogado diversas vezes. Nos explicou tudo rapidinho e lá fomos nós à caça aos undead. Tivemos algum problema de tradução prncipalmente com a Marina que não conhecia o vocabulário específico. Foi difícil lembrar a diferença entre amaldiçoar (maudir) e assombrar (hanter), mas o mais complicado foi o exorciser.

Marina - O que quer dizer exorcisar?
Tânia - Matar
Menino da ludoteca (sorry, não sei o nome dele) - É, não é bem matar pois os fantasmas já estão mortos.
Tânia - É matar, Marina

Enfim, acho que ele não ficou muito feliz com a minha falta de tato pro vocabulário do jogo, mas tudo bem. Jogamos e matamos (ou exorcisamos) todo mundo. Embora tenha sido muito apertado, conseguimos vencer do tabuleiro com dois de nós mortos e os outros dois nos últimos suspiros. Eu gostei do jogo, mas não adorei. Acho que como jogo cooperativo prefiro o Pandemia.

Em seguida a Marina resolveu que queria jogar um jogo de construção. Como o Civilization seria um pouco longo, optamos por um bom e velho Catan. O casal nunca tinha jogado então me pus rapidamente a explicar as regras enquanto nosso amigo "menino da ludoteca" ia dar um voltinha. Assim que voltou iniciamos a partida.

Rola dado, produz, contrói...

Tânia - quem quer trocar uma madeira por um tijolo
Menino da ludoteca - é argila!

Gente, no Catan francês não tem tijolo, mas sim argila!!! Que choque!!!

Mas fui fiel ao nosso blog até o fim e continuei trocando tijolo até o fim do jogo No fim acho que até ele se conformou e já estava chamando de tijolo também.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

do it yourself

O autoexílio tem várias coisas excelentes. Aqui, posso escolher um jogo e ele provavelmente estará numa das diversas prateleiras das lojas especializadas. Ok, o preço é mais salgado que na Alemanha ou Estados Unidos. Mas tem a comodidade e o fascínio de você ver todos eles lá, pedindo para serem escolhidos (pick me!, pick me!). Mas, ah!, estamos nos soldes (liquidação em português brasileiro) e tenho quase certeza que as lojinhas também entram nessa!

Mas a vida na Europa tem também o seu lado chato, insuportável, até. Aqui é a cultura do do it yourself para tudo. Não quer fazer? Pague, então, uma pequena fortuna para alguém fazer no seu lugar. E, como não estamos com essa bola toda, fazemos.

Uma das missões mais insuportáveis é a lavanderia. A nossa está a umas seis quadras daqui de casa. Uma caminhadinha nada demais. Tem mais perto, mas é mais cara. A outra vantagem dessa é a Agora Presse, uma mega banca de jornal com um milhão de opções de revistas. Uma festa mesmo.

Certo dia, decobri que a França tinha acabado de lançar uma versão francesa para a norte-americana geek. J.J. Abrams na capa e... comprei. Poderia ser um bom passatempo enquanto espero as três máquinas de lavar pararem (isso mesmo, três. e tá pouco, geralmente são quatro, cinco).

Enfim, não quero aqui comentar sobre a revista, muito menos sobre a lavanderia, mas sobre uma pequena notinha que vi por lá. Lá, na revista.

É sobre o site Instant Boardgame. Nele, você pode montar o seu próprio jogo. Infelizmente, o jogo a ser inventado tem um tabuleiro com casinhas à la "jogo da vida". Mas você pode fazer a trajetória que quiser e inserir cartas, tolkiens e regras novas. Achei curioso. Nossos game designers são muito mais evoluídos, claro, mas acho que pode ser uma dica para os novatos.