domingo, 27 de maio de 2007

Joguinhos não tão conhecidos: Die Fugger

Embora o jogo em si não seja muito conhecido da comunidade lúdica brasileira e também não é exatemente um top no rankingo BGG, é um jogo que merece crédito, seja pela companhia que o publicou Adlung Spiele, seja pelo autor, Klaus Jurgen Wrede, simplesmente o cara do Carcassone.


O objetivo do jogo é fazer dinheiro com a venda de produtos. O jogador que conseguir mais dinheiro torna-se o parceiro comercial do Jacob, o simpático homem ladeado por duas cartas, na imagem acima, a direita.
As cartas formando o círculo são a cotação, e as cartas dobradas são os produtos disponíveis. Quando um determinado produto atinge a soma de 5 cartas na mesa, o round é encerrado, a nova cotação é definida e os jogadores recebem o dinheiro pelos produtos que colocaram na mesa e todas as cartas na mesa são recolhidas.
Para definir a nova cotação, os três produtos com mais cartas aumentam na cotação a respectiva quantidade na mesa e os dois com menos cartas caem um nível de cotação. Notem que na primeira rodada o produto com mais cartas vai passar de cotação 5 para 1.
Durante o turno o jogador tem as seguintes opções: baixa uma carta ou compra uma carta, sendo que o limite de cartas nas mãos é 4. Deste modo tenho que procurar otimizar os produtos que tenho na mesa prevendo quais produtos estarão mais valorizados no fim do round (nos dois primeiros rounds há uma opção de esconder uma carta para consideração de pontuação apenas ao final do jogo, trata-se de uma aposta para tentar direcionar a atuação do jogador para influenciar na cotação destes produtos escondidos).
As cartas ladeando o Jacob contam para consideração da quantidade dos produtos em oferta. Já as cartas de mercadores apenas conferem um bônus para o jogador que a baixou: ele receberá cartas extras na passagem de uma rodada para a outra (canto inferior direito da imagem acima, tem uma carta de mercador, um sujeito em pé).
É um jogo extremamente dinâmico, rápido e simples. Há algumas escolhas para conferir um certo raciocínio mas é o tipo de jogo cujos mecanismos e macetes não se demora a aprender, não existem sutilezas ou mistérios.
Considerando a relação custo-benefício vale a pena tê-lo e cumpre um ótimo papel como um filler. Pode ser jogado de dois a 4 jogadores e tudo indica que seu número ótimo de participantes é três. As partidas em três pessoas duraram cerca de 30 minutos.

5 comentários:

Dimitri BR disse...

hum, acho interessantes jogos que tentam emular flutuações de mercado.

a descrição me lembrou, por alto, o modern art - pelo mecanismo de o round se encerrar quando um produto atinge 5 unidades na mesa, e cada jogador receber pelos produtos que tiver nessa hora.

o "feeling" geral é parecido? em que os dois jogos se diferenciam, principalmente?

---

off-topic: pobre Oba! os tijoleiros do Rio há tempos que não jogam.

(sim, Tânia, queremos perder de vocÊ!)

ainda bem que Stein mantém a argamassa e a betoneira em dia!

Stein disse...

Ele lembra algo do Arte Moderna Dimi e na verdade tem muito dele, mas o seu mecanismo de influência no desenrolar do jogo não é o dinheiro, mas a carta que vc simplesmente desce da mão.

Neste ponto é muito mais simplificado e por isso até mais simpático para alguns, enquanto outros torcerão o nariz.

No frigir dos ovos é um jogo que leva 5 minutos para explicar e 30 para jogar, sendo ideal em 3 jogadores.

Se é para ter um Knizia, com leilão, tenha o Traumfabrik (sei que a vantagem do Arte Moderna é a edição brasileira).

abs

Chirol disse...

Vou contar um pequena história que deveria ter feito parte do post "em defesa dos heróis", mas só foi acontecer ontem.

Estava em casa a noite, doente e tomando conta da criançada, enquanto a Ana assistia aula no curso de acupuntura. Era por volta das nove horas, o Achilles já tinha ido dormir e a Marininha (seis anos de idade) ficou comigo no quarto. A caixa do Marvel heroes estava a vista (como normalmente fica) e a pequena começou a perguntar o nome dos heróis (os póucos que ela ainda não conhecia), quais os poderes e como eles tinham ganho os poderes!! Só isso já teria sido suficiente para deixar qualquer pai mega-nerd cheio de orgulho, mas ela ainda queria mais! Então mostrei as cartas dos allies, explicando quem era quem, e ados vilões também! Foram aproximadamente duas horas falando sobre mutantes, aranhas radioativas, bombardeio por raios cósmicos, radiação gama, telecinese, robôs feitos de adamantium, deuses nórdicos, magnetismo e boa parte do imaginário heroístico Marvel.

Foi muitoi legal! Eu amo essa menina!

PS: Espero que o conselho tutelar não tome nenhuma atitude... :)

abs!

Stein disse...

Chirol, mais um pouco e ela estará efetivamente jogando com você!!!!!!!

Se fosse qualquer outra criança eu diria para vc esperar uns quatro anos, mas a Marininha é impressionante, então pode ir preparando os dados...

abs

Dimitri BR disse...

...mais tarde, quando chirol estava no banho...

Marininha: mãe, cuidei do papai direitinho enquanto você estava fora, viu? brinbquei com ele, deixei ele contar as histórias dos bonequinhos...

Ana: obrigada, filha! com os brinquedos ele nem dá tanto trabalho, né?

Marininha: até que não; mas mãe...

Ana: que foi, filha?

Marininha: quando eu crescer, eu também tenho que casar com nerd?

Ana: só se você quiser filha. só se você quiser - mas acredite: duas horas de explicação sobre carros preparados é bem mais chato...

Marininha: acho que vou ser que nem aqueles meus amigos adultos...