sábado, 2 de dezembro de 2006

Jogando

Olá!

Esta sexta feira rendeu, mesmo com o atraso considerável de Alfredo, Dimitri e Cia (tá certo que instituí um horário flexível, mas marcar um negócio para as 20h, com chegada anunciada até umas 23h e daí os kras chegarem passando da 1h...bem, o que importa é que vieram e nos divertimos, apesar de tudo).

Enquanto os non-games não vinham jogamos (Tola, Lu, Pedro e Tiago):

Leonardo da Vinci
O jogo é amarradinho, é um Caylus muito light. O esquema de alocar trabalhadores para conquistar recursos é igual. A diferença é que os recursos são utilizados para completar trabalhos e neste ponto é que vem a semelhança com o Princes of Florence. Mas ele não tem o mesmo componente brain burner de nenhum dos dois citados. Dura cerca de 1h30 e é bem leve. Divertidinho. Um jogo nota 6.

El Grande
Nunca tinha jogado em 5 pessoas. Achei o máximo e descobri uma regra que eu jogava errado...Jogamos a versão básica, as expansões deverão aguardar um pouco. Pra mim logo deve pular de 9 para 10.

Ys
Achei muito bom. Múltiplas possibilidades para se fazer pontos, oportunidade para blefes. Talvez o único problema seja a quantidade de pequenas regrinhas e coisas para se gerir no jogo, mas acho perfeitamente superável. Mais uma bola dentro da Ystari. Jogo para 8 ou 8,5.

Bridges of Shangri-la
Já falei sobre o jogo aqui e me diverti novamente. Está valendo cada centavo. Só preciso aprender a jogar direitinho, porque só tomo coro.

Com a saída de alguns e a entrada de outros, eu e Pedro partimos para uma partida rápida de

Rosenkonig
Um excelente filler, jogo abstrato de formação de áreas. Talvez um dos jogos que mais frequentem a minha mesa.

Voltamos para a coletividade e jogamos ainda

Taluva
O Casola realmente é muito bom. Fora a inteligência do jogo seu aspecto visual é de se encher os olhos. Recomendo. Jogo nota 7,5, num bom dia 8.

Fiji
Um joguinho divertido, na linha guessing game. Vale a pena tb. Dou um 7 para ele. Dos jogos do Friedman Friese foi o que gostei mais até agora.

Bom, foi isso aí.

abs

Stein

9 comentários:

Anônimo disse...

NON-GAMERS?!

caro Stein, quero crer que você escreveu isso num momento em que lhe faltou seu conhecido senso de justiça:

chamar os dois moderadores deste blog e o Alfredo de NON-GAMERS mostra uma flexibilidade de conceitos compatível com sua flexibilidade de horários.

olha o respeito à diferença! jogar é uma atividade coletiva e - para certas pessoas mais, outras menos - recreativa.

...e fique sabendo que jogamos Hive na mesa do boteco.

sinceramente, um gamer indignado.

Dimitri BR disse...

(leia-se: eu, né.)

soledade disse...

Isso foi um bom fim de semana...

O Leonardo eu acho melhor que o caylus e que o princes of florence. É menos demorado que aquele e menos masturbatório que este. nota 8/8,5.

O El Grande fica realmente muito bom jogado a 5. Eu embirro um bocado com todo o poder daquelas cartas, que às vezes destroem a estratégia por completo, mas é um bom jogo.

O Ys é dos jogos mais divertidos que eu conheço. É um area control com todo aquele bluff, jogável em 60/90 minutos. E as cartas são moderadamente poderosas. Aconselho a todos.

O Taluva achei um bocado primário. É bonito, é verdade, mas achei que não deixava muitas opções de escolha e que se encontrava o vencedor demasiado cedo. Um filler. Na mesma linha mas um bocado mais pesado, prefiro o gheos. Dá mais alternativas e é mais disputado.

