sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

deu n'O Globo

sem comentários...

...por ora.

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matéria (sic) publicada ontem no maior jornal do Rio (e um dos maiores do Brasil):

- chamada de capa (!!)

"Brinquedo ‘ensina’ a sonegar

O Jogo da Fronteira, da Estrela, incentiva crianças a partir de 9 anos a burlar o Fisco. Ele simula situações de como passar produto ilegal pela fronteira. A Receita Federal pedirá ao Ministério Público e à PF para recolher o jogo do comércio. A fabrricante diz que suspendeu a venda. Página 23"

- e na página 23...

"Receita quer jogo sobre contrabando recolhido

Estrela diz que parou de vender o brinquedo no fim de setembro por causa de reclamações de consumidores

O negociante na fronteira tenta passar seis tipos de mercadorias. Três são legais, três são contrabando. É preciso blefar para passar as mercadorias ilegais. Se for pego, está sujeito a multa do governo. Mas é possível negociar com o xerife e pagar uma multa menor. Com isso, o negociante passa as mercadorias e não precisa enfrentar nem a revista nem a burocracia do Estado. Parece noticiário policial, mas essas são as regras do Jogo da Fronteira, da Estrela, indicado pela fabricante para crianças acima de 9 anos. A Receita Federal vai pedir que o Ministério Público e a Polícia Federal recolham o jogo do comércio.

O jogo original Perto da Fronteira, criado por André Zatz e Sergio Halaban, foi exportado para a Alemanha. Depois, a Estrela adquiriu os direitos e apresentou o jogo na Feira de Brinquedos em abril, lançando-o no mercado em julho. Mas, após o lançamento, a empresa começou a receber e-mails de consumidores reclamando que o jogo era politicamente incorreto e que as regras eram confusas.

Segundo a Estrela, para evitar maiores problemas, no fim de setembro, a fabricante resolveu parar de vender o jogo, mas quem já tinha comprado em grande quantidade ainda tem em estoque. É o caso de alguns sites de varejo, onde o jogo pode ser achado por cerca de R$40.

A assessoria de imprensa da Estrela diz que criou uma coleção apostando nos criadores brasileiros de jogos e, e o da fronteira estava incluído.

Cesar Augusto Barbiero, superintendente da 7ª Região Fiscal do Rio e do Espírito Santo, disse que está decepcionado com as regras do jogo:

- Fazemos parte do Programa Nacional de Educação Fiscal, que tem por objetivo ensinar, principalmente nas escolas, noções de cidadania e da importância do cumprimento das leis. Aí vem um jogo e ensina a criança a pagar propina. Essas situações acontecem na realidade, mas não podem virar jogo para criança. Vamos enviar pedido à Polícia Federal e ao Ministério Público para que determinem o recolhimento desse jogo do mercado."

O Globo 28/12/2006

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ayayay.

12 comentários:

Chirol disse...

Hmmmm,

senti uma vontade louca de esfolar o lombo de um escravo com a minha chibata... devo estar jogando muito Puerto Rico.

Hmmmm,

senti uma vontade louca de me tornar um mafioso e contratar seguranças, motoristas, comprar carros luxuosos e gastar todo o meu dinheiro em coisas inúteis... devo estar jogando muito Razzia.

Hmmmm,

senti uma vontade louca de largar tudo e me mudar para o Himalaia, tentando a vida de comerciante por lá. Devo estar jogando muito Himalaya.

Acho que vocês já entenderam. O único grande pecado do Jogo da Fronteira é ser chato. Só isso.

abs

Rafael Mantovani disse...

O Mall of Horror estimula os jogadores a usarem os indivíduos de cores diferentes da sua como isca de zumbi. Muito feio e incorreto. Esse jogo devia ser apreendido também.

birdaum disse...

Sem contar todos os sacrifícios induzidos pelos RPGs e os assaltos e assassinatos induzidos pelos jogos de videogame. ^^

Ah! E também tem: bandas de metal, animês, alguns desenhos animados (tipo Bob Esponja incentivando o homossexualismo), os Teletubbies (idem) e mais um monte de coisas.

Só não entram na lista itens como "pais displicentes" ou "educação falha". Uma pena.

Agora com licença: preciso fazer "a mesma coisa que faço todas as noites": tentar dominar o mundo. [Que aprendi jogando War, obviamente!]

Rafael Mantovani disse...

Estojo da Hello Kitty incentiva crianças a abrir a cabeça de gatos em busca de lápis e cantetas.

Rafael Mantovani disse...

(canetas)

Tânia disse...

Acho que devíamos fazer um experimento. Vamos dar o jogo pra Marina e ver se ela se torna uma sonegadora.

missbutcher disse...

Dimitri, já mandou a carta-resposta para o jornal?
Deveria!

Anônimo disse...

o andré zatz tem algum blog ou algo similar? como podemos saber o que ele tem a dizer sobre o assunto, estou curioso. (Ah, e feliz 2007 pra quem eu ainda não cumprimentei pessoalmente)

Anônimo disse...

Para quem não viu o texto que estava no site da Estrela:


"Você é um negociante e tentará passar suas mercadorias pela fronteira. Cabe ao xerife descobrir quem está contrabandeando e fazer prevalecer a lei. Blefe, negocie e faça a melhor estratégia para passar todas as suas mercadorias e se tornar o comerciante mais bem sucedido da região! Um jogo para dar muitas risadas com os amigos e a família!"

(e se acham que tudo isso não é nada de mais é porque não entendem nada de aduana)

Dimitri BR disse...

caro anônimo, eis a resposta que damos aqui neste blog, para posts em tom agressivo, e anônimos:











































.

e tenho dito.

Stein disse...

O dimi é um kra, muito educado, eu já diria:

qioureqiou5848905ajgdaçsljgadçljkçalkdjgaçlksgdjaçldk´pouiíuqetóiuq´wtujaljkdga~j´pqutéiutíoqurtóiutqrutq´09496409u894038u9048u6094u386903u8609upaotu´pjgflasçj~zbczl~jã.z,mcv;.mv;.zc,mãlçkjgprouit´poupqoru098u53409u76apkjga´pugjt~çjçjazç~gaj~çlkjgfq´poeioqptuoiqwutopiqurwtoiqwruiowutioruioruiwroutu0utrtpoureúproiptp209509450498590ajg1.

Mais nada a declarar.

Dimitri BR disse...

huahaha