quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Tannhauser: de preocupado para empolgado

O Tannhauser tem sido uma gangorra sentimental. Antes do jogo chegar às lojas estava entusiasmado, depois fiquei na dúvida se comprava ou não diante da enxurrada de críticas no BGG. Daí, como sócio fundador da Impulsivo & Compulsivo Inc, adquiri o jogo. Durante o período de espera estava resolvido a vendê-lo assim que chegasse. Chegado, não resisti ao impulso de rasgar o plástico e daí resolvi jogar. Gostei.

De início o Tannhauser tem um impacto visual muito grande e pouco a pouco o apelo de um tema ficcional relacionado às grandes guerras começa a fascinar o jogador durante a leitura do manual.

O jogo em si é indiscutivelmente um jogo de miniatura, a la Dreamblade ou Mage Knight. Já na fase de set-up o jogador é confrontado com a escolha do que levar na missão, ao montar os packs de cada personagem.

É no transcorrer do jogo, no entanto, que Tannhauser revela o seu diferencial como jogo de miniaturas: o tal sistema pathfinder. Trata-se de uma solução inteligente e extremamente prática para miniaturas: tem linha de visão para o tiro - basta ver se ataque e defesa estão em áreas da mesma cor; para alcance basta contar espaços (essa idéia não é nova).

Ou seja conjugaram a questão de contagem de espaços com uma identificação por cor. Simples e prático.

Rejogabilidade quase infinita assim como possibilidades de histórias e personagens num tema muito bem amarrado e instigante. Pena que essas características não foram exploradas no jogo base, mas expansões vem aí e a julgar pelo manual muitas virão, mais ou menos no estilo runebound: algumas pequenas e baratas, seguidas de alguma grande.

O que convém ressaltar é a grande influência de fatores aleatórios, conhecidos como dados. Eles são jogados aos montes. Todavia, fazem sentido com o tema e são recorrentes e diluíveis no jogo, como diz o Alfredo vc não depende do dado num único momento então não tem problema se ferrar o tempo todo, a não ser que você seja um Chirol Zumbi rolando 6 sem parar.

Há ainda alguns pequenos problemas nas regras, fruto talvez de uma tradução não tão cuidadosa do original em francês, principalmente quanto ao combate corpo a corpo. E por incrível que pareça já é bom desfazer um mito: os times não são desbalanceados, o que acontece é que os alemães favorecem mais o estilo de jogo iniciante: sem pensar e correr para bater. O jogo dos americanos é muito mais tático, pelo menos no jogo base, com o equipamento básico.

É bom que se diga ainda que como jogo Tannhauser é para duas pessoas. Se o pessoal estiver num espírito para brincadeira e não tiver preocupações com o tempo, aí mais pessoas podem jogar, mas sinceramente não recomendo.

Vale a pena, é interessante e vejamos como vem as expansões, que podem acrescentar muito ao jogo.

abs

Stein

2 comentários:

Chirol disse...

nossa...

minha fama já chegou aí? :)
(aliás, muito divertido o last night on earth)

mas quero jogar o tannhauser. chegou a quase entrar na minha wishlist, mas acabei preferindo colocar o Doom (que ainda não comprei...).

abraços

Chirol

Stein disse...

Chirol, vc e a Ana estão nos devendo uma visita e ainda neste ano.

Vindo, vc joga o que vc quiser.

abs

Stein