segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Race for the galaxy: aposentando o San Juan
Com isso tive oportunidade de jogar algumas vezes o Race for the Galaxy, a maioria delas em duas pessoas, mas ainda assim tive a certeza de estar diante de uma jóia rara e, certamente, de um dos melhores jogos de carta já feitos.
A seguir traço um paralelo com o SJ, trazendo algumas diferenças e semelhanças e, eventualmente, apontando algumas remissões ao Puerto Rico, porque o RftG lembra muito mais o PR do que o SJ.
SEMELHANÇAS
a) Ambos tem em comum que a "moeda" em circulação no jogo são as próprias cartas: bens que produzo são cartas viradas para baixo e cartas que pago o custo para descer na mesa são cartas descartadas da mão.
b) O esquema de cartas na mesa, basicamente é o mesmo: há uma divisão em dois tipos; enquanto no SJ temos plantações e edifícios, no RftG temos planetas e tecnologias (olha o tema já fazendo diferença mesmo na semelhança).
c) Ambos utilizam a mecânica de seleção de papéis, conferindo a quem selecionou determinado papel um privilégio. No entanto, o feeling da seleção no RftG é muito diferente. A semelhança reside unicamente no princípio.
d) Ambos contabilizam os pontos de vitória das cartas na mesa assim como o número de cartas na mesa (12) determina o fim do jogo, mas o RftG tem alguns acréscimos que, neste ponto, são herança do Puerto Rico, conforme será explicado adiante.
e) Ambos são extremamente versáteis, jogam bem com qualquer número dentro daquele permitido, ou seja, de 2 a 4 jogadores.
DIFERENÇAS
1. Seleção de Papéis
O RftG oferece a cada jogador um set idêntico com as 5 (cinco) opções de ação. Durante a fase de seleção cada jogador escolhe secretamente uma de suas cartas e todos revelam simultaneamente as respectivas escolhas, tornando disponível para todos os jogadores as respectivas ações. O detalhe é que no momento em que a ação estiver sendo executada por todos os jogadores, o jogador que escolheu a respectiva carta terá, adicionalmente, direito ao privilégio correspondente.
É importante ressaltar que as ações NÃO SE REPETEM, ou seja, se alguém escolheu a mesma ação que outro jogador, essa ação não será executada duas vezes, apenas uma. Todavia, os jogadores que escolheram a ação terão o direito ao privilégio. Eventualmente pode ocorrer que das cinco ações disponíveis num turno apenas uma seja efetivamente executada.
Logo, as opções que se oferecem ao jogador são inúmeras, porque ele sempre tem a certeza de executar a ação necessária à sua situação no jogo. Há também um elemento de risco para tentar maximizar a sua jogada, contando que o adversário escolha determinada ação para que a sua própria esteja livre para avançar ainda mais no jogo.
Não há a possibilidade de marcação previsível como no SJ e no próprio Puerto Rico, procurando travar o jogo do outro, mas, em contrapartida, o RftG exige do jogador um timing de seleção dos próprios papéis para que ao mesmo tempo em que se faz o próprio jogo também não se beneficie demais os oponentes.
2. Pontos de Vitória
Além dos próprios pontos inscritos na carta, no RftG os jogadores tem a opção de enviar os bens produzidos em seus planetas para outros planetas a fim de que estes bens sejam consumidos. Esse consumo pode carrear ao jogador pontos de vitória e cartas para a mão. Aqui há uma proximidade com o "ship load" do Puerto, embora não tão restrito como neste, pois se tenho um bem e tenho um planeta com aptidão de consumo, basta que ocorra no turno a fase de consumo para que eu ganhe os benefícios do consumo.
Em relação aos pontos de vitória e uma estratégia para consegui-los o RftG traz uma variação interessante, na medida em que os bens produzidos (são quatro tipos) contam dentro do baralho com a respectiva estratégia em combos individualizados ou em combinações com os outros bens.
Seria o caso de fazer uma estratégia do "café" ou uma estratégia do "açúcar combinado com o indigo" no próprio San Juan ou mesmo no Puerto Rico. Tudo dependerá da sua mão inicial, pois você terá a opção de ir montando sua estratégia com as cartas que forem sendo adquiridas.
Vale dizer que a estratégia de produção e comercialização não é única (ainda que essa contenha no mínimo 4 caminhos, considerando apenas os bens), pois ainda há a possibilidade de uma estratégia militar, com a conquista de mundos militares e militares rebeldes.
Trata-se de uma adição do RftG: como no SJ para descer cartas você precisa pagar o custo respectivo com cartas da própria mão. No entanto, alguns mundos não podem ser "colonizados", ou seja, pagos com cartas, mas sim conquistados. A conquista funciona com bônus militares de cartas na mesa: se tenho um total de 4 pontos e esse total é igual ou superior ao do mundo que pretendo conquistar, simplesmente o coloco na mesa sem pagar custo algum.
Também vale frisar que, tal como no Puerto Rico, uma das condições de final do jogo é o esgotamento dos pontos de vitória disponíveis na forma de tokens específicos. O que também adiciona uma outra estratégia ao jogo.
3. Identificação Visual
No RftG todas as cartas possuem uma coluna em sua lateral com um bônus aplicável em determinada fase do turno, correspondente às cinco ações disponíveis. Logo, se o bônus da carta é aplicável à ação 3 ("settle"), ao lado do número 3 nesta coluna estará uma legenda contendo o bônus aplicável: um símbolo para o tipo de bônus e um número para a respectiva quantificação (desconto, ponto de vitória, bônus de comércio, etc...).
