sexta-feira, 7 de março de 2008

Through the ages - um aperitivo

Até há pouco tempo achava o Race for the Galaxy o melhor card game (dos não colecionáveis) que já havia jogado. Incluindo os colecionáveis a briga entre ele e o Vampire seria feia.
Bom, mas tudo isso foi antes do Through the Ages...Ah, se eu vivesse de renda e tivesse amigos também vivendo de renda e todo mundo pudesse passar o resto das eras jogando, um dos jogos que sempre teríamos conosco seria esse.
Em resumo: existem cartas de líder, de wonder, de tecnologia, especiais, militares e de ação. Essas cartas são dispostas num tabuleiro, onde tem o seu custo de compra especificado.
Cada jogador tem um track pessoal para controlar a quantidade de recursos e de população e um deck inicial de cartas já com alguns populares dedicados a alguns serviços.
Então, na vez de cada jogador o que ele tem um determinado número de pontos de ação para gastar. As opções são:
Pegar uma carta no tabuleiro: de 1 a 3 ptos de açãoBaixar uma carta da mão: 1 pto de ação + custo em culturaConstruir uma fase de wonder: 1 pto de ação + custo em materialAumentar em 1 a população: 1 pto de ação + custo em comidaAlocar 1 da população disponível para algum prédio: 1 pto de ação + custo em comidaetc...
O caso é que a carta representa uma linha de desenvolvimento. Por exemplo, a carta Bronze. É do tipo Mine e é uma do deck inicial, já começa na mesa e com um trabalhador. Na minha vez gasto um ponto de ação para pegar um trabalhador e alocar na carta. Além do ponto de ação gasto + 3 de recurso que é o custo de construção de uma nova mina.
Ou seja no final do turno vou ter dois marcadores (trabalhadores) na carta, os quais representam duas minas. Como a carta é de nível 1, cada trabalhador produziria 1 marcador de recurso que valor 1 de recurso.
Agora, se em turnos seguintes baixo a carta Iron, que também é do tipo Mine, e consigo alocar um marcador (trabalhador) para ela, no final do turno 1 mina de ferro produz um recurso mas o seu valor é 2, ou seja, começo a maximizar os meus recursos.
Isso é importante porque a quantidade de marcadores de trabalhadores e recursos que cada jogador tem é limitada: a quantidade que ele recebe no começo do jogo é a mesma até o fim.
O duro é que quando vc começa a alocar trabalhadores para as diferentes cartas, para produzir recursos, alimentos, pontos de ciência e pontos de cultura, vc precisa aumentar sua população.
Todavia, o custo para cada aumento de população vai crescendo, bem como a manutenção desta população toda trabalhando tem um impacto na sua produção de comida.
Em suma, as opções são muitas, os recursos humanos e materiais são limitados e o jogo é maravilhoso. Ele tem uma versão básica, uma avançada e uma que é o full game.
Depois de jogá-los mais algumas vezes e em diferentes modos, faço uma crítica melhor fundamentada e uma resenha também melhor estruturada, isso aqui foi só um aperitivo...
abs
Stein

10 comentários:

soledade disse...

Ainda não experimentei o full game, só joguei o simple e o advanced mas achei que as military cards são, por vezes, demasiado fortes. Na verdade, quando um jogador tem mais sorte nas cartas que vai buscar, tipo plunders e bonus cards, consegue controlar melhor o seu destino uma vez que fica bem protegido contra ataques e consegue, em determinada circunstância, usar os seus ataques de forma bem controlada, destruindo MUITO, talvez DEMAIS, as civilizações adversárias. Já até a considerámos retirar algumas cartas do baralho para que este não se torne tão cruel.

É um jogo com muito downtime, a produção é muito má, não só por causa da infeliz escolha de cores mas também pela qualidade geral dos materiais e acho-o muito, terrivelmente, abstracto.

Agora, claro que é um belíssimo civ game, cheio de opções e muito original. Jogável em 3 ou 4 horas, na boa.

Cacá disse...

