quinta-feira, 31 de maio de 2007

A minha fase ameritrash

Nos últimos tempos tenho pirado com os ameritrash. Tudo começou com o TI3, depois passou para uma fase apaixonada de Marvel Heroes e agora cheguei ao nirvana: Runebound.

Na minha adolescência e início da fase adulta, ao menos cronologicamente, fui um jogador regular de RPG, principalmente AD&D e MERP. Pois bem, no fim da faculdade e depois não joguei mais, seja por falta de parceiros, seja por falta de tempo, seja por falta mesmo de interesse.

Bom, aí vieram os jogos de tabuleiro e com eles quase uma obsessão de oferecer alternativas para o tempo livre, seja sozinho, com duas, tres, quatro ou tantas pessoas que estivessem presentes.

Foi a fase de gateways e fillers, seguida dos primeiros jogos mais cerebrais até a descoberta das epopéias, aí passei definitivamente para os jogos médios e, eventualmente, um ou outro mais pesado até chegar ao ameritrash que culminou no Runebound, revivendo uma paixão antiga para viver uma nova.

Runebound oferece diversão para 1 ou até 6 pessoas, com impacto diretamente proporcional ao respectivo tempo de duração. Imagino que uma partida entre 6 pessoas com níveis variados de conhecimento do jogo demorem de 5 a 6 horas para concluir uma partida sem qualquer variante.

O jogo, em sua versão básica, oferece uma corrida: os heróis devem cumprir missões, para ganhar experiência e assim completar missões mais difíceis até ganharem mais experiência e finalmente reunirem a coragem suficiente de enfrentar os lordes dragões. Aquele que conseguir matar três dos "chefões" ou matar o próprio "capo de tutti i capi" vence a partida.

Os desafios, representados por cartas, são divididos em 4 níveis (cores diferentes). Os personagem tem sua carta específica e são representados por miniaturas no tabuleiro. Além disso eles podem comprar armas (cartas), contratar aliados (cartas), podem sentir-se cansados, fatigados, exaustos (counters) e ainda serem feridos (counters) até sofrerem um nocaute.

Destaques para o sistema de movimentação no tabuleiro baseado em dados e para o sistema de combate, o qual evoca à perfeição o clima de uma partida de RPG de fantasia. O texto de ilustração nas cartas colabora ainda mais para a criação do cenário. As regras traduzem com inteligência a adequação da mecânica de jogo ao tema.

Devo admitir que como jogo ele não contém nada de genial ou mesmo particularmente desafiador. As escolhas são poucas e muitas vezes óbvias, entretanto é divertido e para jogadores de RPG, principalmente D&D.

Um adendo para o tino comercial da Fantasy Flight: o jogo já tem 3 grandes expansões (média de $ 26) e 18 mini-expansões (estas de valor baixo, média de $ 5), que oferecem novas aventuras ou mais desafios, garantindo uma rejogabilidade quase infinita a um custo muito razoável. Detalhe que mais seis mini-expansões são aguardadas para o meio deste ano.

Por tudo isso, o Tannhauser será uma compra quase que obrigatória para mim quando for lançado nos EUA.

abs

12 comentários:

missbutcher disse...

É, gente, pelo visto só o Stein joga.
Mesmo que sozinho. É isso aí! Alguém tem que atualizar com freqüência esse blog.

Stein disse...

Puxa Bel, não sou tão neurótico assim. Toda sexta a noite procuro garantir uma sessão de jogatina. Tem funcionado.

Apenas não comento mais toda sessão porque achei que não seria legal ficar comentando sobre isso aqui.

Entretanto, caso vcs achem que isso pode acrescentar ao Oba, retomo meus mini-relatos semanais.

Anônimo disse...

Stein,

Pô!! Eu achei que eu ia comprar o Tannhauser!!!

Tem mais a minha cara!!

Stein disse...

Anônimo, nada impede que vc compre o Tannhauser, mas ao invés disso vc podia comprar o Tide of Iron. hehehehehe

Só é estranho imaginar que jogo teria a sua cara Anônimo, talvez o Inkognito?

Só estou fazendo piadas pq tenho certeza que é o Alfredo.

abs

Stein

Ligia S. Ikeda disse...

Oi, acho que você deixou uma msg no meu blog, ai vai o meu endreço...
ligiaikeda@hotmail.com
Ainda não li seu blog, mas tem uma cara bem interessante!
até!

Stein disse...

Só para constar: realmente era o Alfredo.

Dimitri BR disse...

"Só é estranho imaginar que jogo teria a sua cara Anônimo, talvez o Inkognito?"

:D

Dimitri BR disse...

bobeira

Stein disse...

Tb tenho meus repentes Dimi hehehehe

Dimitri BR disse...

essa foi bo(b)a. ;]

mas Stein, estou preocupado com esse processo pelo qual você diz estar passando:

ameritrash tudo bem, mas expansões infinitas?

isso me cheira a duas fazes sinistras de sua ludomania - as quais, sintomaticamente, você não mencionou no seu post:

1. CCGs - os infames cards colecionáveis esquema Magic e similares, inescrupulosos sorvedouros de money (sim, isso é um trocadilho), propaladores da lógica do "quem tem mais dinheiro vence o jogo";

2. Mage Night e jogos de miniaturas similares - um passo além na lógica dos cards (pois, além de as miniaturas serem mais caras, trazem ainda a demanda acessória de cenários, maquetes, acessórios).

aliás, eu sempre achei que os jogos de tabuleiro tinham surgido pra nosso grupo na hora certa - ou seja, bem quando você e o Alfredo ameaçavam entrar em uma corrida armamentista por miniaturas de Mage Night...

felizmente conhecemos os jogos de tabuleiro finitos, divertidos, equilibrados, inteligentes, e a preço bastante justo.

agora, lendo seu post, o caminho rumo aos ameritrash me pareceu ameaçadoramente passível de ser uma estrada rumo ao eterno retorno...

cuidado, ó Stein! afaste-se dos boosters! fuja das expansões! cautela com os power-ups!

o tio sam está sempre à espreita...

[em tempo: Chirol acaba de adquirir uma dezena de novas miniaturas puramente decorativas pra seu Marvel Heroes. tananananaaaam! (música de suspense)]

:]

Stein disse...

Dimi, agradeço a preocupação. Qq coisa a Érika me puxa as orelhas para evitar maiores loucuras.

Mas sabe qual parece ser o sonho dos fabricantes e distribuidores de tabuleiros? A criação de verdadeiras franquias e sistemas.

Só para citar alguns exemplos:

Setlers of Catan
Carcassone
Age of Steam
Memoir 44
Tide of Iron
Runebound

Essa é uma discussão que vale um post específico.

abs

Stein

PS: Que miniaturas o Chirol comprou?

Dimitri BR disse...

ele comprou miniaturas de allies e vilões diversos.

na verdade, são miniaturas de heroclix, que têm mais ou menos o mesmo tamanho das do jogo.

agora, quais são exatamente, só o próprio pra te responder. lembro que tinha o Ultron...