quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tirando as teias de aranha...

A última vez em que postei algo neste blog o presidente era o Collor, o muro de berlin tinha acabado de cair e o Fluminense ainda tinha time!

Ok, talvez não faça tanto tempo assim, mas para mim pareceu uma eternidade!! Mas que estranhos designios poderiam ter me levado a postar novamente? Uma revelação divina ou apenas falta do que fazer? Nada disso, apenas jogos novos que chegaram! Um foi a expansão do Pandemic (On the brink) e o outro se chama Quoridor. Chegaram a mim graças a minha digníssima esposa, recém-chegada de Paris, que com muito esforço conseguiu um espacinho na mala para as minhas encomendas.

Pandemic: on the Brink

Sou um fã do jogo original, assim como diversos colegas meus, logo nada mais natural do que pedir a expansão. A expansão adiciona diversos novos elementos ao jogo original, tornando-o mais variado e com maior rejogabilidade (existe essa palavra em português?). São adicionados 6 novos papéis, cartas especiais novas, o bioterrista (espécie de "ajudante do tabuleiro), a epidemia virulenta (muito mais cascuda que a epidemia original), uma nova doença (roxa) e uma carta de epidemia extra para o nível lendário!.

Quase me esqueci: vem também umas lindas placas de petri para guardar os componentes do jogo!! :)

Até o momento experimentamos apenas os papéis novos e as carats especiais novas. De maneira geral os novos personagens diminuem o gasto com as cartas ou facilitam a cura de doenças, o que é uma baita ajuda neste joguinho malvado!! Tem até um "genérico" do médico, o paramédico, que elimina cubinhos extras das cidades. E as cartas especiais tem uns poderes bem bacaninhas, mais fortes que as originais, como a "Commercial travel ban", que diminuí a infection rate para 1 por uma rodada. Mas apesar de toda essa ajuda, ainda assim apanhamos que nem uns condenados do tabuleiro!!

Sempre jogamos no nível mais difícil e sem combinar as jogadas, e quase sempre perdemos, por isso nem tentamos ainda as outras adições da expansão. Muitos vão falar "como vocês ainda apanham do jogo?", mas me recuso a ler dicas no BGG ou de coordenar as ações, o que dificulta o jogo. Ok, admito que somos fãs de certas jogadas arriscadas (arte, porque não dizer), o que as vezes nos complica, mas o que podemos fazer? :)

Como diriam meus amigos tugas, muito giro o jogo!!


Novos papéis do jogo!

Quoridor

Taí um jogo que nunca pensei que fosse curtir: abstrato e cabeçudo. Mas o jogo é bom!! O objetivo é levar o seu peão até o outro lado do tabuleiro, mas o adversário pode atrapalhar o seu caminho posicionando corredores (vejam a figura abaixo que fica fácil de entender). O número de peças de corredores é limitante e o adversário não pode ficar preso, mas pode ser obrigado a dar uma grande volta para chegar ao objetivo. No turno cada jogador pode mover o seu peão ou colocar um corredor, e o jogo é rápido pois cada um tem apenas 10 peças de corredor. Se as peças acabam, resta apenas andar o peão.

Pode se jogar umas 5 partidas seguidas em menos de 1 hora, o que torna o jogo bem viciante e nada cansativo (apesar de ser muito cabeçudo!). Bem legal, altamente recomendado, especialmente a versão portátil, que dá para jogar em qualquer lugar!



abraços para todos!!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

um bom joguinho em família





Carol Burnett Show foi um programa da TV americano muito, muito bom. Descobri quando fizeram uma caixa com algumas pérolas dos 20 anos do programa, mas o Artur Xexéu pegou emprestado e perdeu. Nossa, nunca vou perdoá-lo por isso. Mas, enfim, como não tenho nada pra fazer, só um mestrado de nada, estava perambulando pelo You Tube e achei isso aqui (sorte sua, Xexéu!).

Eu sei, eu sei, é longo...

Tem a segunda parte, também:

terça-feira, 21 de julho de 2009

Palavras que todo nerd gosta de ler ou ouvir


O Alfredo sempre brincou que tudo que tem Empire no título ele vai gostar. E realmente para os nerds assumidos algumas palavras são mágicas, servem para quebrar a carapaça de normalidade que às vezes utilizamos no dia a dia e revelam nossa condição íntima para as pessoas ao redor.

