domingo, 22 de março de 2009

Depois dos quadrinhos, a vez dos jogos de tabuleiro!!!

Olha só o que eu li agora:

"Filme inspirado no jogo de tabuleiro Detetive contrata diretor

Gore Verbinski comanda o longa para a Hasbro e a Universal


Há exatamente um ano a Hasbro fechou com a Universal um contrato para transformar seus jogos de tabuleiro em filme. Um deles, Clue, acaba de ganhar diretor: Gore Verbinski. No Brasil, Clue é mais conhecido como o bom e velho Detetive.

O diretor da trilogia Piratas do Caribe primeiro vai finalizar a animação Rango para a Paramount e só depois se volta para a história de mistério - em que jogadores tentavam descobrir, na base da eliminação, quem cometeu um assassinato, com que arma, em que local.

Originalmente desenvolvido no Reino Unido no pós-guerra com o nome Cluedo, o jogo mudou de mãos quando a Hasbro comprou a companhia Parker Bros., que lançava o jogo nos EUA. Detetive já virou filme em 1985, estrelado por Christopher Lloyd e Madeline Kahn, que não fez sucesso no cinema mas ganhou notoriedade porque saiu em três versões com três finais diferentes.

Com a produção de Detetive, a Hasbro e a Universal começam a botar em prática seu plano de produzir novos filmes depois de Transformers e G.I. Joe. Monopoly (Banco Imobiliário) será dirigido por Ridley Scott, Ouija Board (o jogo do copo) tem produção da Platinum Dunes e Candy Land terá direção de Kevin Lima.

As datas de lançamento ainda não estão definidas."


A matéria foi escrita originalmente no site omelete por Marcelo Hessel em 25/02/2009.


aqui o link para a matéria original.


Já imaginaram se a moda pega? Um filme sobre Puerto Rico com cruéis mercadores de escravos e impiedosos senhores de fazenda!! Ou um filme sobre as lutas políticas do Sião Antigo (king of Siam)! Será que vão fazer algum filme sobro jogos de cartas semi-caóticos em homenagem ao Faidutti?? Ou será que vão achar tema em algum jogo do Knizia?? Ou até quem sabe um filme sobre lutas entre artrópodes!!!

:)

terça-feira, 17 de março de 2009

Ludoteca

Paris tem de tudo. Bibliotecas em todos os bairros, mediatecas, artotecas - para pegar emprestado obras de arte! - e, por que não?, ludotecas. Não sei exatamente quantas são, mas uma nos chamou a atenção. A de Issy-les-Moulineaux, uma cidade da periferia chique de Paris. Ela faz, uma vez por mês, um encontro entre jogadores.

Talvez vocês se lembrem do post que fiz sobre a exposição do Bruno Faidutti. Comentei sobre a descoberta da ludoteca lá.

Há tempos descobrimos isso, mas nunca arrumamos tempo para ir. Finalmente, no sábado, dia 7, fomos. Ah, importante, esses encontros são sempre no primeiro sábado do mês.

Enfim, chegamos lá umas 22h, por aí e saímos quase às 2h. Não, não é muito. Sabemos disso. Mas o suficiente para deixar n'a gente um gostinho bom na boca e uma vontade de voltar lá sempre.

Fomos recebidas por uma moça que disse que, como era nossa primeira vez, não precisaríamos pagar os 3 euros de entrada. Ok, merci, c'est très gentil.

O lugar é uma simpatia. Aberto, com salas espaçosas e prateleiras repletas de jogos. Ao todo são 6500 jogos e brinquedos, ou seja, o suficiente para não enjoarmos nos próximos 10, 15 anos.

