domingo, 7 de março de 2010

Ressaca

Acho que já contamos como a ludoteca é legal. Cheia de jogos, com espaço para várias mesas, e cheia de...jogos! Ontem ela estava especialmente cheia. Não só de jogos, mas de gente. Eram umas oito mesas jogando. E nós cinco ocupando uma delas.
O plano de experimentarmos a tríade El Grande, Hymalaia e Caylus foi por água abaixo. (ps Tânia: nunca foi meu plano jogar estes três seguidos. Acho que o povo precisa de umas coisinhas mais leves no meio). É claro que eu não imaginava jogar os três seguidos, Tânia... Mas, enfim. Foi por água abaixo porque o Caylus estava emprestado e eles não têm a expansão do Hylamaia... Domage.
Começamos com El Grande, que fez sucesso! Uhu! Tânia e eu jogamos muito, muito mal. E, no fim, brigávamos para não ficar em último. Veja só, apresentamos um jogo e levamos uma surra da russa...que vexame. Marina, a vencedora, disse que é um jogo tenso, talvez tenso de mais pra ela. Mas até que gostou. O clássico de Kramer e Ulrich também agradou ao público masculino. No fim, Ítalo ficou com o segundo lugar, seguido de Yannick, Tânia (eu) e eu (Bel). Até que nós quatro ficamos bem perto, mas a Marina deu a volta no tabuleiro.


O seguinte foi uma sugestão de Marina. Na verdade, sugestão de um amigo do trabalho dela. Assim, jogamos Du Balai!, de Bruno Cathala e Serge Laget. Leitura rápida das regras e c'est partie para uma volta de vassoura. Na verdade, trata-se de uma corrida de peões (ou de bruxas). O mecanismo é simples. Nove dados contendo diferentes símbolos em duas cores são jogados dentro da caixa aberta do jogo, no centro da mesa. Todos devem tentar memorizar, o mais rápido possível, quais os símbolos que aparecem em somente uma das cores (ou seja, aqueles comuns aos laranjas e pretos são considerados não válidos. O jogador deve então memorizar todos os dados pretos ou laranjas que restarem). O primeiro que acha que já os memorizou, fecha a caixa. Todos devem, então, mostrar simultaneamente os símbolos que acreditam válidos para uma das duas cores. Cada acerto faz as vassouras avançarem.


Ou seja, o jogo é de atenção, agilidade e memória visual (Bel: Perrrdi!). O Yannick logo de cara resolveu impor um ritmo frenético à partida, fechando a caixa após poucos segundos. Devo dizer que sua estratégia não foi lá brilhante e ele recuava mais do que avançava, mas fez o jogo ficar bem mais divertido. O fim foi uma corrida entre Italo e eu (Tânia) que acabei vencendo por muito pouco.

Para terminar a noite, pedimos algumas sugestões de jogos para cinco pessoas, mas os caras da ludoteca não estavam lá muito animados - eles estavam jogando - para nos explicar Endeavor (da próxima vez farei o dever de casa: lerei as regras antes de ir pra lá.). Assim, ficamos entre Amun-Re e Puerto Rico... Pois é, duas opções beeem cabeçudas e um tanto polêmicas. Sim, porque o jogo do Knizia é excelente, mas demora, além de ter um mecanismo pas évidant, e a gente não lembrava das regras (gente, leia-se Tânia). Assim, perderíamos muito tempo para ler (ou seja, lembrar) e explicar. Optamos pelo Puerto Rico, não exatamente a escolha mais fácil. Até porque, como sabemos, o jogo não fica tão bom com cinco pessoas. Ele é melhor com três ou quatro. Mas, paciência (mas eu achava que o Ítalo já estava preparado e ele já tinha demonstrado, em vários momentos, curiosidade para jogar o número 1 do BGG. Até porque, ele mal começou a jogar e já estava fuçando o site para conhecer mais jogos).

Aprendemos a lição: antes de ir, temos que ler as regras de alguns jogos que gostaríamos de testar porque os animateurs (os caras que ajudam o público e explicam as regras) acabam se ocupando demais de algumas mesas e de menos de outras...

Puerto Rico acabou sendo o declínio da noite. Não fez sucesso na mesa. Foi lento e com pouca emoção. Fora que a galera já estava com sono (saímos de lá às 3h). E eu, sinceramente, cada vez que jogo, tenho mais certeza de duas coisas: que não entendo esse ranking do BGG e que não curto Puerto Rico! Pronto, falei.

Acho que a culpa nem foi tanto do Puerto Rico. Acho que deveríamos ter escolhido algo mais leve para o fim da noite. Depois pensei que Modern Art tería sido perfeito: mais interação e agilidade para acordar a galera.

Mas, vivendo e aprendendo. Da próxima vez (infelizmente só em junho!!!), iremos preparadas!

Tânia et Bel


Fotos extraídas do site www.boardgamegeek.com

4 comentários:

Chirol disse...

huahuahuahua!! Tudo bem Bel, sem mágoas! Pode não gostar do Puerto Rico...

:)

Outra coisa: ainda está para nascer quem não goste do El Grande (pegou mal essa frase! Putz, será que algum dia vou falar desse jogo sem fazer gracinha...). Jogaço realmente!

Esse joguinho dos dados é bem no clima dos autores, muita farofa e o caos imperando!

Só para falar ainda do caylus e do Magna Carta, bem, sou mais o magna carta! mais variável, menos demorado e sem o maledeto favor real!! Mas sou um cara de mente simples, é a vida!

beijos!!

Cacá disse...

Meninas, eu também sou da turma que simplesmente não consegue achar o PR tudo isso...

Mas como bem disse o Kiko, não há que não goste do El Grande (sem duplo sentido... ou "com" para alguns, ehehehehehe)...

E definitivamente tá na hora de vocês jogarem o Endeavor, faço uma aposta como vão gostar...

inté prôceis...

Tânia disse...

POis é, o Endevour esta me deixando curiosa. Mas como ele é novidade na ludoteca não sei se eles emprestam. Acho que vou ter que esperar até a proxima soirée (em junho) pra testa-lo. Ou então compro logo e pronto.

Quanto ao El Grande é engraçado pois eu não gostei tanto dele logo de cara. Acho que fui gostando mais apos algumas partidas (botem o duplo sentido que quiserem hehe) Alias, não preciso dizer que o duplo sentido funciona internacionalmente, né?.

missbutcher disse...

Cacá, que bom saber. Estava achando que eu era um ser de outro mundo.

Puerto me lembra sempre aquela clássica cena do Chaplin em Tempos Modernos. Sinto-me aparafusando a rebimboca da parafuseta. Nossa, que profundo.