Depois de um longo tempo de marasmo na ala obatijolense carioca, voltamos a jogar de verdade neste último final de semana, e com a participação especial de Stein! Mas vamos começar a história de um pouco antes...
Na sexta-feira sofri a maior crise de regressão da minha vida (pelo menos dos últimos 5 anos): ganhei de presente da Ana o Marvel Heroes!! Esse mesmo! Aquele joguinho lindo, cheio de miniaturas muito legais de heróis e vilões da Marvel, como o Homem-Aranha, o Doutor Estranho (miniatura mais legal), Demolidor, Sr. Fantástico, Hulk, Jean Grey e Doutor Destino entre outros, e que dizem ser o melhor jogo sobre heróis já lançado! Impossível não comentar como o tema me emociona profundamente. Ler a revista do Homem-Aranha é a única coisa que comecei a fazer aos 8 anos de idade e que continuo até hoje. O Peter foi fundamental na minha formação pela identificação, afinal ele é um nerd, o zoado da turma e ainda ruim de roda com a mulherada. Fiquei fascinado pelos bonequinhos, e o restante da produção também é bem legal. Enfim, estava, como diria o Jamelão, que nem pinto no lixo. Estava tenso para saber se ia gostar do jogo, afinal já fui xiita contra dados, e todo o combate e vários movimentos do jogo dependem de dados (um autêntico ameritrash), mas o tema me deixou bem animado. O jogo serve de duas a quatro pessoas, e cada jogador controla uma equipe de heróis (X-men, Marvel Knights, Vingadores e Quarteto Fantástico) e o arqui-rival de uma equipe adversária (Magneto, Dr Destino, O Rei e o Caveira Vermelha). O objetivo é completar missões e ganhar pontos de vitória, e as condições de vitória do jogo variam de acordo com os 10 cenários disponíveis.
Como não podia deixar de ser, estreamos no mesmo dia. O jogo é cheio de regrinhas, mas a mecânica não é das mais complicadas. O pior era lembrar dos poderes dos personagens, e qual o melhor combo para cada grupo de heróis, e os poderes dos vilões que cada um controlava. Nesta primeira sessão percebi que o tema realmente fez muita diferença, enquanto eu e o Dimitri estávamos nos divertindo bastante, a Bel e a Tânia pareciam menos animadas por conta das complicações de regras. Mas mesmo sem se esbaldar de alegria, a Tânia venceu controlando o Marvel Knights. Achei legal do jogo que apesar da ditadura dos dados, não houve resultados absurdos de sorte (como o Abutre massacrando o Hulk), que são evitados pelas características dos mesmos, que tem valores de combate de 1 e 2. Sempre rolava um azar ou sorte básico, mas nada que acabasse com o jogo.
No sábado recebi a visita do Dimitri e jogamos umas 3 partidas de Hive. Nunca me canso de dizer como esse joguinho é bom! Viva a replayability!! :)
E domingo recebemos a visita do ilustre obatijolense paulista Stein! Com sua variada coleção, fomos apresentados aos joguinhos do Asterix (ideal para familiares não-gamers, bem divertido), do Groo (muito bem amarrado ao tema, completamente caótico e com o Dimitri só falando em rimas desde o início do jogo), e o Turn the tide, que me lembrou muito o Take 6, mas com a pegadinha de que as mãos de cartas que são distribuídas no início rodam por todos os jogadores. Acho que o Stein ganhou este (não lembro quem ganhou o Groo e o Asterix), mas lembro que eu a Tânia disputamos o troféu “vai Malhado” do jogo. E depois que as meninas foram emboram, jogamos novamente o marvel heroes, com a desculpa esfarrapada de mostrar o jogo para o Stein. A partida transcorreu mais calma, pela maior familiaridade com as regras, e todos se divertiram muito! Eu e o Dimitri até arriscamos alguns combos mais elaborados. No final uma apertada vitória do Quarteto Fantástico (eu) sobre os Marvel Knights (Dimitri) por 2 pontos, com o Stein em terceiro com os Vingadores. Achei muito mais divertido do que pensaria inicialmente rolar dados e jogar um jogo cheio de regras (Stan Lee me salvou de mais um preconceito, hehe). Lembrou-me muita as noites viciadas de AD&D, precisavamos (e o Dimitri concorda) de um jogo assim.
Abraços
Chirol