Abraços
Paulo

Dimitri BR disse...

ei, cara, embora estivesse falando a sério, eu também estava "provocando" um pouquinho, como você; daí eu ter usado um personagem.

ah, e falando especificamente por mim: o que acontece é que meu tempo em São Paulo sempre vai ser insuficiente, porque sou um morador-preso-num-corpo-de-turista.

ou seja: eu também teria gostado de chegar lá mais cedo mas, ao longo do dia, fui optando por outras coisas que igualmente queria fazer, conciliando com convites e interesses de outros amigos também.

depois dirigi-me alegremente para sua casa, como mais uma coisa que gostaria de fazer e que, graças justamente à natureza do combinado, eu felizmente poderia ainda fazer.

porque aí está a resposta para sua pergunta "imagine se eu contasse exclusivamente com vcs para ter jogado na sexta feira?": não é preciso imaginar - você não contava!

se assim fosse, o combinado precisaria ter sido totalmente diferente.

então eu, respondendo exclusivamente por mim, teria dito se ia ou não, e a que horas, e teria aparecido ou não, conforme combinássemos, dentro do costumeiro lapso de 15-30 minutos da hora marcada.

(como fariam, acredito, os demais "erráticos"; mas isso já não nos compete cogitar, no momento... :)

o importante nesses casos é a clareza na comunicação, certo?

abraços paratodos,

Dimitri-como-ele-próprio

PS: a propósito, caro amigo Daniel Stein, acredite: seu ritmo por vezes também me impressiona! :]

Dimitri BR disse...

ah, e voltando à programação normal:

Fiji e Seeräuber são muito bons!

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o Fiji usa o mais que clássico mecanismo da porrinha (esconder peças nas mãos fechadas, e revelá-las simultaneamente), e umas contas coloridas que podiam perfeitamente ter vindo da 25 de Março ou do Saara (mercados populares de SP e Rio, respectivamente),

garantindo a diversão de cada rodada, no revelar das pecinhas escondidas nas mãos de cada jogador - uma diversão do gênero carta-na-testa, num jogo simples mas longe de estúpido.

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coisa semelhante pode-se dizer do Seeräuber, espécie de "rouba-montes" de ataques em muitas frentes (como outro jogo de piratas, o korsar/loot), muito simples e fluente no jogar, e ao mesmo tempo bastante tático, quase sem aleatoriedade. muito legal.

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ah, quase esqueço de mencionar: sem aleatoriedade nenhuma, estratégico, tático, simples, elegante, lindo, é o jogo que mais joguei nos últimos dias - o Hive.

cara, preciso dizer: esse joguinho é simplesmente incrível!

quem não conhece, dê uma olhada nas peças da última edição (que o caro Alfredo Pacheco Neto fez o favor de trazer para mim, diretamente de Essen - merci, Alfredo!):

http://www.boardgamegeek.com/image/117972

elas são lindas. elas são robustas. pesadas. de bom tamanho.

o jogo não tem setup nem tabuleiro; é um primo rápido e mais leve do xadrez, que dá pra jogar em qualquer superfície lisa.

devido a essas características, pude jogá-lo diversas vezes nos últimos dias e, estivesse eu me esforçando para derrotar o Alfredo (que já me venceu uma vez), ou para não perder do Mantovani (a quem só venci duas vezes, com mais um empate...), as partidas foram sempre divertidas e bem diferentes umas das outras.

reeecomendo!

especialmente, mas não apenas, pra quem gosta de '2-player abstract', como Graziela e Tânia.

aliás, Tânia, estou ansioso pra confirmar a minha suspeita de que você vai gostar do Hive, te desafiando pra umas mileduzentas paritdas à beira da piscina, ou mesmo na praia; topas? ;]

beijos e abraços paratodos.

Anônimo disse...

