sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Crescei, multiplicai-vos e enriquecei-vos

Após um grande período de fome, um casal no centro da Europa resolve melhorar sua fazenda, plantando legumes, trigo e criando animais. Conforme a prosperidade acontece e a chegada dos filhos, a casa vai aumentando e ficando mais bonita e...acaba o jogo.

Esse é o mote do Agricola. Não é empolgante, mas o processo todo é. Embora o tema seja broxante, o jogo é sensacional, merece esta galgada meteórica para o primeiro posto do BGG. Talvez o grande mérito do jogo seja aliar como poucos os elementos de um autêntico jogo no estilo europeu com a variedade de um típico jogo americano.

A rejogabilidade é imensa, bem como o prazer e a sensação gostosa de fritar o cérebro por algo não produtivo, apenas pelo simples prazer de fazê-lo. Após mais algumas partidas reconheço que mãos melhores ou piores, bem como cartas mandrake podem gerar um problema no balanceamento de forças do jogo, mas ei, lute com as armas que você tem, faça do seu gato um cão de caça, do limão, a limonada.

Qualquer quantidade de jogadores permitida pela regra encaixa muito bem, só não tentei ainda com apenas dois jogando. A tendência do jogo é acelerar conforme as pessoas adquiram experiência e realmente ficar na previsão do fabricante, de 30 min por jogador.

Para falar a verdade não pretende me estender muito, porque já andei escrevendo sobre o Agricola recentemente...então aproveite o blog e leia um pouco mais dos posts anteriores...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Um jogo para Gregos, nórdicos e egipcios

Se você é menino, continue lendo este post. O Age of Mythology é o Mundo da Barbie dos garotos: tema ligado à fantasia (mitologia), repleto de miniaturas variadas e cartas com ilustrações bacanas é um apelo lúdico enorme para o Joãozinho que ainda existe em você.

O jogo é demorado, um pouco difícil para explicar e com uma influência desmedida da sorte. Mas eu adoro. Para aqueles que pensam o jogo como um processo, onde cada rodada é decisiva, esqueçam o AoM: tudo pode ser decidido numa única rodada, e geralmente é a última do jogo.

As críticas que considero procedentes em relação ao jogo são aquelas relativas ao sistema de combate: ele é simples, mas pode se tornar extremamente demorado, cansativo e demasiadamente influenciado pela sorte. Recomendo tentar logo de kra algumas das inúmeras alternativas postadas no www.boardgamegeek.com Pessoalmente prefiro a 2d6 + x.

De resto, vale destacar que o jogo tem alguma influência dos jogos europeus, com mecânicas interessantes na sua execução. Sistema de ações definidas por cartas, que podem conter privilégios ou não, eventos selecionáveis para geração de recursos, opção de seleção de tiles após múltiplo sorteio, enfim tem elementos interessantes que vão além da mera rolagem de dados e coleta de recursos para desenvolvimento de personagens.

Até agora só vi o jogo funcionar em 3, por isso imagino que a única outra hipótese viável seja a de 6 jogadores, com a formação de 3 duplas, cada uma com uma civilização. Vale dizer que cada civilização tem uma característica diferente e nenhuma sobressai em relação à outra.

No final é um jogo de qualidade média, mas que devido ao tema, à produção caprichada e alguns elementos interessantes, principalmente no gerenciamento de cartas, acaba se tornando um bom jogo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

E no conforto de 221B Baker Street...

O endereço do Sherlock virou Scotland Yard no Brasil...são idiossincracias tropicais..., mas enfim...

Bem, o jogo tem uma idéia interessante, resolver um mistério, coletar pistas a partir da historinha de um assassinato, o tabuleiro simulando a cidade de Londres, tudo é muito bacana, mas o jogo é ruim no final.

Ruim porque as pistas constituídas por montagem são dose: pista do assassino em duas partes...A parte dedutiva é muito fraca. Fora que não existem alternativas de rota, vira uma mera corrida de dados para coletar as informações e acabou.

O jogo seria muito mais interessante se todas as pistas fossem realmente pistas. Alguém que viu, outro que mentiu, um testamento que só um conhecia, o amor platônico e doentio do vizinho, a inveja psicótica do sócio, o álibi não corroborado, o recibo de uma substância química e por aí vai...

Além disso, seria muito mais engraçado que os lugares fossem ficando mais difíceis de conseguir a pista ou que houvesse uma randomicidade na chance de conseguir pegar a pista nos locais...