Tava muito na pilha de jogar ele Stein, mas o custo/benefício me assustou um pouco, ele é bem "feio" pro preço, e agora com o testemunho da Soledade sobre a qualidade dos materiais, acho que vou esperar chegar algum na minha mão pra fazer uma versão caseira... hehehehhehehe

Stein disse...

Talvez tenha ficado entusiasmado porque joguei a custo zero :-)

Sobre material e componentes em geral, subscrevo o que o Soledade disse.

Na parte relativa ao jogo em si, não. O ataque é muito arriscado no jogo, ele deve ser cirúrgico e circunstancial, pois pode sair muito caro para o atacante, todas as vantagens estão com a defesa.

No entanto, estou num terreno ainda muito alagadiço, afinal joguei apenas duas vezes, uma na básica e outra na avançada.

abs

soledade disse...

Sim. Reconheço que atacar é só para quando tens a certeza do que vais fazer. Só atacas para vencer. O problema é mesmo a crueldade dos ataques. Houve ataques que eu não fiz porque, apesar de ter uma vantagem militar avassaladora, que construí com o Napoleão, tive quase vergonha de os fazer porque eram demasiado cruéis para os meus adversários.

É muito giro, sobretudo é aí que eu vejo as grandes vantagens dos civ games, construíres a tua própria civilização, num registo, digamos, quase solitaire. Vais fazendo as tuas próprias coizinhas, investindo na irrigação e no ferro e depois mudas de governo e vais tendo mais conhecimento que os teus adversários e, essa competição é muito gira. O problema é o estrago. Eu detesto o estrago! Quando alguém me força a perder o meu líder ou a perder toda a minha produção de comida, atrasando-me um ou dois turnos, é algo que me incomoda realmente e eu deixo de me divertir. :)

Anônimo disse...

eu vivo de renda e jogo vários jogos divertidos com meus amiguinhos.

Stein disse...

Então soledade, é mais uma questão de gosto do que propriamente um problema do jogo.

abs

Stein

soledade disse...

Mais ou menos. Pode ser uma questão de gosto eu não gostar de confronto directo mas não deixa de ser um problema do jogo se as cartas que promovem esse confronto forem demasiado fortes e, portanto, desequilibradas.

Ainda vou ter de experimentar a versão completa para poder aferir melhor tudo isso.

abç
Paulo

zorg disse...

Eu só joguei 2 vezes (ambas o full game) e fiquei maravilhado! Aliás, gostámos tanto que após quase 4 horas de primeiro jogo de aprendizagem, resolvemos começar logo outro. :)

Não me pareceu que houvesse qualquer problema com a componente militar. É muito menos arriscado defender do que atacar e, desde que um jogador não descure completamente a parte militar, é relativamente fácil manter uma força puramente defensiva, capaz de dissuadir um atacante mais agressivo. Se houver uma diferença muito grande de exércitos, então se calhar um dos jogadores não está a jogar muito bem e está a descurar uma parte importante do jogo. A parte militar não é a única forma de jogar, mas parece-me que não se pode descurá-la e ainda assim querer ganhar o jogo.

Mas, seja como for, ainda só joguei 2 vezes, por isso há uma probabilidade não negligenciável de tudo o que eu acabei de dizer não fazer o mínimo sentido. :P

Mas está nomeado para o lendário Estupendo de Ouro Estupendo, que já vai na sua primeira edição e premiará o melhor jogo de 2007, na minha opinião. Só a nomeação já é uma enorme honra! :)

Hugo Carvalho disse...

Eu também gostei muito do jogo.
É realmente muito refrescante.
Achei interessante como pegaram num jogo de cartas e o transformaram num épico de 4 horas. Funciona tudo muito bem.
Achei foi que o ritmo do jogo é muito lento e se um jogador se atrasar pode perder o interesse no jogo o que pode ser dramático para um jogo de 4 horas.

Anônimo disse...

Eu vivo de renda e jogos são coisas de nerd, esse negocio de ficar pensando eh super uoh gente