Então um dia passando os olhos pelo BGG minha alma nerd assomou à superfície do meu ser, tomou conta de mim, apossou-se do meu cartão de crédito, dirigiu-me ao Ebay e me fez comprar Conquest of Fallen Lands (não preciso dizer que adoro falar o nome deste jogo).

Trata-se de um board game do russo Andrei Burago (exotismo é outra coisa que chama a atenção), que utiliza tabuleiro modular com peças hexagonais (repleiabiliti padauãs), pecinhas de dinheiro, cartas com nomes legais (vide figura acima) e contas de vidro multi-coloridas (500 anos atrás seríamos índios trocando ouro por contas de vidro...).

O conceito do jogo é simples: quem conquistar terrenos ganha dinheiro e quem tiver mais dinheiro no fim do jogo, vence. Mas daí entram os detalhes do jogo: ao longo dele nós precisamos gastar dinheiro para fazer coisas e quando conquistamos deixamos os terrenos adjacentes mais fáceis para o adversário.

Aí começa a entrar a famigerada estratégia, ou o diferencial que faz a Tânia vencer jogos. No seu turno você pode fazer quantas ações quiser, na ordem que você quiser. O limitante é dado pelos seus seguidores, uma vez esgotados não resta nada a fazer: toda vez que vc baixa uma carta ou faz uma ação, vc precisa pagar o respectivo "custo" utilizando um seguidor, ou seja, acabando os seguidores não resta nada a fazer.

Por exemplo, conquistar um terreno, ação básica para vencer no jogo: a dificuldade do terreno é dada pelo número escrito nele (o qual também é o valor de recompensa). Para conquistar preciso baixar uma carta de tropa cujo número de ataque (número vermelho na carta) seja igual ou superior ao número indicado no hexagono em questão, sendo que as tropas adjacentes, de terrenos conquistados por mim ou por outros jogadores, contribuem com seu valor de apoio (número branco).

Detalhe muito importante e que abre espaço para as sacanagens: o terreno que você vai conquistar precisa ser adjacente a um terreno que você tenha conquistado previamente, caso contrário, cada hexagono que vc precisar pular para chegar a um terreno, tomando um próprio como ponto de partida, exigirá que você gaste um mago e 7 de dinheiro (considerando que os terrenos variam entre 1 e 12, você pode ter um sério problema em mãos, caso pretenda vencer o jogo).

Como a conquista de terreno sempre exige uma carta de tropa, independente que as tropas adjacentes já garantam a vitória, as tropas sempre tem o seu valor, não importando que seja um War G0lem (que legal) ou um mero Spearman, o que é uma grande sacada.

É um jogo bacana, de regras muito simples, uma arte diferente e rápido, com alta rejogabilidade. Considero uma excelente aquisição, principalmente se você for ligado em temas medievais e de fantasia.

Bazinga!

domingo, 19 de julho de 2009

Tijolo ou argila?

Pra comemorar a nova formatação do blog nada melhor do que um post sobre tijolos


Como já mencionamos em posts anteriores, primeiro sábado do mês é soirée jeux na ludoteca de Issy les Moulineau. Como a Bel está soterrada pelo mestrado e não queria dormir tarde, tive que arrumar outra companhia pra ir pra última soirée comigo. Convidei então a Marina (russa) e seu namorado Ianick (francês). Ambos foram apresentados ao mundo dos jogos por nós e adoraram.

Nos encontramos mais cedo, jantamos, e pouco depois das 9 lá estávamos nós escolhendo o que jogar (são muuuitas opções). Um outro francês (habitué da ludoteca) se juntou a nós e resolvemos então testar o Ghost Stories. Ele conhecia bem as regras e já tinha jogado diversas vezes. Nos explicou tudo rapidinho e lá fomos nós à caça aos undead. Tivemos algum problema de tradução prncipalmente com a Marina que não conhecia o vocabulário específico. Foi difícil lembrar a diferença entre amaldiçoar (maudir) e assombrar (hanter), mas o mais complicado foi o exorciser.

