terça-feira, 21 de julho de 2009

Palavras que todo nerd gosta de ler ou ouvir


O Alfredo sempre brincou que tudo que tem Empire no título ele vai gostar. E realmente para os nerds assumidos algumas palavras são mágicas, servem para quebrar a carapaça de normalidade que às vezes utilizamos no dia a dia e revelam nossa condição íntima para as pessoas ao redor.

Então um dia passando os olhos pelo BGG minha alma nerd assomou à superfície do meu ser, tomou conta de mim, apossou-se do meu cartão de crédito, dirigiu-me ao Ebay e me fez comprar Conquest of Fallen Lands (não preciso dizer que adoro falar o nome deste jogo).

Trata-se de um board game do russo Andrei Burago (exotismo é outra coisa que chama a atenção), que utiliza tabuleiro modular com peças hexagonais (repleiabiliti padauãs), pecinhas de dinheiro, cartas com nomes legais (vide figura acima) e contas de vidro multi-coloridas (500 anos atrás seríamos índios trocando ouro por contas de vidro...).

O conceito do jogo é simples: quem conquistar terrenos ganha dinheiro e quem tiver mais dinheiro no fim do jogo, vence. Mas daí entram os detalhes do jogo: ao longo dele nós precisamos gastar dinheiro para fazer coisas e quando conquistamos deixamos os terrenos adjacentes mais fáceis para o adversário.

Aí começa a entrar a famigerada estratégia, ou o diferencial que faz a Tânia vencer jogos. No seu turno você pode fazer quantas ações quiser, na ordem que você quiser. O limitante é dado pelos seus seguidores, uma vez esgotados não resta nada a fazer: toda vez que vc baixa uma carta ou faz uma ação, vc precisa pagar o respectivo "custo" utilizando um seguidor, ou seja, acabando os seguidores não resta nada a fazer.

Por exemplo, conquistar um terreno, ação básica para vencer no jogo: a dificuldade do terreno é dada pelo número escrito nele (o qual também é o valor de recompensa). Para conquistar preciso baixar uma carta de tropa cujo número de ataque (número vermelho na carta) seja igual ou superior ao número indicado no hexagono em questão, sendo que as tropas adjacentes, de terrenos conquistados por mim ou por outros jogadores, contribuem com seu valor de apoio (número branco).

Detalhe muito importante e que abre espaço para as sacanagens: o terreno que você vai conquistar precisa ser adjacente a um terreno que você tenha conquistado previamente, caso contrário, cada hexagono que vc precisar pular para chegar a um terreno, tomando um próprio como ponto de partida, exigirá que você gaste um mago e 7 de dinheiro (considerando que os terrenos variam entre 1 e 12, você pode ter um sério problema em mãos, caso pretenda vencer o jogo).

Como a conquista de terreno sempre exige uma carta de tropa, independente que as tropas adjacentes já garantam a vitória, as tropas sempre tem o seu valor, não importando que seja um War G0lem (que legal) ou um mero Spearman, o que é uma grande sacada.

É um jogo bacana, de regras muito simples, uma arte diferente e rápido, com alta rejogabilidade. Considero uma excelente aquisição, principalmente se você for ligado em temas medievais e de fantasia.

Bazinga!

6 comentários:

Bel Boucher disse...

Muito bem, Stein. Parece realmente um jogo interessante. Agora, a palavra chave da Tânia não é exatamente estratégia (apesar d'la jogar sempre muito bem, claro), mas sim dinheiro. Mesmo que o objetivo do jogo seja diferente, ela sempre estará repleta de dinheiro! É impressionante... como é que ela consegue??...

Anônimo disse...

Fala Stein,

O jogo é bem legal mesmo, cheio de sacanagem, rs.

abs

soledade disse...

Já descobri o segredo para ganhar à Tânia: jogar jogos sem dinheiro.

Boa review. Imaginei-me a querer saber tudo sobre jogos com a palavra "Renaissance". É verdade! E o exotismo, realmente, ajuda. Lembro-me que, por causa do exotismo, comprei uma merda de um jogo Polaco (Polonês, como se diz por aí). Foi-se o exotismo no momento em que percebi onde tinha estragado o dinheiro.

Quanto ao Conquest of Fallen Lands, curioso, já está debaixo de olho há um tempo. Vou ver isso, agora, com maior interesse.

Bem-vindos tijoleiros!

PS

Cacá disse...

Muito boa resenha... o pessoal já andou jogando o Conquest por aqui, mas ainda não sentei na mesa...

O jogo parece ser realmente interessante, eu acho essa história de mapas randomicos muito legal, e nesse jogo deve funcionar bem mesmo (gosto muito de como a idéia é usada no Warcraft:Boardgame)...

Abraços...

Tânia disse...

Bel e Soledade, mesmo que não tenha dinheiro vai ter sempre alguma coisa de valor pra eu colecionar :)


Stein, nunca tinha ouvido falar do jogo mas parece interessante. Quem sabe tem la na ludoteca pra gente expreimentar.

Bel Boucher disse...

mas é metida, né? Pior que ganha (ô, quase o cacófato).