segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Como escolher os jogos da sessão? (E um peq com s/ Railroad Dice)

Pra não dizer que não falei das flores, joguei pelo menos dois dias deste mega feriado. Num dia, uma jogatina leve com a Érika, carcassone e cancan. Finalizamos a noite com uma partidinha de Alibi com a Érika, a Dani e a Jéssica.

Daí, separei o domingo para jogar com "o pessoal da FPT" e parabenizar o Eduardo (par da Érica) pelo aniversário. Jogamos o In Shadow of the Emperor, Cartagena, Railroad Dice (comento mais daqui a pouco) e conhecemos o Was Sticht? (SdJ 1994). Nem preciso dizer que o Tola estava presente né?

Na volta, batendo papo com o Tola e o Pedro, discutimos sobre grupos de jogos e o drama para escolher o que pôr sobre a mesa (não consideramos toalhas, xícaras, pratos ou talheres). O Tola acha que o jeito mais fácil é: abrir o armário e cada um indicar algo que não jogaria de jeito nenhum. Desta forma as opções ficam reduzidas e a escolha seria mais fácil.

Não acho que esta seja a solução ideal mas eu tampouco acredito possuir a chave deste enigma ou mesmo a lâmpada a alumiar as cabeças aqui pensantes. Assim, aproveito este foro da criatividade e livre debate para lançar o presente desafio: Como escolher rapidamente os jogos de uma sessão de tabuleiro?

Lançado o desafio e sem que seja necessário atirar as luvas na cara de alguém, passo a comentar a minha grande surpresa deste domingo: o Railroad Dice.


Sim, ó surpresa, o jogo é de dados. Vai entender o Stein...

Bom, qual é a idéia? Adquirir companhias de trens (quadrados com os cubos de uma única cor), por meio da compra de ações (retângulos coloridos) para construir as estações (cubos coloridos) da companhia pertinente nos terrenos (quadrados grandes com os dados brancos).

Os quadrados pequenos com os cubos coloridos são um mini-mapa do jogo. Conforme chego na borda de um quadradão com os trilhos tenho que pegar um novo, então tiro o velho do jogo, devolvo os dados brancos para o supply e coloco os cubos coloridos no mini-mapa, para indicar que naquela região foram construídas as estações correspondentes. Inteligente não?

No final do turno, apenas os controladores das companhias, isto é, aqueles que possuem a maioria das ações da cor correspondente, fazem o número de pontos equivalente à maior sequência de estações daquela companhia (ex.: tenho 3 adjacente e após uma interrupção outras 2, conta, para fins de pontuação, apenas os três). Ao final do jogo, quem tiver mais pontos vence.

Já é tarde e estou com sono, por isso não vou descrever aqui a mecânica do jogo e fazer um resumo das regras, basta dizer que a rolada de dados não é absolutamente decisiva para o seu jogo e aleatoriedade não é preponderante, pois o seu planejamento pode induzir que qualquer rolada torne-se uma boa jogada. Assim, eu gosto de dados!!!!!!!!

Adorei o jogo e já entrou para a minha wish list. Mais um.

abs

Stein

PS> Eu fiquei um pouco incomodado em não falar nada sobre o sistema de jogo e algumas regras, por isso segue um link com um resumo muito bom das regras e do que é o jogo:

http://www.boardgamegeek.com/thread/100790

6 comentários:

zorg disse...

Já estive para mandar vir o Railroad Dice 2, porque era baratinho e parecia muito original (eu tenho um fraquinho por jogos com características pouco habituais). Acabei por mandar vir outra coisa, mas agora se calhar...

Já agora, eu recebi o In the shadow of the emperor de prenda de anos. Qual é o vosso comentário ao jogo? Eu li as regras e aquilo parece-me ter muitíssimo potencial...

soledade disse...

#Stein
é difícil escolher os jogos para uma noitada. por aqui, tirando uma ou outra novidade que todos querem experimentar, nunca há consenso.

Temos sempre de ir dizendo, a mim apetece-me este, a mim apetece-me aquele, vamos eliminando alguns porque não apetecem de todo a alguém e, depois, com o que resta, pensamos no tempo de jogo de cada um e na exigência mental e decidimos.