Marina - O que quer dizer exorcisar?
Tânia - Matar
Menino da ludoteca (sorry, não sei o nome dele) - É, não é bem matar pois os fantasmas já estão mortos.
Tânia - É matar, Marina

Enfim, acho que ele não ficou muito feliz com a minha falta de tato pro vocabulário do jogo, mas tudo bem. Jogamos e matamos (ou exorcisamos) todo mundo. Embora tenha sido muito apertado, conseguimos vencer do tabuleiro com dois de nós mortos e os outros dois nos últimos suspiros. Eu gostei do jogo, mas não adorei. Acho que como jogo cooperativo prefiro o Pandemia.

Em seguida a Marina resolveu que queria jogar um jogo de construção. Como o Civilization seria um pouco longo, optamos por um bom e velho Catan. O casal nunca tinha jogado então me pus rapidamente a explicar as regras enquanto nosso amigo "menino da ludoteca" ia dar um voltinha. Assim que voltou iniciamos a partida.

Rola dado, produz, contrói...

Tânia - quem quer trocar uma madeira por um tijolo
Menino da ludoteca - é argila!

Gente, no Catan francês não tem tijolo, mas sim argila!!! Que choque!!!

Mas fui fiel ao nosso blog até o fim e continuei trocando tijolo até o fim do jogo No fim acho que até ele se conformou e já estava chamando de tijolo também.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

do it yourself

O autoexílio tem várias coisas excelentes. Aqui, posso escolher um jogo e ele provavelmente estará numa das diversas prateleiras das lojas especializadas. Ok, o preço é mais salgado que na Alemanha ou Estados Unidos. Mas tem a comodidade e o fascínio de você ver todos eles lá, pedindo para serem escolhidos (pick me!, pick me!). Mas, ah!, estamos nos soldes (liquidação em português brasileiro) e tenho quase certeza que as lojinhas também entram nessa!

Mas a vida na Europa tem também o seu lado chato, insuportável, até. Aqui é a cultura do do it yourself para tudo. Não quer fazer? Pague, então, uma pequena fortuna para alguém fazer no seu lugar. E, como não estamos com essa bola toda, fazemos.

Uma das missões mais insuportáveis é a lavanderia. A nossa está a umas seis quadras daqui de casa. Uma caminhadinha nada demais. Tem mais perto, mas é mais cara. A outra vantagem dessa é a Agora Presse, uma mega banca de jornal com um milhão de opções de revistas. Uma festa mesmo.

Certo dia, decobri que a França tinha acabado de lançar uma versão francesa para a norte-americana geek. J.J. Abrams na capa e... comprei. Poderia ser um bom passatempo enquanto espero as três máquinas de lavar pararem (isso mesmo, três. e tá pouco, geralmente são quatro, cinco).

Enfim, não quero aqui comentar sobre a revista, muito menos sobre a lavanderia, mas sobre uma pequena notinha que vi por lá. Lá, na revista.

É sobre o site Instant Boardgame. Nele, você pode montar o seu próprio jogo. Infelizmente, o jogo a ser inventado tem um tabuleiro com casinhas à la "jogo da vida". Mas você pode fazer a trajetória que quiser e inserir cartas, tolkiens e regras novas. Achei curioso. Nossos game designers são muito mais evoluídos, claro, mas acho que pode ser uma dica para os novatos.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

última chamada!

olá pessoas,

última chamada para o 3o campeonato anual de hive!

o campeonato começa amanhã (1o de maio), mas as inscrições ainda estão abertas AQUI no boardspace.

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o regulamento deste ano tem algumas novidades, então vou resumi-lo:

BÁSICO
- o esquema é novamente 'mata-mata': os jogadores vão sendo agrupados de dois em dois e o perdedor do confronto direto é eliminado, enquanto o vencedor prossegue para a próxima fase

- para vencer um confronto é preciso conseguir uma vantagem de DUAS vitórias sobre o adversário (ex.: 2-0, 3-1, 18-16...)