Foi só eu ficar hipnotizada com algumas caixas de um lado da sala e de não saber onde colocar meu casaco, para que outro instrutor fosse ajudar a Tânia na escolha do primeiro jogo. Ele quis saber mais ou menos o que costumamos jogar e sacou um ilustre desconhecido: Les Vents du Nord. Eu fico sempre com a pulga atrás da orelha com sugestões alheias. Calma. É que eu me traumatizei por aí. Sempre fui aberta a novidades, mas sempre me ferrei. Mais eis que o carinha acertou em cheio e nos divertimos muito com o jogo. Especiamente porque, quando estávamos nos decidindo pelo joguinho, chegou um casal que se dispôs a jogar conosco.

Foi ótimo! Bastante simpáticos: ela faz um estágio lá mesmo na ludoteca, mas com pequenos de até 7 anos. Ele, mora em Montpellier e foi visitá-la.

Depois, fui ao banheiro - juro, foi rapidinho - e eis que Tânia já segurava o segundo da noite: Himalaya. Eles não conheciam e podíamos explicar para os franceses. Podíamos, não. Tânia podia. E usamos a regra certa para o deslocamento dos yacks. Como eu amo esse jogo!

Foi ótimo. Saímos de lá contentes, com pena de não ter ido antes e com vontade de não perder o próximo primeiro sábado do mês.






domingo, 1 de março de 2009

Duas brasileiras, três franceses e uma russa

Não, este não é o nome do novo jogo do Reiner Knizia, mas sim a composição do grupo que se reuniu ontem na Rue de Braque para uma soirée jeu. Finalmente conseguimos reunir pessoas aqui em casa pra jogar. Todos motivados e dispostos a aprender novas regras. O jogo escolhido para começar a soirée foi o Citadels. Nossa, há quanto tempo não jogava este joguinho. Saudades. O jogo transcorreu bem, as pessoas jogaram direitinho, mas não rolou muito jogo do contra. Ou seja, o assassino muitas vezes sobrava sem que ninguém o quisesse e, quando ele aparecia, era pra matar alguém escolhido ao acaso. Mas mesmo assim valeu. Jogar com newby dá nisso. Numa das rodadas, um mané que tinha umas 5 moedas de ouro deixou escapar no início da rodada que ele era o Arquiteto. Eu e Bel quase rolamos no chão quando simplesmente o assassino resolveu matar o clérigo e em seguida descobrimos que o ladrão estava fora do jogo. Socorro!!!! Mas embora newby, o povo é divertido e tranquilo.
Depois do Citadels e de duas quiches, decidimos continuar no clima Faidutti e pegamos o Novembre Rouge. Só tínhamos jogado uma vez o jogo com 3 pessoas e conseguimos salvar o submarino com uma facilidade frustante. Ontem porém éramos seis em torno daquele tabuleiro minúsculo. O jogo começou calmo, sem muitos problemas e o povo não sabia muito o que fazer pra passar tempo até a chegada do socorro. Mesmo assim, dois gnomos conseguiram, com uma única garrafa de rum, cair inconscientes. Vê-se que não servem vinho francês no submarino do Faidutti. Enfim, um deles acabou se incendiando e tivemos que tirar um novo gnomo do armário pra que todos pudessem jogar até o fim. Depois disso o a partida começou a esquentar. Vários incendios se iniciaram e tivemos que deixar todos os compartimentos da frente do submarino queimar. Nos refugiamos todos na parte de trás. Mas as catátrofes continuaram a se acumular. Eu, com um azar terrível não conseguia resolver nada; a Bel encheu a cara e na terceira ou quarta garrafa de rum acabou caindo inconsciente e, finalmente a temperatura aumentou demais e o submarino naufragou uns dez minutos antes do socorro chegar. Pelo meio do jogo percebemos que algumas regras estavam erradas (pois eu tinha me esquecido delas) e muitas ainda duvidosas. O Faiduitti realmente precisa reescrever as regras pois estão realmente muito mal escritas. Já li duas versões diferentes de "tirando dúvidas sobre as regras" e continuo sem saber o que fazer em alumas situações. Mas não importa, o fato é que a partida mostrou que o jogo funciona, o submarino realmente afunda, e os jogadores realmente se divertem. E ainda que conseguimos reunir um grupo internacional de jogadores.