notícias já meio antigas dos tijoleiros cariocas - que mal têm tempo pra jogar, que dirá para postar...
mas ainda valem. vamos lá!
1. tivemos, já lá vão algumas semanas (!), uma
noitada de jogos à moda obatijolo-Rio:
incluiu muita tagarelice, culinária refinada, esperar as crianças dormir, sessão comentada de vídeos dos dois últimos shows do 3a1, leitura dramatizada de uma hilária compilação de textos homoeróticos do início do século passado - E, last but not least, jogos de tabuleiro levados nas regras da arte.
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HIVE - "ah, replayability!"
pra começar, uma sessão descabida de estréia do novo kit de Hive do Chirol (ver ilustração!), com nosso Kasparov dos insetos tentando jogar partidas simultâneas comigo e com Aron (perdeu de mim, vejam só! após se concentrar em derrotar impiedosamente o novato Aron por duas vezes seguidas).
antes e depois:acho que dá pra identificar
qual o novo hive do chirol
e qual o meu, mais... viajado ---
Diabolo - Schacht preguiçoso
em seguida, enquanto Ana K., Aron, Nando e Maria Pia cozinhavam um delicisos risoto de funghi (eram esses os presentes? já não foi ontem...), Chirol, eu e Bel estreávamos o novo Diabolo, do Michael Schacht.
Schacht é dos meus designers favoritos, pela engenhosidade de mecanismos e variedade de pesos e temas de seus jogos; todavia, embora o tal Diabolo dê pra entreter - a partida foi bem divertida, muito graças à total incapacidade do Achilles de fazer um ponto positivo que fosse! - minha avaliação é de que se trata de um daqueles jogos feitos "pra cumprir tabela": parece mais um estudo de mecanismo, do que propriamente um jogo bem acabado.
não me entendam mal: o jogo flui, funciona bem; mas é realmente um abstrato (tem um fiapo de tema), muito leve e muito "matemático" (Tânia ou outros com igual capacidade de controlar o fluxo de cartas teriam boa vantagem).
além disso, há o fator sorte que, se não chega a imperar - como no caso do "elefantes na loja de porcelana", que levou o pobre Alfredo a exasperação - com certeza conta bastante. o final de cada mão, que é controlado pelos jogadores em conjunto, a exemplo do Modern Art, compensa em parte essa sorte (tornando-a numa situação comumente denominada "push your luck"), e é responsável em grande parte pelo interesse do jogo, conferindo-lhe mais tática e emoção.
Bel, em noite de gala, venceu de longe a partida, comigo bem atrás - mas honrosamente no lado positivo dos numerais! - e Chirol quase tão distante quanto a Tânia, que está na França e deixou a Bel como representante, ao que parece.
[nota: caso o Chirol venha com empulhas do gênero "eu estava vencendo a partida seguinte", ou "a maior pontuação em uma rodada foi minha", não lhe dê ouvidos: ele estará se referindo à primeira mão de uma segunda partida, a qual foi abortada pela chegada do risoto - e, como reza a etiqueta gamer, partidas interrompidas não têm qualquer influência sobre o ranking ou as estatísticas...]
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El Grande - sempre cruel
finalmente, provando que não estava lá pra amenidades, Bel topou seguir conosco madrugada adentro e partimos os mesmos três - eu, ela e Chirol - para uma disputadíssima partida deste grande jogo que é (perdão) El Grande.
Dimitri (este que vos fala) e Chirol dominaram a partida desde o início, jogando agressivamente, em parte devido à alta incidência de cartas de pontuação logo nas primeiras rodadas.
mas a disputa entre os dois coboru seu preço: interessado em prejudicar Chirol, já com o jogo a meio, Dimitri deixou para Bel uma pontuação "sopa", daquelas irrecusáveis. a estratégia resultou em parte: Chirol não conseguiu mais se recuperar, chegando a resmungar que Dimitri estava a "bancar o Stein" (que, como já declarou ele próprio, volta e meia joga apenas pela graça de azucrinar seu equivalente de Chirol - o caro Alfredo).
no entanto, Isabel - que não estava mesmo a passeio - aproveitou o impulso e tratou de sustentar a dianteira até o fim, sempre conseguindo minar Dimitri, que ficara próximo, mas ainda sofria com os ataques infantis e vingativos do lanterna Chirol :D .
resultado final da história: Bel venceu com alta pontuação, Dimitri amargou um segundo lugar "quase lá", e o destemido Achilles teve sorte apenas um pouco melhor que na malfadada partida de Diabolo...
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2. começou o
torneio de Hive no boardspace! como a Tânia ainda não tinha se instalado adequadamente na França e Achilles estava sem tempo (leia-se: sem babá para as crinaças), Dimitri e Mantovani acabaram sendo os dois únicos representantes tijoleiros no certame.
Dimitri tenho o ligeiro desprazer de lhes informar que fui eliminado já na primeira fase da contenda... a meu favor posso dizer que foi uma disputa acirrada nos primeiros rounds, e que durou 6 jogos até que meu adversário conseguisse estabelecer a diferença exigida de duas vitórias.
na verdade, eu saí na frente no placar: depois de um empate na primeira partida (jogando com as pretas), venci a segunda (iniciando o jogo); bastava-me ter vencido a terceira (também iniciada por mim) e teria aplicado um 2 x 0 em meu simpático adversário. infelizmente para mim, ele conseguiu defender-se nessa tercira partida e levar a coisa a um empate. pior ainda, conseguiu vencer-me as 3 seguintes, e acabar com minhas chances neste 1o campeonato...
agora as chances de o troféu da abelha (ver ilustra 2) vir para o Brasil residem em Mantovani, enxadrista amador e grande conhecedor de Os Simpsons, além de um sujeito muito bem apanhado. avante, tijoleiro, boa sorte!
[Mantovani, como vai sua participação no torneio? já elucidou o mistério da sua não-convocação para o primeiro round, mesmo constando como regularmente inscrito?]
pena, ficaria bem na minha estante de livros ---
3. já foi falado por Stein aqui, mas merece todo o destaque a iminente inauguração, em São Paulo, da
Ludus - um café/bar com aluguel de jogos, monitores treinados e uma pequena loja com representação de diversos fabricantes nacionais e estrangeiros, capitaneada pelo amigo Fábio Tola e seus mui distintos parceiros de jogos (e agora de negócios).
espero poder comparecer ao evento inaugural (não posso dar certeza, tendo em vista a viagem Rio-São Paulo), mas desde já reitero minha alegria com a iniciativa e meus votos de muito êxito com a mesma.
sei que os envolvidos são de fato entusiastas dos jogos de tabuleiro, e fomentadores de longa data da atividade aqui no Brasil. não é à-toa que desfrutam da estima da comunidade lúdica de todo o território nacional. têm toda a capacidade e merecem o sucesso desta nova empreitada.
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...e agora meus caros, boas noites! é bom que eu vá dormir.
obrigado pela visita, comentários e tudo o mais.
e bons jogos paratodos!