ALTERNÂNCIA DE CORES / USO DO MOSQUITO
- quem jogar com as brancas na primeira partida deverá jogar com as pretas nas DUAS partidas seguintes; a partir daí, as cores são alternadas a cada partida

- a primeira partida será SEM mosquito; a partir dessa, o jogador que perder decidirá se a partida seguinte será com ou sem mosquito (ou seja: ao final de cada partida será feita essa consulta; xi, creio que o regulamento não menciona como tratar o uso do mosquito em caso de empate :P)

TEMPO
- as partidas têm duração máxima de 30 minutos OU 10 minutos a mais que o jogador mais rápido (pelo que entendo, isso quer dizer que, caso um dos jogadores apenas demorar, este perderá a partida; já se ambos resolverem ter analysis paralysis, a partida pode durar eternamente...)

ABELHAS PROIBEEDAS (sic)
- finalmente, uma alteração muito importante, que já foi implementada permanentemente no boardspace: nenhum dos jogadores pode começar o jogo colocando a abelha! (essa alteração na própria regra do hive, bastante significativa, tem a intenção de reduzir a possibilidade de empate)

PRÊMIO
o prêmio deste ano também é novidade: novamente haverá o troféu de acrílico (oferecido ao vencedor nos dois campeonatos anteriores) mas, em lugar da generosa distribuição de mosquitos do ano passado (da qual fui um dos agraciados!), john yianni, mais modesto desta vez (será a crise?) promete uma cópia de seu novo jogo, logan stones, para o vencedor.

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e aí, povo, quem me acompanha? =]

abraços paratodos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Caça ao tesouro

Como alguns já sa bem, fim de semana passado houve un "Salon du Jeu de Societé" aqui em Paris, ou melhor, em Montreuil, na periferia de Paris. Durante o salon foi proposto um desafio que chamaram de caça ao tesouro, mas que na verdade era um enigma a ser desvendado. Quando desvendado o enima daria a combinação de dois cadeados (cada um com 3 algarismos) que abririam uma arca permitindo ao ganhador levar pra casa isso



e isso



Ai vai o enigma pra quem quiser tentar (mesmo sem o prêmio).

No primeiro dia foi colocado este enigma












E no segundo dia isto aqui foi adicionado
Tradução: Para terminar só falta calcular

Bonne chance

sábado, 11 de abril de 2009

Jesuítas, piratas, etc.

Sinto-me uma jesuíta do bem. Catequizando ovelhas desgarradas Europa à fora. Outro dia, como bem sabem, fizemos soirée jeu aqui e todos gostaram. É bem verdade que os franceses e a siberiana eram tais como os selvagens tupiniquins: ingenuos. Mas eles, aos poucos, foram pegando o espírito da coisa.

Logo depois dessa soirée (ou antes, não tenho memória), fizemos um frangão com farofa e feijão (mas antes que digam algo, isso não me faz uma pessoa que quer assinar a Globo internacional!), com alguns brasileiros, uma polonesa e a adorável Ângela, portuguesa do Porto (ela faz questão de frisar essa parte, portanto, faço o mesmo), herança da queridíssma Ana Paula.

Jogamos naquele dia Cartagena, nosso joguinho básico para debutantes-sem-conhecimento- algum-por-jogos-que-vão além-do-banco-imobiliário-(monopólio)-e-war-(risk). Não era o caso do Ítalo nem do Daniel - dois mineirinhos que gostaram bastante dos jogos e que sempre que estão aqui em casa a gente aproveita para apresentá-los a alguma coisa da coleção.

Sim, Cartagena pode não ser dos mais fáceis. Mas as regras são relativamente simples. E ele pode ser complicado de acordo com o jogador. Quer dizer, de acordo com a nóia do jogador: se ele quiser controlar todas as cartas de todos os adversários, aí pode praticamente um brain burner. Se não, ele joga o jogo dele e vai levando.

Já deu para notar que os jogadores estavam desnivelados. ítalo pegou logo o espírito do jogo e ganhou fácil. Ângela e a polonesa sofreram porque não é fácil entender regras em outra língua - Tânia explicou em francês - e gramaram no fim. Eu não joguei. Mas foi divertido ver de fora a experiência de cada um.

Claro, todos gostaram. Mas, dois fins de semana depois, quando Ângela nos (Tânia e eu) chamou para comer uma francesinha na casa da Alemanha, na Cité, ela pediu para que levássemos alguns jogos, afinal nunca se sabe.