O jogo é acompanhado de um player aid com essas legendas, mas no decorrer da partida os jogadores já o abandonam, pois as legendas são muito intuitivas. Além disso, algumas cartas, se necessário, contam com uma pequena explicação do bônus aplicável no canto inferior direito.
4. Tema
Particularmente o tema do RftG me agrada muito mais que o do SJ, as cartas dizem muito mais e tem um visual muito melhor no RftG. É mais divertido você baixar uma carta dizendo: "conquistei a base militar rebelde" do que "baixei a plantação de açúcar" ou mesmo "fiz um investimento de crédito" do que "baixei um poço", e por aí vai.
CONCLUSÃO
Embora o RftG seja parecido com o SJ é um jogo muito mais completo, evoluiu para se tornar um verdadeiro gamer's game e jogado em torno de 1 hora, com um tema muito mais interessante e um sistema de informações nas cartas extremamente funcional. Na verdade diria que o RftG está mais para o Puerto Rico do que para o SJ.
O SJ continua sendo um bom jogo na minha opinião, mas é inegável que após algumas partidas ele se torna extremamente mecanizado, tanto que dois jogadores experientes podem jogar uma partida em cerca de 20 minutos, porque as escolhas são extremamente óbvias e porque há basicamente 3 caminhos para vencer o jogo: ou a estratégia baseada em edificações ou a estratégia baseada em plantações ou um mix entre as duas.
O curioso é que o RftG não é tão mais complexo que o SJ, ele apenas oferece mais opções. O sistema de jogo é tão simples quanto e o tempo é apenas um pouco maior. No entanto, essa maior gama de opções o tornam muito mais atrativo para gamers.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Hannibal, não o Lecter
O jogo é sensacional e requer um pouco de dedicação e boa vontade. No começo, jogadores principiantes vão bater muito a cabeça, porque há uma infinidade de detalhes, embora a mecânica básica do jogo seja muito simples.
Ao todo são 18 regiões de grande importância, sendo que para obter o controle de cada região é necessário ao jogador controlar um determinado número de províncias dentro de cada uma das regiões.
Vence o jogo quem ao final de 9 turnos controlar mais regiões. Em caso de empate, a vitória vai para Cartago. Há ainda a possibilidade de no final de cada turno a vitória caber a um dos contentadores, caso o outro não tenha condições de sacrificar províncias suficientes para fazer frente à diferença de prestígio entre as duas nações. Por fim, se qualquer uma das duas cidades sucumbir há a morte súbita em favor dos sitiantes com sucesso.
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Stein
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Doutor em jogos ( e não é o Knizia!)
questionário
Foi rapidinho de responder, e ainda ajuda um pobre nerd! :)
abraços
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Os jogos de novembro
Bom, o que o mês de novembro me trouxe, foi:
Hive (5x); Twilight Struggle (3x); Apples to Apples (2x); Attika (2x); Cutthroat Caverns (3x); Duell (2x); Lightning: Midway (2x); Lost Cities (2x); Alibi, Arkadia, Bull in a China Shop, Caylus Magna Carta, Cold War: CIA vs KGB, Colosseum, Don Pepperoni, Duell in the Dark, Dungeon Twister, Dynasties, Fire and Axe: A Viking Saga, Groo, Hysteri Coach, Imperial, Ingenious, Khet, Lightning: D-Day, Railroad Dice, Mr. Jack, San Juan, Seafarers of Catan, Shear Panic, Thebes, Ticket to Ride: Europe, Ticket to Ride: Switerzland, Vikings
Destes jogos destaco comentando:
Twilight Struggle
Continuo achando um tremendo jogo, muito divertido, mas, pela repetição de partidas pude notar que há sorte demais envolvida, às vezes é frustrante. Todavia, considerando a quantidade de decisões que devem ser tomadas a cada partida e o gerenciamento absolutamente angustiante da sua mão de cartas, vale a pena jogar. Contudo o jogo certamente perdeu terreno em relação aos seus congêneres, principalmente frente ao Hannibal. Por tudo isso estou muito curioso para experimentar o 1960.
Cutthroat Caverns
Num primeiro momento fiquei preocupado, pois o jogo não chegava a representar um desafio. Passei a insistir então que todos tivessem em mente que a par da componente cooperativa do jogo ele era essencialmente competitivo, a cooperação era algo incidental para garantir o andamento do jogo e seu fim. Aí o jogo adquiriu outra dimensão e revelou suas verdadeiras qualidades.
Arkadia
Sensacional. A reafirmação do Rudiger Dorn como grande designer. Dos jogos recentes talvez seja o mais inteligente e o que oferece mais alternativa de estratégia e tática num ambiente de absoluta interação entre os jogadores, sem abandonar nenhuma das características dos bons jogos alemães. Está na wishlist.
Cold War: CIA vs KGB
Uma grata surpresa. Não é um jogo que oferece tantas opções e as decisões são um pouco óbvias, apenas numa ou outra rodada é que o jogador é posto diante de algo realmente difícil para decidir. Há um quê de Citadels, mas de forma um pouco sutil. De qualquer forma, vale o investimento.
Duell in the dark
Visual muito atraente e idéias bem boladas. Trata-se, sem dúvida, de um jogo original. Não há dados ou confronto propriamente dito. É um jogo absolutamente posicional: de acordo com a situação das peças no tabuleiro, os jogadores fazem mais ou menos pontos, tendo como referência os seus aviões. Se os caças alemães interceptam o bombardeiro inglês - pontos para os alemães; se a escolta inglesa intercepta os caças alemães - ponto para os ingleses; bombardeiro inglês atinge cidade alemã - muitos pontos, os quais podem ser reduzidos de acordo com as defesas da cidade e condições climáticas reinantes. E todas as condições são determinadas pelos jogadores, exceto o clima, que é sorteado durante o set-up do jogo.
