quinta-feira, 3 de maio de 2007

O mês de abril

Além dos aniversários da minha irmã caçula, do meu cunhado, do Led, de dois primos e do Dimitri, abril marcou meu recorde pessoal de partidas num mês, desde que comecei o registro em novembro passado: Foram 70 partidas!!!!

Os jogos mais jogados, com 5 partidas cada foram o Marvel Heroes e o Winner's Circle. Este último foi o grande destaque do mês, já que o primeiro joguei pelo menos três partidas sozinho (existe uma variante bem interessante para solo play no boardgamegeek).

Sobre o Marvel não preciso comentar muito, basta ver um post anterior do Chirol. Já o Winner's Circle tem o Regret (rsrsrsrs). O jogo é muito simples: são sete cavalos em posições pré-definidas e com os stats de movimentação diferentes de um para o outro. Os jogadores fazem as apostas, secretamente, por meio de fichas e então é iniciada a corrida (são quatro fichas, 1 dupla, 2 comuns e um blefe).

Cada jogador lança o dado e move o espaço correspondente ao stat do cavalo. Caiu sela movo o espaço marcado para sela e assim por diante (são quatro stats, sendo que 1 se repete 3x).

O cavalo escolhido por um jogador não pode ser escolhido pelo seguinte a não ser que todos os cavalos já tenham sido escolhidos. Assim vai se revezando a movimentação dos cavalos até que três cavalos cruzem a linha de chegada quando então as apostas são reveladas e cada um recebe o seu prêmio em dinheiro.

Esse processo se repete três vezes, sendo que em cada corrida temos 7 cavalos diferentes. No final da terceira corrida quem tiver mais dinheiro vence. Genial. Comporta de 2 a 6 pessoas, sendo que o tempo de duração é basicamente o mesmo, só aumenta por conta da definição das apostas.

Outros destaques foram a redescoberta do San Juan e a descoberta de um jogo alemão de nome impronunciável: Die Kutschfahrt zur Teufelsburg . É um jogo de cartas muito divertido de 6 a 8 pessoas, em menos fica absolutamente entediante. Os jogadores são divididos secretamente em duas equipes. Assim, ao longo do jogo vc tem que deduzir quem é seu companheiro ao mesmo tempo que tenta reunir as condições de vitória da equipe. Se vc conseguir as condições sozinho, vc vence sozinho, se vc fizer em equipe vc tem que deduzir quem é da sua equipe para declarar a condição de vitória. Se vc errar, vc dá a vitória para o outro time.

Nesta linha de dedução finalmente conheci o Sleuth, do qual eu gostei muito e, particularmente, acho que é o melhor jogo de dedução que já joguei. Embora eu não goste muito de jogos de dedução este aqui até toparia jogar com alguma frequência.

Outro jogo bem cotado neste mês foi o Bridges of Shangri-la sobre o qual já fiz uma resenha aqui no Oba. Ele está entrando para a galeria dos grandes jogos, pela simplicidade das regras e complexidade de estratégia. Altamente recomendado.

No campo das curiosidades e estréias tivemos o Twilight, um jogo de vazas extremamente bizarro tendo como tema o Mr. Hyde x Dr. Jack; Turfmaster, um jogo de corrida de cavalos extremamente bem produzido, bonito e interessante; Lifeboats, um jogo de votações onde o pior da democracia é revelado (party game, feito para brincar e não levar a sério); Finalmente, ao menos para mim, a estréia de Carolus Magnus, gostei, embora a obra prima do Colovini seja para mim o Bridges of Shangri-la. O Carolus é daqueles jogos que vc precisa de uma segunda e talvez uma terceira partida para pegar o jeito e emitir uma opinião sobre o jogo, mas me pareceu muito bom. E finalmente o Battle Lore. A produção chega a ser exagerada em alguns momentos. Para quem gosta de temas de fantasia imperdível, mas deve estar preparado para um assalto aos bolsos: o jogo foi idealizado como um sistema e já tem três expansões programadas....

abs

8 comentários:

Anônimo disse...

Stein, dei uma lida no seu blog, tá bem divertido! ;)
Me deu vontade de jogar o Marvel Heroes hehe!
Abs,

Stein disse...

Fura, no meu blog nem eu escrevo. Faz séculos tem apenas dois posts. Aqui o Oba é uma comunidade, sou apenas um colaborador assíduo. Já que não é meu é bem mais legal.

Podemos jogar o Marvel Heroes na jogatina de sexta, o Felipe já está topando também.

abs

zorg disse...

Bom mês! :D

Curiosamente, também andei a redescobrir o San Juan, em Abril. "Redescobrir San Juan, em Abril" era um bom título para um filme. Mas adiante! Andava aqui a ver o meu mês (sim, eu sou doente a ponto de registar os jogos jogados no BGG) e descobri que os vencedores destacados deste mês são mesmo o San Juan e o Notre Dame. Mas enquanto o Notre Dame só foi jogado 1 vez frente a frente e o resto é tudo online, com o San Juan passa-se o contrário, tendo quase todos os jogos (à excepção de 1 triunfo glorioso, sobre a nata dos jogadores brasileiros de San Juan) sido jogados frente a frente.

