segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Jogo porque quero

Essa seria a resposta mais infantil e um tanto grosseira à indagação do Dimitri em post anterior. Mas quis começar porque achei mais fácil do que comentar outros posts que merecem o devido comentário.

Bem, jogo porque não tenho 21 amigos e um campo a disposição (embora também já não tenha fôlego);

Jogo porque é uma diversão democrática, ao mesmo tempo competitiva;

Jogo porque sou preguiçoso e pão duro;

Jogo, enfim, porque gosto!!!!!

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São sentenças curtas e simplistas mas dão uma perspectiva das facetas envolvidas na atividade lúdica dos jogos.

É inegável a postura socializante dos jogos, principalmente para pessoas como eu que gostam da companhia dos amigos mas não tem o devido "approach", como diria o Zeca Pagodinho. Além disso, trata-se de uma maneira divertida de exercitar o raciocínio, o que me agrada particularmente.

Outra faceta do meu agrado, tenho de admitir, é o lado da competição e, como bom descendente de alemães, residente em São Paulo, capital, tendo por profissão a advocacia, uma competição estressante é quase orgiástico.

A depender do jogo, a visualização de situações cômicas ou de alternativas históricas absolutamente bizarras também me agradam, assim como a imersão em mundos fantásticos que alguns jogos permitem (o exemplo mais bem acabado neste quesito é o A Guerra do Anel).

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Por tudo isso e talvez um pouco mais, eu gosto de jogos. Comecei com RPG, passei para card games e agora cheguei aos jogos de tabuleiro.

abs

Stein

7 comentários:

Tânia disse...

Já que eu estava calada até agora vou responder os três últimos posts em um só. Acho que todos nós jogamos porque gostamos e porque queremos nos divertir com nossos amigos. Mas aproveitando a lembrança de Darwin, o que posso dizer é que já devo ter nascido com o gene do jogo ligado. Minha avó é um jogadora inveterada (chata, mas quase profissional), meus pais curtem um baralhinho e aí deu a Tânia que vocês conhecem. Falou em jogo eu vou correndo, nem precisa dizer qual é. Stein, você diz que começou com o RPG, eu comecei com dominó, pega varetas, cara a cara, lince e tantos outros. Minha ludoteca já era grande desde de pequenininha.

Ou seja, acho que jogo por que gosto e pelo prazer de jogar. Sou do tipo de jogadora que topa todas e está sempre aberta a novos jogos. Aprendo rápido e tento sempre entender os estratagemas do jogo. Não sou aquela que costuma ficar contando as cartas e controlando o que os outros jogadores têm na mão (apesar de vovó insistir em me ensinar a importância disso). Quer dizer, controlo um pouquinho, mas relaxada, sem obcessões, só pra ter uma idéia do que os outros pretendem fazer. Aliás, gosto muito destes jogos em que tudo é aberto (dinheiro, recursos...) pois assim podemos calcular a jogada dos outros. Me divirto tentando entender suas estratégias. Ganho bastante, mas não me estresso em perder. De qualquer forma, vou tentar sempre lutar até o fim e tentar entender o que posso fazer pra me dar melhor da próxima vez, especialmente nos jogos que ainda não entendi direito a estratégia.

missbutcher disse...

Jogo porque quero e jogo porque gosto. Mas também porque tenho um lado sado-masô. Explico. Como são poucos os movimentos no seu turno, dá uma sensação de limite, de restrição (ai, Freud!). Já discutimos no post do Ticket, mas vale lembrar a tensão e o nervosismo que isso acaba gerando. Mas também traz à mesa, brincadeiras, risos (nevosos ou não), palhaçada (ou melhor, bobol) e, por fim, depois de alguns anos perdidos por uma jogada mal feita, descontração. E é disso que gosto.
Gosto dos amigos que jogam e gosto de poder compartilhar os joguinhos com novos amigos curiosos como a gente, que começam a descobrir esse universo (como o Aron e o Tiago...). Não tiveram medo (como a maioria dos meus amigos de fora do universo) e resolveram encarar o desafio. Aliás, gosto de desafios e de por os outos em desafio. Gosto de acreditar que posso vencer, mas sem a nóia de ter que vencer. É um exercício diário (jogamos muito...) de controle e desafio. Gosto disso.

Rafael Mantovani disse...

Eu jogo também por todos os motivos já ditos, mas gostaria de realçar dois fatores cruciais que eu acho especialmente relevantes:

a) a restrição de movimentos possíveis comentada pela bel - de fato, o jogo tem essa "vantagem" em relação à vida, de que nele todas as ações possíveis (e entre elas a ação vitoriosa/exitosa) estão encerradas num conjunto compreensível de regras, e portanto é mais fácil tomar decisões nos jogos do que na vida;

b) o bobol! realmente, o efeito de 6 pessoas farofando juntas não tem comparação e nem preço. Gosto especialmente de bobóis que levam jogadores a ficar cantando musiquinhas tipo "Tichu, tichu, tichu..."

bj

Dimitri BR disse...

hahahaha

(depois eu comento, mas tinha de compartilhar o sorriso que as respostas dadas até agora já me causaram. :)

Tânia disse...

Adorei a farofa sem pastel!!!!

Anônimo disse...

Gosto de jogar. Não tenho nada, ao contrário do Stein, a ver com alemães. Nem o trema chegou até mim. Matemática nem pensar. Aliás, já me apercebi que os jogos mais matemáticos, estilo Knizia, não são para eu ganhar. São para eu jogar mas não são para eu ganhar. Gosto mais de perder no scrable que ganhar no sudoku. O jogo do galo (tic-tac-toe) é quase uma obra-prima de matemática. Mesmo assim eu arrisco. Não quero perder e consigo treinar-me para isso. Acho que daí não passo - empate 0 a 0.
Se me dão leilão, bluff e conversa, posso até nem ganhar mas, o prazer aumenta e o jogo, nem que seja depois do prolongamento e dos penalties, 0 a 0 não fica. E eu gosto assim. Acho que sou um romântico.
Paulo

Anônimo disse...

Acho que o Chirol tem razão. Devíamos todos dizer mais ou menos o mesmo. Ser básicos.
Gosto do Shadows Over Camelot porque é giro e tem muita interacção.