sábado, 9 de setembro de 2006

Oba! Amun-Re...




Pena que não jogamos o Amun-Re com maior freqüência! Certamente porque ele é um pouco mais longo que a média dos nossos outros jogos (mas nem se compara a qualquer wargame em termos de duração), e também porque só funciona bem com 4 ou 5 jogadores, e nem sempre temos o quorum necessário.

O jogo de ontem com 4 foi muito agradável, durou um tempo dentro do razoável, e acabou com um certo preconceito que tinha com as partidas com 4 jogadores. É impressionante como um jogo que tem 4 etapas diferentes por turno (5 na fase de pontuação) e pode-se pontuar de 5 maneiras diferentes consegue fluir tão tranquilamente. Jogaram Tania, Bel, Aron e eu, e apesar do jogo ser um pouco cruel com os iniciantes, o Aron gostou e jogou muito bem, fazendo 47 pontos e ficando em segundo lugar (se bem que já podemos considerar o rapaz um gamer experiente).

O sofrimento começa já na primeira fase: o leilão das províncias. Todas as 15 são bem equilibradas em termos de recursos disponíveis, então a briga depende diretamente da sua estratégia. Algumas dão mais cartas, outras são mais agrícolas e outras dão quantidades fixas de dinheiro. E o leilão em valores com progressão aritmética fixo também torna o leilão mais interessante.

A segunda fase é a de compra de recursos: pode-se comprar cartas (que dão poderes especiais e podem ser objetivos a serem cumpridos que valem pontos), agricultores (que servem para ganhar dinheiro) e tijolos para construir pirâmides, que são a grande fonte de pontos. A terceira fase é a oferenda a Amun-Re, onde você pode doar dinheiro ou roubar da caixinha da igreja. Quem doa mais, vira faraó (startplayer) e ganha presentes, quem rouba ganha 3 ouros. Dependendo do valor total doado, o rio Nilo pode transbordar ou não, o que implica em maior ou menor produção dos agricultores, e faz com que caravanas (que dão dinheiro) consigam atravessar ou não o Nilo.

A quarta fase é a de receber dinheiro, e a quinta (que ocorre em 2 das 6 rodadas do jogo) é a pontuação. As várias formas de pontuar (não vou descrever todas aqui) resultam em um jogo bem mais estratégico do que apenas construir pirâmides, e do terceiro para o quarto turno, ou da "primeira para a segunda era", todas as provícias são "zeradas" de agricultores, perdem seus donos e voltam a leilão. Isso faz com que nem sempre seja bom construir uma mega-giga-boa província na primeira era, pois ela pode parar em outras mãos na segunda.

Enfim, o joguinho é ótimo! Complicado, mas simples. Ou seria simples, mas complicado? (super Caetano isso, não?)

3 comentários:

Hugo Carvalho disse...

A última encomenda que fiz tinha de ter um jogo do Knizia. Como não consegui decidir se mandava vir o RA ou o AMUN-RE, mandei vir os dois. Já li as regras do RA e parece-me bem bom, principalmente porque não há nada como jogos de leilão para colocar toda a gente a participar activamente numa partida.
O Amun Re ainda não li as regras mas aqui pelo post do Chirol já deu para ver que é o meu tipo de jogo.

soledade disse...

O Amun-Re foi, também, uma das minhas últimas compras. Aliás, acho que ando numa fase Knizia.
O problema é que, com férias pelo meio (coisa que os nossos tijoleiros do outro lado do atlântico guardam para outros carnavais mais quentes), ainda não aconteceu. Mas está naquela listinha de coisas a fazer, junto com o Taj Mahal.
Abraço
Paulo

zorg disse...

Estou danadinho para jogar isto! Agora que o Hugo mandou vir, espero que não demore muito!