Enfim, foi uma idéia muito legal que se perdeu um pouco na execução. Não conheço as regras do original, joguei apenas com as regras da Grow. Ainda assim a Érika adora, então de tempos em tempos, como bom marido, submeto-me à tortura.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

PERFIL

Sim, começamos com Lugar, Pessoa, Coisa ou Ano. Sou tudo isso e mais, sou o Stein e por que Perfil? Tá certo, enumeração de características de uma determinada pessoa, lugar, coisa ou ano para descobrir quem é esta pessoa, lugar, coisa ou ano. Enfim, é um jogo de trívia e um jogo para festas ou encontros, com grandes grupos.

Um teste de conhecimentos, às vezes constrangedor, mas uma chance entre o jogo de futebol e a bebedeira para alguém conseguir impressionar outrem. Despretensioso, regras simples e muito flexível quanto ao número de participantes.

Ou seja, é um jogo que cumpre seu propósito, atende a finalidade para a qual foi criado, agrega valor. É um party game e ponto. E tem mais: minha esposa adora.

Já que hoje em dia tudo tem que ter uma finalidade prática, é bom dizer que este jogo ativa regiões até então esquecidas do seu cérebro, que remontam a perdidas aulas de história ou revistas velhas das salas de espera de consultórios ou mesmo sua capacidade de abstração e até de dedução (as dicas para Coisa são hilárias ou enigmáticas).

Nunca encararia o Perfil numa game session mas com certeza seria uma boa pedida para qualquer festa ou reunião. Em suma, tem suas qualidades.

Egocentrismo e vontade de escrever

Estou com vontade de escrever, mas não consigo justificá-la unicamente pelo meu egocentrismo, ainda mais se considerarmos que este é um blog comunitário. Bem, mas vocês sabem como é vontade, é melhor atender se não engorda ou dá infarto. É já chegamos na casa dos 30...

Como a gente sempre acha pretexto para tudo, pensei em aliar o meu egocentrismo ao intuito deste blog, então vou postar alguns comentários sobre todos os meus jogos, começando em ordem alfabética!

Não pretendo fazer resuminho de regras nem nada, serão comentários mesmo, tais como: é bonito, é bacana e é bom, porque ser BBB garante dinheiro e fama e não requer grande prática ou esforço intelectual. Logo, como meu papel aqui no Oba é só espantar mosca, está na hora de cumprir bem a função. Mas lembrem-se Dimi, Chirol, Bel, Manti e Tânia: de vez em quando é bom aparecer algum texto de qualidade caso contrário vou destruir a reputação do Oba.

Próximo post, primeiro jogo da coleção e já fiquei passado: 20 questions, o nosso Perfil!

sábado, 1 de novembro de 2008

Yes, eu gosto dos jogos da Ystari

Este é um tributo aos jogos da Ystari: Amyitis, Caylus, Caylus Magna Carta, Metropolys, Mykerinos, Y's, Yspahan...a lista ainda poderia incluir outros jogos, mas dou preferência para aqueles publicados originalmente por esta empresa francesa.

O único da lista acima que ainda não joguei foi o Metropolys e dos que eu joguei o único que não tenho é o Caylus, assim peço desculpas de antemão se qualquer dos comentários generalistas que eu fizer ao longo deste post não se aplicarem ao Metropolys.

O grande barato dos jogos da Ystari é a salada de mecânicas combinada com a diversidade de formas de pontuação. Em alguns deles você pode observar uma mecânica essencial e dominante mas sempre existe algum procedimento combinado com algum detalhe que oferece um tempero especial à mecânica, tornando cada jogo da Ystari único.

Por outro lado, descontada essa característica comum, os jogos são completamente díspares entre si, o dono de uma coleção Ystari tem uma grande diversidade em mãos com poucos títulos, senão vejamos:

Amyitis - uma mistura única de procedimentos, difícil destacar uma mecânica que sobressaia e defina o jogo. Complexidade média para alta. 3 ou 4 jogadores.

Caylus - o jogo de alocação de recursos por excelência, densamente estratégico. Complexidade alta. De 2 a 5 jogadores.

Caylus Magna Carta - card game simplificador de Caylus. A inserção de um elemento randômico constituído a partir das cartas disponíveis acaba por diminuir a qualidade do jogo. De qualquer forma diminui a complexidade e é um card game.

Mykerinos - controle de área com variable player powers numa combinação de rara perfeição...pena que só funciona mesmo em quatro. Mas é um jogo rápido e gostoso, de complexidade média.

Y's - um jogo de adivinhação e blefe, com bons componentes estratégicos, combinando set collection na determinação da pontuação. Outro jogo de complexidade alta e que, infelizmente, só funciona em 4.

Yspahan - um jogo que traz alocação de recursos com dados e um pouco de controle de área para efeitos de pontuação. Jogo de complexidade média para baixa, o mais família da relação. Funciona para 3 ou 4 jogadores.

Thank You, Ystari!