sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Espécies



Olá meus caros tijoleiros

A foto ao lado é de Charles Darwin, retirada do site www.uvv.br/heliosantos

Recentemente na lista de discussão de jogos de tabuleiro foi iniciada uma discussão sobre posturas do último colocado (assunto para outro post) e, em meio a ela, começaram a se definir as espécies de jogadores que sentam ou pululam ao redor de uma mesa.

Como acho o assunto deveras interessante proponho que canda um lance aqui uma auto-definição e, se houver clima para tanto, até uma definição de seus colegas de tabuleiro (embora ache isso arriscado).



Começo, portanto, com a minha auto-definição:

gordinho camarada, competitivo, jogador rápido mas nem sempre inteligente, passional e confiável (jamais te trairei até jogar Diplomacia). E com um incrível azar nos dados e azar relativo nas cartas. Importante: se o Alfredo ou o Led estiverem na mesa preciso ficar a frente dele ou deles na pontuação final.

11 comentários:

Rafael Mantovani disse...

hahaha, gostei deste tema. Eu me definiria como um tipo que gosta de farofa, e minha tática geralmente é do tipo "escolhe um caminho e VAI". E eu sou ruim em jogos em que eu sou um traidor tentando fingir que é bonzinho (como Saboteur e Lobisomem).

Anônimo disse...

Tenho muita dificuldade em "cutucar" os meus parceiros de jogo mas, por vezes, consigo ser bem mausinho.
A vitória dá-me um prazer gordinho mas não sou obcecado por ela. Na verdade, ela é tão rara que esse prazer teria de ser gordinho.
No resto, o que conta é a cerveja, as caralhadas (não sei qual será a expressão em português daí) e a vontade de voltar a jogar.
Paulo

missbutcher disse...

Miss Butcher: Pessimista, acha que nunca vai ganhar e que sempre faz a jogada merda. Está fadada ao último posto para sempre.
Faz perguntas idiotas de regras que acabaram de explicar (e que ela sabe, mas esqueceu).
Por causa de suas atitudes pessimistas, os outros jogadores não levavam muita fé, até que ganhou Caylus, Puerto Rico (e outros joguinhos) e sua fama foi por água abaixo. No entanto, na última noite de jogatina, foi humilhada por tartarugas mais espertas e ágeis em Les Course de tortues (?) e não ganhou nem prêmio de consolação.

Rafael Mantovani disse...

hahaha, adorei a frase "A vitória dá-me um prazer gordinho". E não sei o que sejam "caralhadas", aqui no brasil isso significaria uma coisa que certamente não é o que vc está tentando dizer, paulo. Acho que "caralhada" é tipo "falar merda", será?

Dimitri BR disse...

também ia comentar que adorei a frase.

a vitória, certamente, dá-me um prazer gordinho. diria mais, diria até que por vezes é tanto, que dá-me um prazer gordinha.

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que tipo de jogador sou?

eu sou um jogador que gosta de jogar.

(aliás, acaba de me ocorrer um novo tema para discussão: por que gostas de jogar?)

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eu sempre tento a melhor jogada (ou a que assim me parece), não importando se ainda tenho ou não chance de vencer.

talvez porque, por um lado, eu não sou tão obcecado assim pela vitória, e por outro, eu sempre acredito poder reverter mesmo as situações mais adversas. mesmo que seja impraticável. mesmo na última rodada.

ao que parece, nos jogos, nem tão de acordo assim com minha postura fora deles, eu sou um otimista.

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gosto de jogadas mirabolantes. eu tento jogadas arriscadas pela diversão que proporcionam.

gosto que todos estejam jogando bem e se divertindo.

acho sem dúvida que o durante é mais importante que o fim - embora não despreze o resultado, e seja o primeiro a tecer loas ao jogador que obteve a vitória com uma partida bem jogada.

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e sou fascinado por mecânicas criativas e elegantes.

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fim! :]

(que acham, amigos, está precisa esta minha auto-descrição?)

Anônimo disse...

Nem arrisco perguntar o que significa caralhadas por aí. Por aqui, significa "falar merda". Ou seja, tal como falar merda, caralhadas também não é literal.
Já agora, o que é que vocês querem dizer com a expressão do mantovani, "farofa". Eu sei que é comida e conheço "Farofa Carioca" de Seu Jorge mas não sei o que significa. :)

Dimitri BR disse...

nada mais simples:

a farofa, stricto sensu, consiste numa iguaria preparada através da adição à uma base de farinha de grãos grossos, de toda sorte de elementos - a saber, os mais comuns são: refogado de cebola, rodelas de linguiça, ovos, bananas, não necessariamente juntos, nem nessa ordem.

como um percentual considerável da população brasileira é levado - por restrições orçamentárias, bem como por razões culturais - a alimentar-se predominantemente de farinha - ou, mais precisamente, farinhaS, visto que há no Brasil uns 1789,42 tipos diferentes de farinha - acrescida de qualquer coisa para dar gosto, a nossa querida farofa representa, pois, parte fundamental da culinária nativa, sendo dos raros pratos presentes (com as devidas adaptações locais) à cozinha típica das muitas regiões deste vasto Brasil.

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de posse destas informações, um sujeito esperto e hábil com as palavras como você já deve ter inferido o significado conotativo do termo:

aplica-se este a qualquer mixórdia, mistura (em geral pouco criteriosa), desordem, bagunça, qualquer atividade cujos perpetradores não hesitem em subverter dogmas e ignorar fronteiras ditadas pelo costume e pelo senso comum, em prol da diversão, do absurdo, enfim...

...da FAROFA.

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agora já sabes de que o Mantovani se auto-intitula; de fato, creio sermos, eu e ele, os maiores farofeiros da trupe...

missbutcher disse...

por exemplo: o texto do Dimitri é uma farofa exemplar.

Dimitri BR disse...

merci Stein. ;]

hmmm, fiquei com fome.

missbutcher disse...

filé mignon não sei. Mas uma carne muída (com cenourinha), farofa e arroz. Ui! Uma delícia!

missbutcher disse...

desculpa, gente. A pressa me fez moer o ó
Moída!
Tô parecendo o incrível editor de O Globo que "enloqueceu" e se esqueceu de colocar o U no título da matéria...
ai, ai...