Bom, aproveitamos que íamos para a casa do leão e levamos o nosso Kabale und Hiebe, ou Ruse & Bruise, que compramos em Essen. Ou seja, as cartas estão em alemão, o que dificulta um bocado encontrar jogadores para encarar o desafio.

Os alemães eram de meia-tijela. Não valiam nada e, depois da francesinha, foram embora, imaginem vocês, para as festas que estavam acontecendo na casa da Bélgica e da Índia... Fracos.

Ficamos, então, nós três. Jogamos Turn the Tide, que, como sempre, foi ótimo. E, por fim, arriscamos, mesmo com os textos das cartas em alemão, o Kabale. Foi óóóótemo! Uma diversão. Já jogamos, Tânia e eu, mas, sinceramente, gostamos porque foi no solzinho em plena place de Voges e depois de fazer um pique-nique de sushi e sashimi. Sim, porque o jogo em si, com duas pessoas, perde um bocado.

Ângela adorou e acho que deixamos um gostinho de quero mais. Ela já estava falando que queria levar um jogo para ela. E que tivesse alguma referência à França. Recomendamos esse aqui. Acho que considerando as circunstâncias, não poderia ser melhor dica.

domingo, 22 de março de 2009

Depois dos quadrinhos, a vez dos jogos de tabuleiro!!!

Olha só o que eu li agora:

"Filme inspirado no jogo de tabuleiro Detetive contrata diretor

Gore Verbinski comanda o longa para a Hasbro e a Universal


Há exatamente um ano a Hasbro fechou com a Universal um contrato para transformar seus jogos de tabuleiro em filme. Um deles, Clue, acaba de ganhar diretor: Gore Verbinski. No Brasil, Clue é mais conhecido como o bom e velho Detetive.

O diretor da trilogia Piratas do Caribe primeiro vai finalizar a animação Rango para a Paramount e só depois se volta para a história de mistério - em que jogadores tentavam descobrir, na base da eliminação, quem cometeu um assassinato, com que arma, em que local.

Originalmente desenvolvido no Reino Unido no pós-guerra com o nome Cluedo, o jogo mudou de mãos quando a Hasbro comprou a companhia Parker Bros., que lançava o jogo nos EUA. Detetive já virou filme em 1985, estrelado por Christopher Lloyd e Madeline Kahn, que não fez sucesso no cinema mas ganhou notoriedade porque saiu em três versões com três finais diferentes.

Com a produção de Detetive, a Hasbro e a Universal começam a botar em prática seu plano de produzir novos filmes depois de Transformers e G.I. Joe. Monopoly (Banco Imobiliário) será dirigido por Ridley Scott, Ouija Board (o jogo do copo) tem produção da Platinum Dunes e Candy Land terá direção de Kevin Lima.

As datas de lançamento ainda não estão definidas."


A matéria foi escrita originalmente no site omelete por Marcelo Hessel em 25/02/2009.


aqui o link para a matéria original.


Já imaginaram se a moda pega? Um filme sobre Puerto Rico com cruéis mercadores de escravos e impiedosos senhores de fazenda!! Ou um filme sobre as lutas políticas do Sião Antigo (king of Siam)! Será que vão fazer algum filme sobro jogos de cartas semi-caóticos em homenagem ao Faidutti?? Ou será que vão achar tema em algum jogo do Knizia?? Ou até quem sabe um filme sobre lutas entre artrópodes!!!

:)

terça-feira, 17 de março de 2009

Ludoteca

Paris tem de tudo. Bibliotecas em todos os bairros, mediatecas, artotecas - para pegar emprestado obras de arte! - e, por que não?, ludotecas. Não sei exatamente quantas são, mas uma nos chamou a atenção. A de Issy-les-Moulineaux, uma cidade da periferia chique de Paris. Ela faz, uma vez por mês, um encontro entre jogadores.

Talvez vocês se lembrem do post que fiz sobre a exposição do Bruno Faidutti. Comentei sobre a descoberta da ludoteca lá.

Há tempos descobrimos isso, mas nunca arrumamos tempo para ir. Finalmente, no sábado, dia 7, fomos. Ah, importante, esses encontros são sempre no primeiro sábado do mês.