Khet: the laser game
Jogo de luz e espelhos para determinar a eliminação de peças do adversário. Muito interessante, boa opção como jogo abstrato. As movimentações são rotações de peças ou seu avanço, para determinar mudança na trajetória do laser de forma que este se encerre numa peça do adversário. Bem sacado.
Ticket to Ride: Switerzland
Fiquei impressionado como esse jogo pode ser mal. As possibilidades de cortar a jogada do adversário lembram muito o T2R original, mas não no mesmo nível. Em termos de confronto fica entre este e o Europe. Vale a pena para dar um tempo no Europe e lembrar como podemos ser mesquinhos e egoístas hehehehehe
Vikings
Considero que o jogo não teve a acolhida que merece. Ainda devo apresentá-lo para mais pessoas mas acho um jogo de leilão muito original. As pessoas devem apenas abandonar a idéia que eventualmente tenham a partir do nome: você não vai sair por aí num barco aterrorizando vilarejos, roubando ouro e outras coisas torpes. Para isso, temos o Fire and Axe: a Viking Saga, um bom jogo por sinal.
O ranking de novembro ficou assim:
1. Arkadia
2. Twilight Struggle
3. Railroad Dice
4. Duell in the Dark
5. Fire and Axe: a Viking Saga
6. Imperial
7. Colosseum
8. Ticket to Ride: Switerzland
9. Don Peperoni
10. Cutthroat Caverns
Não joguei o Cave Troll neste mês, caso contrário ele estaria aí, com certeza! :-)
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Risk in Rio!
(também foi capa do jornal EXTRA).
"Designer cria tabuleiro de War ambientado no Rio de Janeiro
War in Rio tem até divisão de exércitos em cores próprias - o BOPE, claro, é o preto
Se rir é o melhor remédio, o designer carioca Fabio Lopez achou a solução para a guerra civil não-declarada no Rio de Janeiro: War in Rio.
Com irônico selo "Crew", paródia da Grow, o tabuleiro criado por Lopez realoca o cenário da Guerra Fria do clássico War para as regiões da capital fluminense. Ao invés de tomar países, agora é preciso dominar favelas.
As cores dos exércitos agora têm razão de ser. As vermelhas, claro, são do Comando Vermelho, seguidas de azul (PM), branco (Milícia), verde (Terceiro Comando) e amarelo (Amigos dos Amigos). Todo mundo, porém, vai querer jogar com as pretas: a cor do BOPE.
O que impressiona, já que se trata de uma piada, é o nível de capricho que o designer dedicou ao baralho, ao tabuleiro... Não se espante se essa piada for mais longe e parar numa linha de produção de verdade. "
E o pessoal achava que o Jogo da Fronteira iria desencaminhar jovens... :)
Algumas fotos:
Bem que eu disse no papel de Geek of the Week que o Brasil poderia render bons temas de jogos de tabuleiro, não esperava que fosse dar nisso!
abraços
Chirol
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Essen 2 - o texto
Voilà!
Eu sei, eu sei. Já tem muito tempo que Essen passou, mas continua sendo o assunto deste blog. Portanto, antes tarde do que nunca. Até porque, a feira merece. Chegamos na Alemanha por Dusseldorf, com o seu aeroporto estranho e uma estação de trem feita a base de vidro e metal, dando um clima impessoal e frio (convenhamos que não precisa de mais frieza, os termômetros já marcavam uma temperatura bem baixa). Foi o tempo de entender como compraríamos o bilhete do trem em direção a Essen. Ao chegarmos, ufa, o Ibis, ótima rede de supermercado do grupo Accord (francesa, bien sûre), era a menos de 200 metros da estação. Bem instaladas (nossa, como valeu desembolsar um pouco a mais do que costumamos pagar por um quarto só pra nós e os jogos), partimos para o Riocentro de Essen (só que com metrô!).
Antes de ir, já tinha ouvido falar de uma estratégia para aproveitar bem: “quinta e sexta dedique-se aos jogos antigos que ficam nos sebos. Os preços são bons, mas os jogos vão embora. Já no domingo, o último dia, aproveite para comprar os lançamentos, que caem de preço”. Bom, nem sempre dá para explorar táticas na feira. Em primeiro lugar porque chegamos na sexta depois do almoço, ou seja, o tempo era curto. E depois porque, quando você chega naquele prédio lotado de jogos por todos os lados, com milhares de pessoas, você leva um susto (aiquesusto total).
Eram cerca de dez pavilhões espalhados em 441.000 metros quadrados, cheios de estandes de jogos novos, editoras, sebos, mesas para jogar e conhecer as novidades… Tinha até uns RPGs e videogames. Mas eram os outsiders, as minorias que estavam ali para constar. “Honestamente, não quero ter mais de dois estandes voltados para os videogames. Quero eles longe da feira”, disse a responsável pelo evento Dominique Metzler, da Comic Action, em entrevista exclusiva para o Oba, Tijolo!. Lembrando, a "Essen" aconteceu entre 18 e 21 de outubro e foi a sexta edição de um sucesso extraordinário da Action Comics, empresa responsável por tuda a produção. Durante quatro dias 148 mil pessoas passaram pelo pavilhão de Essen, a oeste da Alemanha: crianças, jovens, adultos, idosos foram lá com um propósito: conhecer os últimos lançamentos de jogos e comprar, comprar! “Procurando sites que falassem sobre a feira, descobri que um grupo com cerca de 150 coreanos que fez um pacote com avião, hotel e ingressos só para vir a Essen”, conta Dominique, uma simpática mulher nos seus 40 e tantos anos que herdou do pai a tarefa de produzir a feira.
