sábado, 11 de abril de 2009

Jesuítas, piratas, etc.

Sinto-me uma jesuíta do bem. Catequizando ovelhas desgarradas Europa à fora. Outro dia, como bem sabem, fizemos soirée jeu aqui e todos gostaram. É bem verdade que os franceses e a siberiana eram tais como os selvagens tupiniquins: ingenuos. Mas eles, aos poucos, foram pegando o espírito da coisa.

Logo depois dessa soirée (ou antes, não tenho memória), fizemos um frangão com farofa e feijão (mas antes que digam algo, isso não me faz uma pessoa que quer assinar a Globo internacional!), com alguns brasileiros, uma polonesa e a adorável Ângela, portuguesa do Porto (ela faz questão de frisar essa parte, portanto, faço o mesmo), herança da queridíssma Ana Paula.

Jogamos naquele dia Cartagena, nosso joguinho básico para debutantes-sem-conhecimento- algum-por-jogos-que-vão além-do-banco-imobiliário-(monopólio)-e-war-(risk). Não era o caso do Ítalo nem do Daniel - dois mineirinhos que gostaram bastante dos jogos e que sempre que estão aqui em casa a gente aproveita para apresentá-los a alguma coisa da coleção.

Sim, Cartagena pode não ser dos mais fáceis. Mas as regras são relativamente simples. E ele pode ser complicado de acordo com o jogador. Quer dizer, de acordo com a nóia do jogador: se ele quiser controlar todas as cartas de todos os adversários, aí pode praticamente um brain burner. Se não, ele joga o jogo dele e vai levando.

Já deu para notar que os jogadores estavam desnivelados. ítalo pegou logo o espírito do jogo e ganhou fácil. Ângela e a polonesa sofreram porque não é fácil entender regras em outra língua - Tânia explicou em francês - e gramaram no fim. Eu não joguei. Mas foi divertido ver de fora a experiência de cada um.

Claro, todos gostaram. Mas, dois fins de semana depois, quando Ângela nos (Tânia e eu) chamou para comer uma francesinha na casa da Alemanha, na Cité, ela pediu para que levássemos alguns jogos, afinal nunca se sabe.

Bom, aproveitamos que íamos para a casa do leão e levamos o nosso Kabale und Hiebe, ou Ruse & Bruise, que compramos em Essen. Ou seja, as cartas estão em alemão, o que dificulta um bocado encontrar jogadores para encarar o desafio.

Os alemães eram de meia-tijela. Não valiam nada e, depois da francesinha, foram embora, imaginem vocês, para as festas que estavam acontecendo na casa da Bélgica e da Índia... Fracos.

Ficamos, então, nós três. Jogamos Turn the Tide, que, como sempre, foi ótimo. E, por fim, arriscamos, mesmo com os textos das cartas em alemão, o Kabale. Foi óóóótemo! Uma diversão. Já jogamos, Tânia e eu, mas, sinceramente, gostamos porque foi no solzinho em plena place de Voges e depois de fazer um pique-nique de sushi e sashimi. Sim, porque o jogo em si, com duas pessoas, perde um bocado.

Ângela adorou e acho que deixamos um gostinho de quero mais. Ela já estava falando que queria levar um jogo para ela. E que tivesse alguma referência à França. Recomendamos esse aqui. Acho que considerando as circunstâncias, não poderia ser melhor dica.

2 comentários:

Cacá disse...

Hmmmm... comer "francesinha"... me pareceu bem interessante...

hHAHAHhaHA.. não pude evitar a piadinha...

bjos...

Bel disse...

Cacá, eu meio que deixei a bola na linha de pênalti e sem goleiro! Era inevitável.
:-)
Bjs