Ainda acho que o sistema do Tola é o melhor. É uma boa ideia.


# zorg
In the shadow of the emperor é um jogo muito bom. Para quem, como tu, gosta de coisas especiais, diferentes, este jogo apresenta uma mecânica (característica) muito particular - o tempo.
Ou seja, cada um dos imperadores que estão a jogo vão envelhecendo com o passar dos turnos e isso torna-o algo especial.
Parabéns.

Abraços
Paulo

zorg disse...

Paulo

Pois, eu estive a ver as regras e fiquei muito intrigado com essa história dos nobres envelhecerem e, eventualmente, morrerem. É original e introduz uma nova dimensão estratégica a considerar. O facto de só pontuares quando ganhas a região e não quando a manténs também me parece muito giro e indutor de decisões dificieis.

Outra ideia muito engraçada, embora não tão definidora do jogo, é o facto de poderes casar as tuas filhas com os filhos de outros jogadores.

Parece mesmo o meu tipo de jogos: complexo e cheio de opções, mas ao mesmo tempo com mecanismos originais e interessantes... tenho mesmo de o experimentar! :)

Rafael Mantovani disse...

fala, Stein e leitores!

enquanto vocês estavam tomando uma sombra conspiratória junto ao imperador, fugindo da prisão de barquinho e construindo estações de trem, muitas outras aventuras heróicas foram vividas no mini-encontro obatijolo extra-oficial RJ. Em breve teremos fotos e relatos sobre esse magnânimo evento.

Gosto muito do Sombra do Imperador, não só porque as peças em tons pastéis são lindinhas, mas porque sou especialmente curiosos por esses jogos sem aleatoriedade, onde a única aleatoriedade diz respeito ao que se passa na cabeça dos outros e o que eles vão fazer na vez deles. Jogos de "escolha aberta", por assim dizer, em que os jogadores se revezam fazendo escolhas dentre opções fixas e abertas na mesa o tempo todo. Caylus e Bus são outros jogos dessa linha. O Schatten além disso tem uns mecanismos muito legais, como o lance do envelhecimento dos nobres (que já foi mencionado acima), e também as várias votações "automáticas" no fim de cada round. Outra coisa sobre esse jogo é que, pro meu gosto, ele simula bem a situação temática que representa (no caso, famílias conspirando e adquirindo influência sobre o império). E por último, gosto da idéia de que nesse jogo nem sempre vale a pena ficar sendo o imperador (ou seja, se um jogador senta no trono e dali não sai dali ninguém lhe tira, isso não leva necessariamente à vitória). Só joguei esse jogo duas vezes e me diverti muito nas duas.

Quanto a escolher os jogos na sessão, acho que o melhor jeito continua sendo a aclamação geral de sugestões. Uma pessoa sugere um jogo e medem-se os olhares de alegria ou frustração no rosto dos outros participantes. O jogo que receber o resultado mais animador entre os "obas" e os "ah, não" deve ser o escolhido. Não é um jeito perfeito de escolher, mas é melhor que outras soluções que já pensamos, como: o vencedor de uma partida escolhe o próximo jogo; cada um vota num jogo e se fazem segundos e terceiros turnos como numa eleição; combina-se de antemão quais são os jogos da noite; ou se fazem noites temáticas; ou simplesmente jogam-se os jogos que foram comprados mais recentemente!).

saudações para vocês de portugal, espero que tenham aproveitado a presença da bel, senti falta dela nessa viagem ao rio.

bjos

Rafael Mantovani disse...

ah, e beijo pras duas meninas em sua excursão ibérica também! lamentei muito a notícia de que vocês encontraram poucos jogos, e caros. mas divirtam-se, viva barcelona e olé.

zorg disse...

Sobre a escolha dos jogos, por aqui ainda não há grandes problemas e acabo por ser eu a decidir, já que como a maioria do pessoal que joga por aqui ainda é relativamente "virgem" nestas andanças, acabam, na grande maioria das vezes, por jogar aquilo que eu sugerir. Ainda são jovens e ingénuos, não têm critério. :P