Alguns números
Nesse ano foram 758 exibidores, de 30 nacionalidades e cerca de 500 novidades em jogos. Uma coisa de louco. E nem foi o ano que mais circulou gente. Ano passado foram 151.000 visitantes. Mas, apesar de ser de quinta a domingo, não dá tempo de ver tudo e pesquisar todos os estandes. Infelizmente. Marinheiras de primeira viagem, não conseguimos achar onde estava para vender o The Red Dragon Inn, por exemplo. Um joguinho que estava bastante curiosa para ver e testar.
Em compensação, apesar do “tempo curto”, deu para testarmos jogos como army of frogs - com direito a Tânia ganhar do John Yanni e tudo!!!! -, jenseits von theben, amyitis, cuba, bandu, eketorp, futebol de imã, shear panic, entre outros. Compramos ao todo – para nós – dezoito jogos e, acreditem, ainda não abrimos seis (reef encounter, carolus magnus, yoyo, säulen von venedig, amyitis e ys). Estão abertos, mas ainda não jogamos o san juan, e o kontor. Mas já nos deliciamos com excelentes partidas com três ou duas jogadoras de blue moon city, army of frogs, downfall of pompeii, turn the tide, shear panic, tikal, mississippi queen, jenseits von theben, elfenland e cartagena. Como vocês podem ver, aproveitamos muito Essen para comprar joguinhos dos anos anteriores. Talvez porque era irresistível ver um elfenland a 12, um tikal a 14 e um kontor a 8 euros…Talvez porque os jogos novos ainda estavam um pouco salgados para os nossos bolsos (alguns a 35, 40 euros). Ok, eu sei que isso é barato perto do que está nas lojas e se comprados aí no Brasil. O fato é que saímos de Essen com um gostinho (inho?) de quero mais. Até pensei que fosse me estressar com a quantidade absurda de gente e o empurra-empurra, mas não. Deu para agüentar e todos convieram harmoniosamente. :-)
…
Algumas constatações
Em Essen descobri que Beatles, Rolling Stones, Janis Joplin, Roberto Carlos não morrem jamais. Os clássicos são sempre (muito) procurados e vai sempre haver espaço para carcassone, settlers of catan e até mesmo para os Michael Jackson, ou seja, aqueles que a gente supunha mortos, mas estão vivinhos como banco imobiliário (monopoly), war (risk) e até mesmo combate (stratego), que ganhou versão 3D bem curiosa. Muitos, mas muitos compravam as expansões de carcassone e catan nos sebos e tinha até mesmo malucos para comprar os diferentes monopolys que existe no mundo. Incrível, não? Essen serve para todos os gostos.
Histórias da dupla em Essen
Ah, sim, preciso contar a historinha do army of frogs, para quem ainda não ouviu: Estávamos passando por um cantinho, em direção aos sebos, quando nos deparamos com o estande do army of frogs. Sentado, um moço explicava a um senhor como se jogava a novidade. Paramos para ouvir e o moço de sotaque britânico perguntou se nós gostaríamos de jogar também. A gente, claro, aceitou. Jogo vai, jogo vem, um rapaz apareceu do nada e disse: “é você a quem eu tenho que agradecer pela existência de hive?”, indagou o rapaz para o sujeito que nos explicou o jogo (o de sotaque british). E eis que o moço afirmou com a cabeça, um pouco constrangido, mas com um sorriso nos lábios. Eu olhei pra Tânia, Tânia olhou pra mim e… putz, jogávamos com o autor e nem nos demos conta… Tânia sacou a máquina fotográfica e registrou momentos meus de analisys paralisys (Tânia é fofa, né?) ao lado do autor e fez o favor de ganhar dele (aê!).
...
Bom, nossos amigos d’aqui mar, do SpielPortugal, tiveram acesso exclusivo à nossa wishlistinha, que nada mais era do que quase a minha wishlist inteira, com mais alguns joguinhos, só-para-termos-opções… Algo em torno de dez páginas, formatado em duas colunas. Enorrrrme. Enfim… um dos jogos que lá estava era a novidade Macht und Ohnmacht, do Andreas Steding. Um joguinho para duas pessoas que poderia ser útil para os dias de inverno parisiense. O próprio nos explicou e nos convidou para uma partida. Era para dois jogadores. Explicando muito mais ou menos, o jogo tem “duas fases”: uma de guerreiros e outra de magos. É ruim… É ruim… Não sei o que a turma do “não-há-jogos-ruins-no-mundo” diria sobre esse. Podemos esperar um comentário de uma das fundadores do Polyanna Games, Tânia Zaverucha do Valle. Mas, resumindo, e infelizmente, o joguinho era fraco, confuso e não gostamos de cara (quer dizer, eu não gostei. Não sei qual adjetivo-justificativa a Tânia vai dar, mas eu não gostei). A ponto de nós duas fugirmos do cara (o autor), no momento em que ele saiu da mesa para explicar o jogo para as pessoas que paravam no stand A gente aproveitou e levantou. Ele nos viu e a gente explicou, namaiorcaradepau!, que só queria conhecer o jogo, que aqueles rounds já deram pra gente ter uma noção do jogo. Beleza, obrigada, bye, bye… Ufa! Escapamos. Rolou culpa depois, mas o alívio foi maior.
