sábado, 30 de setembro de 2006

Mais Um






Há dias que nos surpreendem e ontem num dia que não prometia nada pois já passava das 22h e o Manti e o Gabriel só tinham uma hora, resolvemos estrear o Bridges of Shangri-La, do Leo Colovini.

Estava com player-aid para todos, viva o BGG, e após uma rápida leitura deste resumo começamos uma partida, após o set-up e duas rodadas já havíamos pego as regras e depois já estávamos aplicando táticas pró-projetos individuais de vitória, incluindo as inevitáveis sacaneadas em adversários. Todo mundo gostou bastante, conseguimos concluir o jogo na hora que tínhamos.

O jogo tem regras muito simples mas oferece, tal como no Cartagena, uma míriade de possibilidades, tornando-o absurdamente difícil. Notem que o difícil não é o como nem o por que, mas o que escolher, a angústia da decisão é simplesmente inebriante, o que encantou a todos.

Bom, para não ficar apenas no abstrato vamos ao jogo.

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O que é

O tabuleiro é composto por 13 vilas. Cada cidade tem espaço para 7 disciplinas do conhecimento. Cada jogador tem 7 tiles de cada uma das 7 disciplinas. O objetivo é espalhar esses tiles pelo tabuleiro, pois quem tiver mais mestres no tabuleiro vence.

De cada vila partem 4 estradas, nas quais existem pontes. Quando ocorrem jornadas de uma vila para outra as pontes são destruídas. Ou seja, após 4 viagens, a vila fica isolada. Quando esta fica isolada, nada mais pode acontecer ali e uma pedra do sábio é colocada ali.

Ao todo existem 11 pedras do sábio. Quando a última é posta, o jogo acaba e cada jogador verifica a quantidade de mestres que possui.

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O turno

No turno cada jogador possui 3 opções, devendo optar por apenas uma delas:

1. Colocar um mestre - isso significa colocar um tile de determinada disciplina num espaço vazio correspondente numa vila qualquer. (ou seja, só posso colocar o tile do curandeiro, no espaço do curandeiro)

2. Colocar 2 estudantes - Nos lugares onde já tenho mestres posso colocar sobre os respectivos tiles um novo tile que será considerado um estudante. Cada mestre só pode ter um discípulo.

3. Empreender uma jornada - Numa vila qualquer, onde o jogador tenha ao menos um discípulo, será empreendida uma jornada para outra vila que ainda esteja conectada a vila de origem. O detalhe é que todos os discípulos vão juntos, não só os do jogador que decidiu empreender a jornada.

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A jornada

É o grande lance do jogo. Quando vc empreende a jornada vc destrói a ponte utilizada, começando a isolar a vila. Além disso, os discípulos que vão para uma nova vila dependendo da circunstância viram mestres no local de destino (desalojando mestres que estejam ali ou simplesmente ocupando espaços vazios), continuam como discípulos ou somem do mapa, porque não havia espaço para eles.

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Palmas para o Colovini. Jogão.

9 comentários:

Rafael Mantovani disse...

pois é, eu confirmo que me diverti muito na partida também, é mesmo o tipo do jogo que com um sistema de análise combinatória muito simples gera situações cabeludas. Um detalhe legal do jogo é que, quando muitos estudantes viajam de uma vila para outra, a vila tomada tende a ficar muito parecida com a primeira, ou seja, é como se as vilas tivessem o poder de se reproduzir (mais um jogo que ficaria bom com o tema 'colônia de bactérias'). Também gosto do lance de quebrar as pontes depois que os estudantes passam. E o tema em geral do jogo é muito bom, o lance de estudar disciplinas secretas como fazer chuva, domar (falar com?) dragões e yetis. Pretendo jogar muito ainda esse jogo, Stein! Eu coloquei uma ilustração no post, pra ele ficar mais bonito e pros leitores visualizarem melhor a sinopse das regras (veja que até o player-aid aparece na foto!)
bjo pra todos (ah, e eu e o gabi vamos oficialmente para o rio na semana do saco-cheio, onde nos hospedaremos na casa da digníssima família Kemper-Chirol, sob a proteção e aprovação da glosiosa Marina, que nos emprestará seu colchão e sua fofura).

Rafael Mantovani disse...

P.S.: pensando bem, "sistema de análise combinatória" não parecem ser as palavras certas para o que eu quis dizer... devemos dizer "sistema combinatório"? ou "fórmula de combinações"? ou "sistema de combinações"?... como se chama o "gerador de situações" do jogo?
bjo

Anônimo disse...

Que tal um 'universo de escolhas'?

Realmente o jogo parece interessante, mas, como sou n00b total, fico maravilhado com quase tudo o que vejo pela frente. :)

Aliás, aproveitando a sabedoria alheia (a de vocês), gostaria de perguntar: para o Carcassonne, vale a pena jogar com as expansões? Quantas expansões ele tem? (Procurei por "carcassonne" no BGG e achei um bilhão de hits... é tudo isso mesmo?!) Joguei no BSW e achei a dinamica do jogo muito interessante. Estou querendo testá-lo "IRL". =)

Hasta!

Fernando.

Anônimo disse...

Stein, castle eu nunca ouvi falar. Sei do the tower, que é também uma expansão do carcassonne original, assim como o king & scout.

Dimitri BR disse...

castle, salvo engano, é um jogo independente; é a versão 2-player do carca.

mas Stein, só pra eu ter certeza: ao afirmar que "carcassone só melhora com as expansões", você quer dizer que as exp. são legais - e não que sem elas o jogo é ruim, certo?

porque eu acho o báscio legal. na verdade, o que mais gosto das exp. são os tiles mais variados.

zorg disse...

Sim, o castle é uma versão do carcassonne feita pelo Reiner Knizia, só para 2 pessoas. Não é uma expansão e é um jogo muito giro para 2.

Anônimo disse...

"um excelente jogo introdutório a non-gamers"

ótimo. :)

Era tudo o que eu queria ouvir. ;)
Andei brincando de Carcassonne lá no BSW, ainda estou fazendo umas pontuações ridículas (perdi um jogo para uma gringa de *ultra-lavada*, deu até pena de mim), mas o jogo é cativante.

Ainda não tenho muita experiência no mundo gamer, só uma curiosidade daquelas "de criança", de querer saber mais e mais e mais... Mas algum dia eu terei experiência! :)

Ah! Graziela: já te enviei um e-mail, aguardo a resposta! :) Quem sabe não combinamos uma jogatina germânica? ;D

zorg disse...

Ando a considerar a hipótese de comprar o magna grécia. Algum de vocês tem/já jogou? O que têm a dizer sobre ele?

Rafael Mantovani disse...

o stein tem!
bjo