quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Jogatina de sábado!

No sábado, como de hábito nos finais de semana, nos reunimos para mais uma noite de jogatina. O evento aconteceu aqui em casa, e contou com as presenças da Bel, Tania, Aron, Thiago e Dimitri, além dos donos da casa, obviamente.

O primeiro jogo da noite foi um daqueles cujo o nome não pode ser pronunciado! (Muito "o artista anteriormente conhecido como Prince" pra mim, mas o cara vai editar mesmo se eu colocar o nome de verdade...). Foi bom para esquentar a noite, enquanto o Dimitri cuidadosamente analisava a jogabilidade das novas regras do seu jogo.

Depois avançamos com o "Shadows over Camelot", jogo cooperativo no qual os cavaleiros da távola redonda tem que tentar salvar Camelot. O jogo também poderia ser chamada "PQP!!! essa carta negra não!!!", tamanha a dificuldade em salvar Camelot da destruição (as cartas negras são responsáveis pelas ações do mal). Mas desta vez o jogo tinha uma novidade: jogariamos com o traidor! Sorteamos os cavaleiros (existem 7 no jogo, cada um com poderes diferentes), e as cartas de lealdade para ver quem seria o traidor. O sistema é parecido com o saboteur de 3: coloca-se uma carta a mais de lealdade que o número de jogadores, para que sempre exista a possibilidade do traidor não sair. Assim se tem a expectativa se realmente existe um tridor ou não. Mas as chances eram de 7 para 8, então (pelo menos eu) não tinhamos dúvidas que o traidor sairia.

Não vou explicar o jogo todo, mas é importante saber que ele funciona a partir de diferentes "quests" que precisam ser feitas, como recuperar Excalibur, salvar o Graal, derrotar o Cavaleiro Negro e combater Pictos e Saxões, que ocorrem simultaneamente e os cavaleiros se dividem para executar. Ao ganhar essa "quests", ganhamos espadas brancas que garantem a vitória, se perdermos, recebemos espadas negras, que implicam em derrota. Depois de 12 espadas conseguidas, se a maioria for branca, o bem vence. O jogo pode acabar também se Camelot for cercada por 12 catapultas. Toda a rodada um cavaleiro, antes da sua ação do bem, tira uma carta negra ou coloca uma catapulta no tabuleiro.

Começado o jogo, foi aquela desgraceira de sempre (Excalibur se perdendo, Pictos e saxões para todo o lado, O cavaleiro negro dando um banho e etc.), e começaram as suspeitas sobre quem seria o traidor. Inicialmente suspeitei do Dimitri, que fazia caras, bocas e jogadas suspeitas. Como eu o acusei, começaram a suspeitar de mim (segundo a Ana, eu ficava fazendo "biquinho" de riso culpado). Todos foram suspeitos em algum momento do jogo, exceto a Bel. Nenhuma acusação formal foi feita, mas com o decorrer do jogo começou a suspeita de que NÃO havia traidor no jogo! No final do jogo, a confirmção: NINGUÉM era o traidor!! A primeira vez que jogamos com o sujeito e ele não aparece. Mas tenho que concordar, só a mera suspeita da presença do traidor já torna o jogo mais legal e paranóico. A troca de acusações é bem divertida, o jogo fica quase um werewolf. Quase que eu ia esquecendo: para variar, perdemos o jogo...

Mas o troféu "jogo da noite" ficou para... "La course des tortues" (a corrida das tartarugas)!!! Um dos lados bom de se ter filhos é que você pode comprar alguns joguinhos que não teria coragem normalmente, com a desculpa de ser para as crianças. Este é um joguinho simples, no qual 5 tartarugas disputam uma corrida para ver qual chega primeiro na alface! As tartaruguinhas se movimentam por cartas dos jogadores, e 2 mecanismos tornam o jogo legal (além dele ser muito bonito!): o primeiro é que as tartarugas são sorteadas em segredo, isto é, ninguém sabe qual é a tartaruga do adversário; e o segundo é que quando 2 tartarugas ficam no mesmo lugar, a que chegou depois "monta" na primeira, e passa a ser carregada, e pode ficar "pegando carona" na tartaruga de baixo até encher o saco. O jogo dura cerca de 15 minutos, jogamos várias vezes seguidas por conta de uma partida de Puerto Rico interrompida (o pequeno acordou e a Ana teve que ficar com ele...). Até a Bel que reclamou que não ganhou nenhuma partida se divertiu! O jogo foi o filler que se tornou atração principal...

bom, esse foi o meu sábado a noite...

abraços!

5 comentários:

missbutcher disse...

Chirol, eu acharia mais ou menos se tivesse vencido alguma partida...
:-)

Anônimo disse...

Não participei no encontro mas partilho da opinião do Chirol em relação ao facto de termos crianças. Podemos sempre ter uns jogos mais infantis e fazer de conta que são para eles não é? E alguns são bem divertidos. :)

zorg disse...

Tenho alguma curiosidade em relação ao Shadows over camelot e em relação aos jogos cooperativos em geral.

Já estive quase a comprar esse, o Lord of the rings do Knizia e até o Vanished Planet, que também tem boa fama no BGG. O conceito de toda a gente cooperar atrai-me, mas ao mesmo tempo o "jogar contra o jogo" faz-me desconfiar.

Há decisões difíceis a tomar neste jogo, ou resume-se tudo a coisas mais ou menos óbvias, com a excepção do bluff introduzido pela incerteza em relação ao traidor?

Tânia disse...

Zorg, definitivamente há decisões a tomar e diferentes estratégias a seguir. Não sei se existe uma estratégia mágica para sempre ganhar do tabuleiro. Talvez. Em todo caso após termos jogado 4 vezes ainda não a desvendamos (só ganhamos do tabuleiro uma vez). Neste caso, definitivamente o traidor dá um gostinho a mais no jogo. Acho o jogo bastante interessante, mas não pra ser jogado sempre. É o tipo de jogo pra você ter no armário e sacá-lo a cada 2 meses pra uma partidinha.

missbutcher disse...

Tânia, dois meses... Não inventa que o Chirol vai ler isso aqui!
:-)