...
Enquanto eu trabalhava duramente, fazendo a entrevista com a responsável pela feira, Tânia caía em outra cilada. Ela foi jogar cuba com dois franceses e dois croatas (ou sérvios, válásabereu), e ela. Jogo vai, jogo vem, ela não estava lá muito animada com a partida. E, no meio, até teve um sorteio que a Tânia e um dos croatas tiveram que sair. Taninha ficou na esperança de que os outros desistissem na partida, mas não. Teve que ir até o fim, com direito a participação especial de uma abelha…
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
EXTRA! EXTRA!
eis que os lusófonos emplacam dois GotW em seqüência!
depois do nobre colega Costa, chegou a vez do ex bebê-sorriso da revista Pais & Filhos.
sem mais detalhes por ora, há que se clicar para saber...
http://www.boardgamegeek.com/thread/246016
parabéns ao dito cujo e
abraços paratodos!
domingo, 25 de novembro de 2007
Geek of the (last) Week
primeiro lusófono laureado com o GotW,
no momento preciso em que foi informado da premiação
PS: pra completar a alegria ludófila, chegam HOJE, pela conexão Essen-Paris, algumas encomendas feitas por mim e Achilles, e mui gentilmente coletadas por nossas representantes no Velho Continente, as mundialmente famosas Bel e Tânia!
detalhe que, por um desvio de caráter típico de bbgeeks como nós, as meninas NÃO nos revelaram quais de nossas encomendas elas de fato adquiriram/enviaram; assim, a chegada do pacote será realmente surpreendente!
com certeza eu e Quico postaremos em breve sobre os novos jogos, tão logo a revelação tenha lugar (só as fotos é que não posso prometer, pois meu dileto amiguinho tem uma câmera digital, mas parece-me que é à vela: faz semanas que registrou imagens de nós dois com os jogos trazidos pelo Carlos, e até hoje, nada de postá-las...).
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Jogos em foco (literalmente)
Mas bom, antes tarde do que nunca, já diria o velho ditado.
A saída do metro.
Entrada principal.
Nossa primeira visão da feira, assim que entramos.
Algumas mesas de jogo.
Nosso primeiro joguinho!!!
Totó humano
Caylus 3D
Descanso no hall.
O Chewbacca que a Bel não viu.
Só não compramos pois não daria pra levar no avião.
Encontro SpielPortugal-Oba, Tijolo
O El Grande perde
E finalmente as compras!!! Em foco!
Olhem como elas são fofas!!!
domingo, 4 de novembro de 2007
Quem a Bel e a Tânia podiam ter encontrado em Essen...
sábado, 3 de novembro de 2007
Por que no mês da criança joguei menos?
Mr. Jack 6x
Este agradável jogo de "dedução para duas pessoas que funciona" está se tornando um hit aqui em São Paulo. Muitos o estão adicionando para as respectivas coleções, o que indica sua qualidade. Estou ansioso pelas expansões para ver o quanto realmente os novos personagens influem no jogo.
Last Night on Earth 4x
O jogo de zumbis que melhor trabalha o seu tema. Para os heróis é uma angústia constante, para os zumbis é pura diversão, motivo de risadas, embora estes seres já não possuam senso de humor e são animados basicamente pelo desejo de carne humana. Recomendo (aha, peguei vocês, jamais saberão se recomendo a carne humana ou o jogo, adoro ambiguidades).
Bull in a China Shop 3x
Com o tempo o jogo pode ficar bem marcado e as escolhas acabam se tornando um pouco óbvias, mas é um bom filler. Fora que a arte da cópia americana é mais divertidinha que a alemã (só para as notas, a porcelana é igualzinha).
Cave Troll 3x
Finalmente joguei com a variante e realmente vira jogo para sanguinários. Continua divertidíssimo e merecedor da nota 10. Só não arrisco jogar com a variante da compra cega porque acho um exagero (não pode ter uma carta na mão, comprou jogou).
Lost Cities 3x
Um tributo ao gênio matemático do Knizia. Embora matemático é divertido e relaxante. Difícil não gostar dele, a não ser que você se chame Chirol.
Riquezas do Sultão 2x
Um bom jogo nacional, com uma pitada de blefe. Um ótimo jogo de palpites, no qual a perfeita avaliação psicológica do adversário e a memória contam muito.
Partidas solitárias:
Age of Mithology, Antike, Apples to Apples, Bang, Blokus, Bridges of Shangri-la, Cleopatra and the society of architects, Colosseum, Cutthroat Caverns, Equilibrio, Hellas, Traumfabrik, LotR: Confrontation, Louis XIV, Maharaja, Marvel Heroes, Notre Dame, Primordial Soup, Princes of Florence, Saboteur, Shogun, Tanhauser, Thebes, Tikal.
Embora solitárias foram partidas de jogos muito consistentes, densos, e que foram excelentes. Destaque para o AoM, um verdadeiro dice fest, mas lindo com muitas miniaturas, cartas e poderes especiais e também para a tão aguardada estréia da minha cópia do Shogun.
Meu ranking para este mês fica assim:
1. Shogun
2. Antike
3. Last Night on Earth
4. Cave Troll
5. Princes of Florence
6. Thebes
7. Colosseum
8. Louis XIV
9. Mr. Jack
10. Age of Mithology
Lembrando que este é um ranking baseado apenas nos jogos do mês, como diverti neles, etc...
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Oba, jogo novo!