Enfim, chegamos lá umas 22h, por aí e saímos quase às 2h. Não, não é muito. Sabemos disso. Mas o suficiente para deixar n'a gente um gostinho bom na boca e uma vontade de voltar lá sempre.

Fomos recebidas por uma moça que disse que, como era nossa primeira vez, não precisaríamos pagar os 3 euros de entrada. Ok, merci, c'est très gentil.

O lugar é uma simpatia. Aberto, com salas espaçosas e prateleiras repletas de jogos. Ao todo são 6500 jogos e brinquedos, ou seja, o suficiente para não enjoarmos nos próximos 10, 15 anos.

Foi só eu ficar hipnotizada com algumas caixas de um lado da sala e de não saber onde colocar meu casaco, para que outro instrutor fosse ajudar a Tânia na escolha do primeiro jogo. Ele quis saber mais ou menos o que costumamos jogar e sacou um ilustre desconhecido: Les Vents du Nord. Eu fico sempre com a pulga atrás da orelha com sugestões alheias. Calma. É que eu me traumatizei por aí. Sempre fui aberta a novidades, mas sempre me ferrei. Mais eis que o carinha acertou em cheio e nos divertimos muito com o jogo. Especiamente porque, quando estávamos nos decidindo pelo joguinho, chegou um casal que se dispôs a jogar conosco.

Foi ótimo! Bastante simpáticos: ela faz um estágio lá mesmo na ludoteca, mas com pequenos de até 7 anos. Ele, mora em Montpellier e foi visitá-la.

Depois, fui ao banheiro - juro, foi rapidinho - e eis que Tânia já segurava o segundo da noite: Himalaya. Eles não conheciam e podíamos explicar para os franceses. Podíamos, não. Tânia podia. E usamos a regra certa para o deslocamento dos yacks. Como eu amo esse jogo!

Foi ótimo. Saímos de lá contentes, com pena de não ter ido antes e com vontade de não perder o próximo primeiro sábado do mês.






domingo, 1 de março de 2009

Duas brasileiras, três franceses e uma russa

Não, este não é o nome do novo jogo do Reiner Knizia, mas sim a composição do grupo que se reuniu ontem na Rue de Braque para uma soirée jeu. Finalmente conseguimos reunir pessoas aqui em casa pra jogar. Todos motivados e dispostos a aprender novas regras. O jogo escolhido para começar a soirée foi o Citadels. Nossa, há quanto tempo não jogava este joguinho. Saudades. O jogo transcorreu bem, as pessoas jogaram direitinho, mas não rolou muito jogo do contra. Ou seja, o assassino muitas vezes sobrava sem que ninguém o quisesse e, quando ele aparecia, era pra matar alguém escolhido ao acaso. Mas mesmo assim valeu. Jogar com newby dá nisso. Numa das rodadas, um mané que tinha umas 5 moedas de ouro deixou escapar no início da rodada que ele era o Arquiteto. Eu e Bel quase rolamos no chão quando simplesmente o assassino resolveu matar o clérigo e em seguida descobrimos que o ladrão estava fora do jogo. Socorro!!!! Mas embora newby, o povo é divertido e tranquilo.
Depois do Citadels e de duas quiches, decidimos continuar no clima Faidutti e pegamos o Novembre Rouge. Só tínhamos jogado uma vez o jogo com 3 pessoas e conseguimos salvar o submarino com uma facilidade frustante. Ontem porém éramos seis em torno daquele tabuleiro minúsculo. O jogo começou calmo, sem muitos problemas e o povo não sabia muito o que fazer pra passar tempo até a chegada do socorro. Mesmo assim, dois gnomos conseguiram, com uma única garrafa de rum, cair inconscientes. Vê-se que não servem vinho francês no submarino do Faidutti. Enfim, um deles acabou se incendiando e tivemos que tirar um novo gnomo do armário pra que todos pudessem jogar até o fim. Depois disso o a partida começou a esquentar. Vários incendios se iniciaram e tivemos que deixar todos os compartimentos da frente do submarino queimar. Nos refugiamos todos na parte de trás. Mas as catátrofes continuaram a se acumular. Eu, com um azar terrível não conseguia resolver nada; a Bel encheu a cara e na terceira ou quarta garrafa de rum acabou caindo inconsciente e, finalmente a temperatura aumentou demais e o submarino naufragou uns dez minutos antes do socorro chegar. Pelo meio do jogo percebemos que algumas regras estavam erradas (pois eu tinha me esquecido delas) e muitas ainda duvidosas. O Faiduitti realmente precisa reescrever as regras pois estão realmente muito mal escritas. Já li duas versões diferentes de "tirando dúvidas sobre as regras" e continuo sem saber o que fazer em alumas situações. Mas não importa, o fato é que a partida mostrou que o jogo funciona, o submarino realmente afunda, e os jogadores realmente se divertem. E ainda que conseguimos reunir um grupo internacional de jogadores.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Eu não sabia que sua cabeça pensava assim