Agora que os ânimos acalmaram e aproveitando que todo mundo tá falando de estréias, vou falar de duas estréias pessoais também! :)

É meio chato falar disso no meio de vocês (já que vocês têm bem mais "tempo de mesa" do que eu), mas vale meu entusiasmo de criança quando aprende um jogo novo. ;)
Na última semana conheci dois dos jogos "top 3" do BGG: o Caylus e o Puerto Rico. Depois de ler muito sobre o Caylus tanto lá no BGG quanto na BG-BR, resolvi que queria aprender e jogar com alguém. Arrumei uma cópia do jogo. Peguei as regras, li do começo ao fim. Repeti a operação. :P E aí convidei um amigo que nunca tinha jogado também para estrearmos.

Não foi o setup mais conveniente, já que a dois tem aquelas regras que mudam, mas posso dizer que (até onde eu sei) nós obtivemos a incrivel marca de jogar com todas as regras corretas! @__@ Claro que isso foi obtido com o computador ao lado, ligado no FAQ disponível no site e com o livreto das regras no colo. (Foi literalmente "jogar com as regras debaixo do braço".) (Sem contar que nas primeiras duas rodadas precisamos seguir as "regras curtas" para lembrarmos a ordem e o que acontecia em cada uma das fases.)

A impressão que o jogo causou foi fantástica. Parece ter muitas possibilidades e também parece que sempre tem um jeitinho de 'dar a volta' quando alguém pega uma construção que você queria ter usado. As minúcias que balanceiam o jogo também são interessantes (como, p.ex., ter que pagar mais para colocar trabalhadores depois que alguém passou, mas mexer o provost depois; ou passar primeiro e ganhar 1 dinheiro) e parecem ficar bem fechadinhas. :) (Só não ajudam muito na hora de decorar/explicar as regras para outra pessoa, já que cada minúcia é importante.)

Depois dessa primeira jogada na vida real, encontrei com a Tânia online e jogamos uma no BSW: eu, ela e a Bel. Foi outra partida muito legal, com muito provost andando no começo, o que virou um "Caylus retranca", na classificação das garotas. :) (E foi por conta disso que fui ler o ótimo post da Tânia sobre o "Caylus Peste Negra"!)

Ontem à noite a Tânia tirou um tempo e usou de toda sua paciência (e também dois computadores ;x) para me ensinar Puerto Rico. Ainda estou perdido com o mundo de construções e com as dúvidas sobre "o que fazer", mas tive uma ótima impressão e quero jogar de novo!

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Dimitri: qual é aquele site pra jogar Hive online mesmo? Seu entusiasmo com o jogo me deixou curioso.

Stein: no Ys, qual é a importância/com que freqüência ocorrem os blefes?
A quantidade de pessoas elogiando o Ys só pode ser bom sinal... :)

Abraços,

birdaum.

Anônimo disse...

Eu perguntei, e eu respondo:

http://www.hivemania.com/vgame/

:)

Precisa de java instalado pra funcionar.

Anônimo disse...

Entendi.
Ainda não joguei nenhum jogo de tabuleiro que envolva blefes.
Alguma sugestão como 'test-drive'? (De preferência que tenha lá no BSW X))

Dimitri BR disse...

fala povo!

birdaum, incluiria facilmente você na lista dos candidatos a gostar de hive. quando tiver jogadoe um pouco lá com o bot, conte o que achou.

soledade, os poderes das cartas do el grande são mesmo um pouco anárquicos, às vezes (embora não se comparem às do Fiji); por isso, acho, o jogo é tão melhor com 5 pessoas: ao menos você pode estar certo de que todos aqueles poderes estarão presentes na rodada - e tentar se planejar de acordo.

stein, pois é, ainda no el grande, alguém tinha me contado desse engando de regra de vocês. até que, na nossa longa lista de regras truncadas, esse nem era grave; é mais um caso de se achar "nossa, esse jogo é ainda melhor do que a gente achava", né? esse mecanismo da ordem é muito importante, e acrescenta bastante à estratégia do jogo. o Chirol, por exemplo, sempre usa o clássico esquema "jogar o 1 na rodada anterior à do score, pra começar na rodada do score".

abraços!