Isso aconteceu há algum tempo com o CAVE TROLL que foi um sopro de ar puro na minha coleção que estava se tornando muito "eurogamer" e me fazendo esquecer as minhas origens. Arrisco-me a dizer que a coleção estava um pouco esnobe e padronizada.
Bem, não lembro como mas fuçando no BGG encontrei um jogo novo de cartas (mas com counters e tokens e cartões especiais para personagens) chamado CUTTHROAT CAVERNS. De cara o que me atraiu foi o lema do jogo:
terça-feira, 23 de outubro de 2007
O enigma de Essen
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Tannhauser: de preocupado para empolgado
De início o Tannhauser tem um impacto visual muito grande e pouco a pouco o apelo de um tema ficcional relacionado às grandes guerras começa a fascinar o jogador durante a leitura do manual.
O jogo em si é indiscutivelmente um jogo de miniatura, a la Dreamblade ou Mage Knight. Já na fase de set-up o jogador é confrontado com a escolha do que levar na missão, ao montar os packs de cada personagem.
É no transcorrer do jogo, no entanto, que Tannhauser revela o seu diferencial como jogo de miniaturas: o tal sistema pathfinder. Trata-se de uma solução inteligente e extremamente prática para miniaturas: tem linha de visão para o tiro - basta ver se ataque e defesa estão em áreas da mesma cor; para alcance basta contar espaços (essa idéia não é nova).
Ou seja conjugaram a questão de contagem de espaços com uma identificação por cor. Simples e prático.
Rejogabilidade quase infinita assim como possibilidades de histórias e personagens num tema muito bem amarrado e instigante. Pena que essas características não foram exploradas no jogo base, mas expansões vem aí e a julgar pelo manual muitas virão, mais ou menos no estilo runebound: algumas pequenas e baratas, seguidas de alguma grande.
O que convém ressaltar é a grande influência de fatores aleatórios, conhecidos como dados. Eles são jogados aos montes. Todavia, fazem sentido com o tema e são recorrentes e diluíveis no jogo, como diz o Alfredo vc não depende do dado num único momento então não tem problema se ferrar o tempo todo, a não ser que você seja um Chirol Zumbi rolando 6 sem parar.
Há ainda alguns pequenos problemas nas regras, fruto talvez de uma tradução não tão cuidadosa do original em francês, principalmente quanto ao combate corpo a corpo. E por incrível que pareça já é bom desfazer um mito: os times não são desbalanceados, o que acontece é que os alemães favorecem mais o estilo de jogo iniciante: sem pensar e correr para bater. O jogo dos americanos é muito mais tático, pelo menos no jogo base, com o equipamento básico.
É bom que se diga ainda que como jogo Tannhauser é para duas pessoas. Se o pessoal estiver num espírito para brincadeira e não tiver preocupações com o tempo, aí mais pessoas podem jogar, mas sinceramente não recomendo.
Vale a pena, é interessante e vejamos como vem as expansões, que podem acrescentar muito ao jogo.
abs
Stein
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Expectativas para Essen ou Papai Noel faz um favor?
Deixando de lado as angústias da vida moderna, ou melhor, as contas a pagar no começo, no meio, no fim e no acréscimo do mês (ah, cartão de crédito, pagarás qualquer conta em 40 dias), o que interessa é imaginar ansiosamente o próximo grande jogo, antegozar o entusiasmo de rasgar o plástico, destacar peças e mais peças, ou, para alguns, cheirar as cartas.
Há algumas obviedades. Talvez a maior delas aqui no Oba seja o Mosquito, embora eu não compartilhe ainda do fanatismo da dupla Chiromitri. Outras expansões a se considerar são as do Mykerinos (tiles com squares aquáticos e personagem novo!), do Pillars of the Earth (um acréscimo no tabuleiro e com o metal sendo produzido em minas!), do Mr. Jack e do St Petersburg.
Existem aqueles jogos que todos estão comentando com destaque para Cuba e Hamburgum, ambos da Eggert Spiele (viva Rondel). Adorei o Antike, apostei no Imperial e foi demais, logo ambos os jogos já estão numa wishlist.
Finalmente um jogo moderno para Perry Rhodan, a minha bizarrice nerd segundo o Alfredo. Pena que o jogo será na linha para dois da Kosmos e pena que versará sobre comércio (queria ver o Exército de Mutantes em Ação e batalhas entre terranos, arcônidas, blues e otras cositas mais, suspiro).
Um jogo de ações de seleção simultânea (mecânica que eu adoro), com um monte de cartas, miniaturas de navios, enfim: lia Capitão Blood e adorava. O jogo se chama Age of Piracy.
Da Ystari só temos tido bons jogos, por isso devo olhar com atenção o Amiytis. Confesso que o tema não me pegou muito, mas considerando que o tema nos jogos da Ystari exige um certo esforço de abstração por parte dos jogadores, acho que não terei problemas aqui.
Particularmente o fato do Yanni ser o designer não basta para que eu fique tão curioso assim, mas como estou postando no Oba, vale uma menção ao seu novo jogo: Army of frogs.
O Duel in the Dark me chamou a atenção por dois motivos: o tema (II Guerra tem um apelo irresistível para mim) e o fato de poder ser jogado solo.
O Galaxy Trucker pelo tema inusitado e por vir da Czech Games, na verdade este seria um bom presente para o Alfredo, embora temas espaciais tenham mais a minha cara que a dele...Outro jogo tcheco que me chamou a atenção foi o Jantaris.
Garibaldi: La Trafila unicamente pelo tema, talvez um pouco pela Nexus e por seu autor, mas, definitivamente é o tema. Andei lendo sobre o Garibaldi e fiquei empolgado.