Outros destaques do mês foram o 2º jogo de Antiquity (o primeiro que conseguimos completar, porque no anterior acabámos derrotados pelo jogo), a estreia (finalmente!) do Prophecy e um jogo de Twilight Struggle que ficará para a história por razões dramáticas, depois de eu ter entornado vinho para cima do tabuleiro! Era um bom vinho! ;)

Tenho de dar uma olhadela a esse bridges of shangri-la, porque gosto muito do Carolus Magnus e, pelos vistos, esse não lhe fica atrás...

Anônimo disse...

Caro Zorg,

Que tal o Antiquity??
Era um jogo que eu estava bastante interessado há algum tempo
Adoro esses jogos que só não derrotam os resistentes, embora falte muitas vezes companhia para jogá-los.

Quanto ao vinho ... ainda bem que era um tabuleiro da GMT, que já é torto e feio mesmo!!!

zorg disse...

Eu acho o Antiquity é um jogo excepcional e planeio pôr uma review em breve no jogos de tabuleiro (já está meia-feita e deve entrar para a semana)!

As regras não são complicadas e são muito intuitivas, por isso é fácil aprender a jogar (nós conseguimos começar a jogar quase sem erros, logo após a primeira leitura).

O jogo em si é interessante e complexo. É um dos jogos económicos mais complexos que eu conheço. Tens de construir um sector produtivo eficiente e depois usar os produtos dessa produção para conseguir construir edifícios que melhoram a eficiência do teu motor económico. Pelo meio tens de te preocupar com a poluição e o nível de fome, já que um descuido com algum destes elementos pode ser o teu fim. Por fim, tens de te preocupar com os teus adversários, já que a partir do meio do jogo, há uma interacção feroz (na competição pelos cada vez mais escassos recursos e pelos espaços livres de poluição) com os adversários.

Milhares de opções, um sentimento de que estás a construir alguma coisa, muito pouca componente de sorte... enfim, um grande jogo!

Para mim o jogo só tem dois defeitos: usa milhares de peças de cartão pequenas, que é preciso estar sempre a movimentar de um lado para o outro e é caro como o caraças! Não fosse isso e era quase perfeito.

Anônimo disse...

Obrigado

Hugo Carvalho disse...

Aproveito a oportunidade para vincar que o vinho que o Zorg entornou por cima do jogo, e que ele disse que era um bom vinho, era meu.
Apesar de pouca importância que esta informação possa ter para todos os que aqui gostam de vir, apenas comento isto por causa da fama que tenho devido a um vinho que servi numa sessão de Puerto Rico.
O vinho era Chileno que o comprei numa feira do vinho patrocinada por uma cadeia de supermercados duvidosa.
A compra do vinho chileno deveu-se apenas a uma curiosidade infeliz baseada na opinião geral do meu querido sogro (ilustre cidadão brasileiro) que gabou o vinho dos chilenos.
Perante tal entusiasmo, comprei uma garrafa para servir às primeiras visitas, em que se inseria, por infelicidade do destino, o Zorg.
Confesso que o afamado vinho chileno foi o pior vinho que me passou pelo goto e até o vinho que a minha esposa compra para temperar o frango é melhor do que aquilo. Já devia ter desconfiado da qualidade dos vinhos uma vez que uma das marcas disponíveis instruia o comprador para deixar o liquido da garrafa a decantar 48 horas.
Mas enfim, a partir desse dia o Zorg não se cala que foi na minha casa que lhe foi servido o pior vinho que bebeu na vida e que eu torturo os convidados com liquidos chilenos.
Só quero deixar bem claro que o Zorg entornou para cima do TS vinho "bom" segundo as suas palavras, destruindo dessa forma o mito que o Hugo só serve vinho de má qualidade nas suas sessões.
Desculpem lá o desabafo mas precisava de tornar isso público, além de que, sempre que queiram servir vinho, optem pelo português.
Um abraço!

Dimitri BR disse...

hugo, considerei seu depoimento perfeitamente válido, pertinente e até necessário.

é realmente terrível ser rotulado por um evento isolado.

que as únicas manchas a permanecer sejam aquelas sobre o pobre tabuleiro de TS! e tenho dito.

brindemos a isso com uma boa cachaça, que aqui é mais fácil de se encontrar e sai mais em conta que um bom vinho.

vocês daí podem brindar com vinhos de procedência mais próxima e melhor qualidade, sem dúvida.

saudações lúdico-etílicas!

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em tempo: pra não dizer que não falei de jogos, atesto - para alegria do Alfredo - que me arrisquei em minha primeira partida de TS recentemente, e que a mesma não durou muito mais que duas horas.

infelizmente, devo ajuntar que é bem provável que tal duração reduzida tenha sido resultado, em grande parte, do fato de eu ter sido escorraçado pelo Alfredo, conhecedor das minúcias do jogo, de uma maneira brutal - como jamais a grande URSS o teria sido de fato.

afora isso, gostei do jogo, achei o sistema interessante, e o tema é sem dúvida atraente pra qualquer um que tenha, como eu, crescido num dos períodos mais quentes da guerra fria (perdão pela infâmia do trocadilho).