Este é um jogo da linha "minha esposa gosta então tudo bem". Apples to Apples é um jogo simples, divertido, de forte interação social e absolutamente despretensioso.

Para aqueles que não conhecem, o jogo tem dois tipos de cartas: adjetivos, que são pontos de vitória, e substantivos que são as cartas de jogo. A cada um rodada um jogador coloca em jogo 1 carta de vitória adjetivo enquanto os outros avaliam qual carta de suas mãos mais se aproxima daquele adjetivo. Todos entregam a carta escolhida para o jogador da vez, de forma que ele não saiba quem é o dono de cada carta e ele julga qual é a mais adequada. O felizardo dono da carta eleita, pega então a carta de adjetivo, marcando um ponto. Quem atingir 7 pontos primeiro vence.

Pela sua inocência e despretensão acho que qualquer partida poderia terminar com 3 pontos ou no máximo 5, até para dar oportunidade de revanche para os derrotados. Pelas formas de intelecção envolvidas, trata-se de excelente maneira de descobrir mais sobre as pessoas que convivem com você.

De tão inocente ele é para mim mais um mero passatempo que um jogo. Pronto, disse a frase que não precisava, a frase que gera polêmicas, a frase que justifica um artiguinho e acirra debates. Sintam-se à vontade.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Roda, roda, roda

Antike foi minha primeira experiência com o roundel e adorei. E me fez ficar atento em relação a jogos do Marc Gerdts e da Eggert Spiele em geral.

O grande destaque do jogo definitivamente é o roundel pela dinamicidade que imprime ao jogo. Ou você pensa que é todo jogo de civilização com exércitos, tecnologias, fronteiras, cidades e templos pode ser jogador entre 2 a 3 horas?

As ações estão lá no tabuleiro, vc toma uma entre as próximas 3 ações no círculo (roundel), se quiser aumentar opções vc paga por isso. Simples e genial, sendo que a maior parte das ações resolvem-se quase que instantaneamente, exceto as de movimentações de tropas e combate.

Mesmo a movimentação e o combate também são simples: cada unidade pode cruzar uma fronteira e uma unidade mata outra. Assim, para vencer, vc tem que ter pelo menos uma unidade a mais que seu adversário.

O único senão deste sistema de combate inserido na lógica de produção do jogo é que cada batalha pode ser extremamente cara, o que induz os jogadores a adotarem posições mais conservadoras, dominando espaços e se fortalecendo. Geralmente, quando os combates ocorrem, é porque o jogo já está próximo do fim.

Por outro lado, os vizinhos de um jogador mais agressivo tendem a sofrer atrasos em seu jogo, aumentando as chances de vitória daqueles que não se envolveram nas brigas. Por tudo isso eu particularmente gosto da variante que oferece um ponto adicional por templo destruído.

Joga bem de 4 a 6 jogadores e dura de 2 a 3 horas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Lembra como era verde o meu vale?

Já sabemos que um homem faz de tudo para agradar a uma mulher. Tem gente que vai para restaurantes finos, tem outros que aprendem a dançar, tem caras que toleram bichos de estimação em casa, e, pasmem, tem gente que até manda construir jardins suspensos para a amada não ficar com saudades de casa! Mas, como é bom ser rei, não é o rei que planta mas uma série de atarefados nobres puxa-sacos é que tomam para si, como uma competição, construir os tais jardins. Bom, para quem ainda não pegou ou não conhece, os nobres somos nós e o jogo é Amyitis.