O Kleine Helden pela arte a la Hagar. O jogo parece uma piada.
Fora o Race for the Galaxy e a versão nacional do Crokinole...
Ou seja, minha lista no momento está com 16 itens...dependendo dos comentários ela poderá ser ampliada...
abs
Stein
domingo, 7 de outubro de 2007
passando o chapéu
mas que súbito ataque de cara-de-pau: depois de pedir votos, agora resolvi pedir dinheiro! bem, não extamente dinheiro: geek gold.
se você está no bgg e não tem gg suficiente para um avatar, leia as instruções abaixo e junte-se a mim!
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acontece que a imagem hive+beatles que criei pro concurso de camisetas (que ainda está acontecendo aqui) me valeu um "tip" espontâneo de um generoso bbgeek.
empolgado com o acontecido, resolvi criar esta lista:
http://www.boardgamegeek.com/geeklist/25127
na qual os geeks sem avatar podem se candidatar a receber doações em gg.
para tal, basta postar um vídeo de música - sim, pois a idéia é tocar na rua e passar o chapéu!
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a quem já tem avatar, peço que visitem a lista e contribuam, seja com geek gold - se o tiverem de sobra - seja com thumbs up - para que a lista fique visível tempo suficiente para cumprir sua missão.
agradeço desde já a colaboração de cada um e, pra já ir entrando no espírito, aí vai uma primeira canção...
- ei, você aí...
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Os jogos em setembro
Cave Troll 10x
Divertidíssimo. Campeão. Queria ganhar mais vezes. Acho que com a repetição vou aprender o feeling do jogo.
Crokinole 8x
Jogo para bar, sítio, família, casa, crianças e até os gatos. Dê petelecos e sorria. Com outros gamers presentes os petelecos começam a se tornar milimetricamente maldosos e não mais meramente geométricos. Que venha para o Natal!
NotreDame 6x
Um excelente eurogame, rápido e interessante. Um gerenciamento de cartas e pontos, interagindo com seus adversários diretamente pela escolha das cartas que eles terão a disposição. Muito bom. Para mim o verdadeiro SdJ.
Riquezas do Sultão 6x
Jogo nacional lançado pela Estrela, do Zatz e do Halaban. Filler divertido no qual o blefe e o conhecimento dos adversários na mesa contam muito.
Manila 5x
Um jogo de apostas do Delonge. São duas fases distintas uma de leilão e outra de ações desenvolvidas ao longo de rolada de dados. Totalmente despretensioso porém divertido.
Blokus Trigon 4x
É impressionante como o simples fato de alterar o formato da peça para triangulos altera completamente a perspectiva do jogo. Outro dado interessante é que o jogo funciona bem somente em três pessoas. Para duas ou quatro recomendo Travel Blokus e Blokus, respectivamente.
Equilibrio 3x
O jogo do momento para a Érika. Além dela continuar me surrando ela apresentou para toda a família e foi um sucesso. Meu consolo é que neste mês ganhei uma partida.
Hive 3x
Hours-councurs aqui no Oba e caiu nas graças da Érika, minha cópia deve chegar no fim deste mês. Entrei para o clube.
Bang 2x
Meu ex-grupo de RPG gosta muito. Na nossa jogatina mensal lá em Campinas virou quase que obrigatório ao menos uma partida.
Caylus Magna Carta 2x
O mesmo feeling do Caylus em um terço do tempo geralmente preciso para concluir uma partida. Ao contrário do San Juan não é um jogo diferente, trata-se realmente do Caylus com cartas. A diferença fica por conta do tempo, o que exige uma estratégia mais imediatista.
Lost Cities 2x
Inclusive servindo como gateway e mais um jogo que caiu nas boas graças da Érika. Sou feliz.
No thanks 2x
Foram partidas frustrantes. Lembrem-se de jogar numa mesa equilibrada, uma pessoa pode tirar o prazer do jogo.
Tannhauser 2x
Nova aquisição da coleção e logo, logo vou escrever sobre ele.
Wings of War: Dawn of War
Mecânica interessantíssima mas estou perplexo com o tempo de duração: as duas partidas que joguei levaram cerca de 2h30. Estou sem entender porque tanto tempo. Tenho a convicção que são as fichas de dano. São muitos zeros em jogo.
Zooloretto 2x
Family game total. Gostoso, leve e sem maiores segredos. Além de ser "fofo" para o público feminino. Acho que nós gamers estamos perdendo as raízes...
Jogos que viram mesa uma única vez neste mês (ao menos comigo presente):
Age of Empires III, Amun-Re, Attika, Blokus, Dawn Under, Domaine, Familienbande, Formula Dé Mini, Global Powers, Hneftafl, I'm the Boss, Jungle Speed, Leornardo da Vinci, Mission Red Planet, Mykerinos, Niagara, Portobello Market, Power Grid, Queen's Necklace, Runebound: Crown of the Elder Kings, Runebound, Ruise & Bruise, Saboteur, Samurai, Setlers of Catan, Die Sieben Siegel, Tichu, Tigris & Eufrates, Tikal, Turn the Tide, Union Pacific, Yspahan.
O top 10 do mês de setembro:
1. Cave Troll
2. Crokinole
3. NotreDame
4. Amun-Re
5. Mission Red Planet
6. Portobello Market
7. Tikal
8. Die Sieben Siegel
9. Union Pacific
10. Manila
campanha eleitoral
estou participando de um concurso de estampas de camiseta lá no bgg.
por favor, votem em meu design, sim? siiim! ;]
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para ver a geeklist do concurso, clique aqui (abre a lista direto no item postado por mim);
para votar basta dar seu "thumbs up" para o item em questão.
a eleição só vai até dia 9, e será decidia pelo número de thumbs up (sendo que há alguns itens já com uma centena de votos, ao passo que acabo de entrar com o meu :P ).
