segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Quando um pedido é uma ordem

De nada Bel. Na verdade os textos seus é que dão uma cara mais bonita para o Blog, os meus são só para dar uma impressão de atividade hehehehehe

Vocês já notaram que pedido, dependendo do contexto, pode ser "order"? Enfim, o que sei, é que foi feito um pedido, o qual me alegro a atender.

PANDEMIC

Bel, talvez a palestra chata e pessoas não muito legais tenham influenciado o seu espírito, impedindo-o de apreciar as belezas deste jogo quase impossível de vencer. Jogadores unidos na tentativa de curar populações de moléstias malignas. São quatro jogadores, quatro regiões no mundo, quatro doenças.

A chave de tudo é saber utilizar os poderes de cada um dos personagens e estabelecer uma espécie de gerenciamento coletivo de mãos, sem comunicação entre esses mesmos jogadores, ou seja, exige uma afinidade de pensamento.

É uma corrida pela saúde e angustiante, porque o jogo caminha inexorável rumo ao fim e às vezes a impressão que se tem é que se está apenas adiando o inevitável e não jogando para realmente vencer.

Eu gostei muito, sentimento compartilhado por muitos aqui. Algum mecanismo em particular te desagradou?
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PIRATE'S COVE

Já sobre o pirate's cove é um jogo de despretensioso mas de produção bem caprichada, padrão days of wonder. Como jogo, ele não tem muito a dizer ou fazer você pensar.

Cada jogador possui um barco, representado no tabuleiro por uma miniatura e para outros efeitos por um miniboard que fica defronte ao jogador. O miniboard traz 4 características do navio: vela, tripulação, canhões e capacidade de carga.

As características dos barcos vão de 2 a 7 (ou algo próximo). Para evoluir o nível de uma característica necessito de ouro, sendo que a cada passagem eu necessito de mais ouro. Só ganho ouro pilhando ilhas.

O mapa possui 7 ilhas, 6 das quais são destinos válidos para os barcos na hora da seleção de ações. Cada ilha possui uma determinada característica relacionada a uma característica dos barcos, possibilitando a evolução mencionada. Além disso, a cada rodada são reveladas cartas, uma em cada ilha, indicando o que pode ser pilhado ali naquela rodada (ouro, fama, tesouros ou bônus).

As cartas de pilhagem são absolutamente distintas entre si: algumas trazem muito ouro e tesouros, mas nada de bônus ou fama enquanto outras trazem justamente o oposto. Os bônus são cartas especiais que compro que me trazem algum benefício para o combate ou para o barco e, eventualmente, pontos de vitória. Fama é igual a pontos de vitória. Tesouros são cubos que posso acumular no meu barco, respeitada a capacidade de carga do mesmo e, posteriormente, posso enterrá-los na ilha do tesouro, ganhando pontos de vitória (1 ponto para cada tesouro enterrado).

A graça do jogo está que a seleção de destinos de cada barco, toda rodada, é feita em segredo e é revelada simultaneamente. quando dois ou mais jogadores escolhem a mesma ilha, esses jogadores entram em combate.

O combate é feito da seguinte maneira: quem tem o maior nível de vela começa. Rola a quantidade de dados equivalente ao menor número coincidente entre seus canhões e sua tripulação (ex.: meu canhão é nível 3 e minha tripulação é nível 4, logo rolo 3 dados). Antes de rolar os dados declaro em qual seção do navio inimigo estou atirando (vela, canhões, tripulação ou capacidade de carga) e a atinjo para cada 5 ou 6 que obter na rolada de dados.

Para cada tiro de sucesso, reduzo em 1 a capacidade do navio oponente na respectiva seção. Se com isso ele fica abaixo do mínimo, o navio é obrigado a ir para o refúgio dos piratas a fim de efetuar os respectivos reparos. Se o inimigo ainda está igual ao mínimo ou superior, ele repete o procedimento contra mim, até que alguém fuja porque foi atingido ou porque resolveu fugir antes de acontecer o pior.

O vencedor das batalhas ou aqueles que tiveram a sorte de se dirigir para locais onde não houve o conflito passam a pilhar as ilhas conforme indicado pelas cartas. Após a pilhagem tem a oportunidade de gastar dinheiro para usufruir do desenvolvimento oferecido pela ilha em que estão.

As críticas são justamente para o combate (rolagem de dados) combinada com uma forma aparentemente aleatória para determinação de conflitos (gessing). Eu particularmente gosto disso. Outra crítica é que é profundamente simples, as escolhas são muito óbvias, ou seja é um jogo sem grandes atrativos para o preço cobrado e é muito longo para sua proposta.

Como me prendo ao processo de jogar e todo o aspecto ludo-estético (cores, tema, miniaturas, etc), acho tudo muito legal e me divirto. O jogo não se declara como brain-burner ou um desafio, mas como passatempo. E isso ele cumpre muito bem. Ele realmente pode passar um pouco do tempo adequado para ele, mas ao invés de se jogar as 12 rodadas sugeridas pela regra os jogadores podem diminuir para algo entre 8 e 11, por exemplo.

É isso aí, espero ter atendido a contento o seu pedido.

abs

6 comentários:

Chirol disse...

E aí camarada, quando vens ao Rio?

:)

grandes abraços!

Stein disse...

não sei chirol...pode ser num futuro próximo pela empresa ou pode ser que me dê na telha e vá por conta, daí preciso negociar com a Érika...

abs

Stein

Cacá disse...

Grande Stein,

Cara, acredita que eu fiquei de olho no Pirate's Cove lá na FPT que eu fui e todos que passavam por ele falavam mal?? Resultado, nunca consegui jogar ele...

E eu gosto muito dos jogos caprichados da Avalon, mesmo os mais fraquinhos (como o Vegas e o Monsters Menace)...

Agora estou inclinado a dar mais uma chance a ele, jogos "despretenciosos" são bacanas e sempre bem-vindos ao meu grupo de não-gamers...

Já o Pandemic nunca me chamou atenção, e tem por aqui nas jogas do Rio, mas não sei, não me enche os olhos...

É isso... abraços...

Chirol disse...

Putz cacá, tente o pandemic! MUITO BOM!!! (e bem frustrante no nível mais difícil...)

missbutcher disse...

Obrigada, Stein pelas dicas. Vou experimentar mais uma vez o Pandemic, mas dessa vez do início ao fim!
Bjs

Anônimo disse...

Joguei uma vez e gostei bastante, só achei o tabuleiro meio tosco, mas a mecânica é boa.