Trata-se de um bom jogo da Ystari, naquela linha de diversas mecânicas que se entrecruzam, turno dividido em diversas fases, formas diferentes de se pontuar e decisões tomadas a todo o instante.

Particularmente adoro a forma de seleção de ações e o nível crescente de obstáculo para tomá-las. As ações são dispostas em grupos, sendo que os grupos são equivalentes ao número de jogadores, assim todos os jogadores tem a mesma oportunidade para seleção, embora os grupos possam ser extremamente diferentes entre, sendo que são sorteados a cada turno, o que garante uma enorme rejogabilidade.

Só não sou muito amigo do tema, embora ele esteja muito bem urdido em toda a sistemática do jogo, é algo muito do cotidiano da antiga Babilônia: caravanas de comércio, procissões para os deuses, a construção dos jardins suspensos...

Joga-se bem em 3 ou 4 jogadores e dura pouco mais de uma hora. É definitivamente um bom jogo. Em termos de regras tem um nível de dificuldade muito semelhante ao do Y's, ou seja, não é dos mais simples da Ystari. Assusta um pouco no começo mas depois de observar uns 2 ou 3 turnos completos, todo mundo já começa a jogar sem maiores dificuldades.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Vamos coletar borboletas e orquídeas?

Ao longo do Rio Amazonas diferentes espécimes estão a espera de colecionadores europeus, que pagam a guias nativos para levá-los até o local onde eles possam coletá-las. Este é o mote de Amazonas, um jogo de tabuleiro do Stefan Dorra, o kra dos joguinhos legais de carta.

Embora alguém mais chato possa questionar a correção do tema, ele é muito bem casado com o jogo, um set collection :-)

Tem um sistema que eu adoro na utilização de cartas: todos tem um mesmo set de cartas, a cada rodada vc joga uma carta e num determinado momento do jogo todas as cartas gastas voltam para sua mão para reutilização.

Neste ponto o jogo é de um minimalismo genial: as cartas indicam a iniciativa e a renda para a rodada. A movimentação é feita seguindo flechas no tabuleiro, de cabana a cabana do jogador. Onde coloca a cabana (pagando-se o dinheiro) pega a peça do animal correspondente. Neste parágrafo, todas as peças e componentes do jogo.

Rápido de visualizar tudo e para se avaliar as possibilidades, grande facilidade de gerenciamento e manejo de componentes, o jogo é muito agradável. O que garante uma rejogabilidade mínima é que a cada rodada é sorteado um evento e a ordem destes muda de jogo para jogo.

A chave portanto é buscar se programar para os eventos sem descuidar da coleta de espécimes, controlando os caminhos percorridos por outros jogadores. Há uma mistura de adivinhar o que outro vai fazer em termos de iniciativa com uma corrida por posições mais vantajosas no tabuleiro. É instigante e desafiador.

Simples, divertido e inteligente. A colocação deste jogo no ranking do BGG definitivamente não lhe faz justiça. Bom para 3 ou 4 jogadores e jogável em cerca de uma hora.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Repaginação?

Caros companheiros do blog:

Não sei se vcs viram a proposta da minha cunhada mas ela se voluntariou para dar uma repaginada no visual do Oba. Vocês são a favor?

Eu sou.

Quem matou a Brenda?

Sim, devemos responder isso, e ainda dizer a que horas foi, onde, com que arma e qual o motivo. Uma espécie de Detetive em Cartas, Alibi é um jogo para quem gosta de dedução.

Um mecanismo interessante do jogo para acelerar o seu fim, é que no final de cada rodada todos os jogadores passam cartas ao jogador a sua esquerda. A cada rodada aumenta-se uma carta, ou seja, mesmo que você esteja guardando uma informação, uma hora você terá que forçosamente passá-la.

Todas as quatro categorias são agrupadas em subgrupos de 3 cartas, para possibilitar as perguntas e cruzamentos para eliminar suspeitas. Método clássico mas que tem o velho problema da atenção: se um jogador errar em suas marcações prejudica o jogo de todos.

É um jogo ok de dedução, bem mais rápido que o sleuth, graças ao seu mecanismo mencionado de passagem de cartas. Joga bem de 3 a 6 pessoas.