quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Eu não sabia que sua cabeça pensava assim

Este é um jogo da linha "minha esposa gosta então tudo bem". Apples to Apples é um jogo simples, divertido, de forte interação social e absolutamente despretensioso.

Para aqueles que não conhecem, o jogo tem dois tipos de cartas: adjetivos, que são pontos de vitória, e substantivos que são as cartas de jogo. A cada um rodada um jogador coloca em jogo 1 carta de vitória adjetivo enquanto os outros avaliam qual carta de suas mãos mais se aproxima daquele adjetivo. Todos entregam a carta escolhida para o jogador da vez, de forma que ele não saiba quem é o dono de cada carta e ele julga qual é a mais adequada. O felizardo dono da carta eleita, pega então a carta de adjetivo, marcando um ponto. Quem atingir 7 pontos primeiro vence.

Pela sua inocência e despretensão acho que qualquer partida poderia terminar com 3 pontos ou no máximo 5, até para dar oportunidade de revanche para os derrotados. Pelas formas de intelecção envolvidas, trata-se de excelente maneira de descobrir mais sobre as pessoas que convivem com você.

De tão inocente ele é para mim mais um mero passatempo que um jogo. Pronto, disse a frase que não precisava, a frase que gera polêmicas, a frase que justifica um artiguinho e acirra debates. Sintam-se à vontade.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Roda, roda, roda

Antike foi minha primeira experiência com o roundel e adorei. E me fez ficar atento em relação a jogos do Marc Gerdts e da Eggert Spiele em geral.

O grande destaque do jogo definitivamente é o roundel pela dinamicidade que imprime ao jogo. Ou você pensa que é todo jogo de civilização com exércitos, tecnologias, fronteiras, cidades e templos pode ser jogador entre 2 a 3 horas?

As ações estão lá no tabuleiro, vc toma uma entre as próximas 3 ações no círculo (roundel), se quiser aumentar opções vc paga por isso. Simples e genial, sendo que a maior parte das ações resolvem-se quase que instantaneamente, exceto as de movimentações de tropas e combate.

Mesmo a movimentação e o combate também são simples: cada unidade pode cruzar uma fronteira e uma unidade mata outra. Assim, para vencer, vc tem que ter pelo menos uma unidade a mais que seu adversário.

O único senão deste sistema de combate inserido na lógica de produção do jogo é que cada batalha pode ser extremamente cara, o que induz os jogadores a adotarem posições mais conservadoras, dominando espaços e se fortalecendo. Geralmente, quando os combates ocorrem, é porque o jogo já está próximo do fim.

Por outro lado, os vizinhos de um jogador mais agressivo tendem a sofrer atrasos em seu jogo, aumentando as chances de vitória daqueles que não se envolveram nas brigas. Por tudo isso eu particularmente gosto da variante que oferece um ponto adicional por templo destruído.

Joga bem de 4 a 6 jogadores e dura de 2 a 3 horas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Lembra como era verde o meu vale?

Já sabemos que um homem faz de tudo para agradar a uma mulher. Tem gente que vai para restaurantes finos, tem outros que aprendem a dançar, tem caras que toleram bichos de estimação em casa, e, pasmem, tem gente que até manda construir jardins suspensos para a amada não ficar com saudades de casa! Mas, como é bom ser rei, não é o rei que planta mas uma série de atarefados nobres puxa-sacos é que tomam para si, como uma competição, construir os tais jardins. Bom, para quem ainda não pegou ou não conhece, os nobres somos nós e o jogo é Amyitis.

Trata-se de um bom jogo da Ystari, naquela linha de diversas mecânicas que se entrecruzam, turno dividido em diversas fases, formas diferentes de se pontuar e decisões tomadas a todo o instante.

Particularmente adoro a forma de seleção de ações e o nível crescente de obstáculo para tomá-las. As ações são dispostas em grupos, sendo que os grupos são equivalentes ao número de jogadores, assim todos os jogadores tem a mesma oportunidade para seleção, embora os grupos possam ser extremamente diferentes entre, sendo que são sorteados a cada turno, o que garante uma enorme rejogabilidade.

Só não sou muito amigo do tema, embora ele esteja muito bem urdido em toda a sistemática do jogo, é algo muito do cotidiano da antiga Babilônia: caravanas de comércio, procissões para os deuses, a construção dos jardins suspensos...

Joga-se bem em 3 ou 4 jogadores e dura pouco mais de uma hora. É definitivamente um bom jogo. Em termos de regras tem um nível de dificuldade muito semelhante ao do Y's, ou seja, não é dos mais simples da Ystari. Assusta um pouco no começo mas depois de observar uns 2 ou 3 turnos completos, todo mundo já começa a jogar sem maiores dificuldades.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Vamos coletar borboletas e orquídeas?

Ao longo do Rio Amazonas diferentes espécimes estão a espera de colecionadores europeus, que pagam a guias nativos para levá-los até o local onde eles possam coletá-las. Este é o mote de Amazonas, um jogo de tabuleiro do Stefan Dorra, o kra dos joguinhos legais de carta.

Embora alguém mais chato possa questionar a correção do tema, ele é muito bem casado com o jogo, um set collection :-)

Tem um sistema que eu adoro na utilização de cartas: todos tem um mesmo set de cartas, a cada rodada vc joga uma carta e num determinado momento do jogo todas as cartas gastas voltam para sua mão para reutilização.

Neste ponto o jogo é de um minimalismo genial: as cartas indicam a iniciativa e a renda para a rodada. A movimentação é feita seguindo flechas no tabuleiro, de cabana a cabana do jogador. Onde coloca a cabana (pagando-se o dinheiro) pega a peça do animal correspondente. Neste parágrafo, todas as peças e componentes do jogo.

Rápido de visualizar tudo e para se avaliar as possibilidades, grande facilidade de gerenciamento e manejo de componentes, o jogo é muito agradável. O que garante uma rejogabilidade mínima é que a cada rodada é sorteado um evento e a ordem destes muda de jogo para jogo.

A chave portanto é buscar se programar para os eventos sem descuidar da coleta de espécimes, controlando os caminhos percorridos por outros jogadores. Há uma mistura de adivinhar o que outro vai fazer em termos de iniciativa com uma corrida por posições mais vantajosas no tabuleiro. É instigante e desafiador.

Simples, divertido e inteligente. A colocação deste jogo no ranking do BGG definitivamente não lhe faz justiça. Bom para 3 ou 4 jogadores e jogável em cerca de uma hora.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Repaginação?

Caros companheiros do blog:

Não sei se vcs viram a proposta da minha cunhada mas ela se voluntariou para dar uma repaginada no visual do Oba. Vocês são a favor?

Eu sou.

Quem matou a Brenda?

Sim, devemos responder isso, e ainda dizer a que horas foi, onde, com que arma e qual o motivo. Uma espécie de Detetive em Cartas, Alibi é um jogo para quem gosta de dedução.

Um mecanismo interessante do jogo para acelerar o seu fim, é que no final de cada rodada todos os jogadores passam cartas ao jogador a sua esquerda. A cada rodada aumenta-se uma carta, ou seja, mesmo que você esteja guardando uma informação, uma hora você terá que forçosamente passá-la.

Todas as quatro categorias são agrupadas em subgrupos de 3 cartas, para possibilitar as perguntas e cruzamentos para eliminar suspeitas. Método clássico mas que tem o velho problema da atenção: se um jogador errar em suas marcações prejudica o jogo de todos.

É um jogo ok de dedução, bem mais rápido que o sleuth, graças ao seu mecanismo mencionado de passagem de cartas. Joga bem de 3 a 6 pessoas.