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desde já agradeço o apoio dos nobres colegas! se eleito, prometo fazer obras públicas (construção de centros de música e luderias) e incluir os jogos de tabuleiro na grade obrigatória das escolas primárias. :D
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ah, e pra quem quiser saber no que vai votar, só posso adiantar que meu design une duas das coisas que mais aprecio: música e jogos de tabuleiro! ;]
abraços paratodos!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
geek cake
uni-vos neste auspicioso dia para celebrar o natalício de nossa queridíssima companheira Isabel Butcher!!!
Bel, te desejo muitas alegrias e aventuras interessantes neste jogo um tanto caótico, de pouca estratégia e muita tática, que é a vida! :-D
a seguir, uma seleção de bolos temáticos; escolha seu preferido e caia de boca... ;]
beijos saudosos,
D.
cakeassone - aviso: peças pequenas, desaconselhável para menores de 3 anos
Catan Marzipan - pra comer c'a Tânia (ai!)
Catan cupcakes - modular board!
cumpleaños Rico - quantos pontos você fez hoje, Bel? ;]
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Tomahawk e Tigris e Euphrates
Bom, desde que eu cheguei de viagem escrevi neste blog sobre os jogos que comprei na europa: Cave Troll, Schotten Totten, Zombies e ... ops! Esqueci do Tomahawk!!!
É um joguinho de cartas semi-caótico, como diria meu caro colega luso Zorg. O jogo é apenas para 2 jogadores, e consiste na disputa entre duas tribos de índios pelos melhores territórios de caça e escalpos.
A mecânica é a seguinte: Cada jogador tem um deck de 24 cartas de índios que variam de 1 a 10. O valor indica a força que cada índio tem. Os jogadores baixam cartas em cada turno da mão para disputar os 4 territórios disponíveis e escalpos, sempre em segredo, só revelando na hora de comparar os índios. Os territórios podem ser decididos em mãos de 1, 2 ou 3 cartas. O combate segue o seguinte roteiro:
1) Baixam-se as cartas (em segredo)
2) Revelam-se estas.
3) Resolvem-se os combates individuais (são as cartas baixadas no mesmo turno, e que dão escalpos que valem 1 ponto)
4) Resolvem-se os territórios. (somatório total de índios quando são necessárias mais de uma mão para resolver).
Existem 3 tipos de territórios: planícies, onde não há alteração nenhuma na dinâmica do combate, florestas, onde todas as cartas ficam em segredo até que que o limite da mão seja atingido, e montanhas, que valem poucos pontos, mas que quem vence pode observar as cartas que o outro jogador baixou em uma área de floresta. Cada território tem um valor que varia de 1 a 5 pontos.
E como não podia deixar de ser, o Faidutti (em conjunto com seu comparsa Cathala) ainda criou sete índios com poderes especiais, que são sorteados 3 para cada jogador, que fica com 2. No final ganha quem tiver mais pontos.
O jogo é muito rápido, ágil e sem analisys paralisis. Não é nenhuma descoberta da roda, e é muito caótico, mas funciona para o que se propõe. Útil para intervalos e início ou fim de jogatinas. Em quinze minutos o jogo se resolve e parte-se para alguma coisa mais pesada. E quase que eu me esqueci de dizer: o jogo é cheio de frescura para o set up!! Muito... putz, eu não queria dizer, mas vai lá. fiddly!!!
Outra boa notícia (pelo menos para mim) é que comprei um Tigris e Euphrates de tabuleiro. Já conhecia o jogo e estreei ontem, em uma sessão bem legal com o meu camarada Dimitri. Infelizmente não pude competir com este adepto do Tigris arte. Tal e qual um Garrincha dos jogos de tabuleiro, ele subvertia toda lógica do jogo, de uma maneira que o Knizia nunca teria imaginado: colocou tiles azuis fora dos rios, pontuava por monumentos que nem estavam conectados ao seu reino, e o pior, seus lideres eram anfíbios!!! Conseguiam nadar sem nenhum problema sobre o rio. Não tive nenhuma chance... :)
abraços
sábado, 15 de setembro de 2007
Eu não sei o que é mais legal
Mas talvez o que seja mais legal é que o crokinole disponível é um protótipo. A intenção é que um fabricante nacional o aprimore e disponibilize para vendas a partir de novembro, ou seja, todos já sabem o que vão ganhar de natal.
Joguei 7 partidas, cada partida com 4 rodadas. Foi uma overdose de crokinole.
abs
Stein
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Age of Empires III - atendendo a pedidos
Bom, o primeiro detalhe que os jogadores devem ter em mente é não ter em mente o jogo de computador. O AoE III é um jogo de tabuleiro mesmo e não é como o Warcraft que recria num tabuleiro as mecânicas e o jeito de jogar do computador.
Isso posto, vamos ao jogo. O objetivo é acumular mais pontos ao fim de 8 rodadas, sendo que estas 8 rodadas são divididas em 3 eras (as duas primeiras compostas por 3 rodadas e a última, por duas). Ao final de cada era é feita uma distribuição de pontos por áreas controladas no tabuleiro.
O tabuleiro tem duas áreas bem distintas: uma para determinar as áreas que serão descobertas e colonizadas (esquerda, na figura acima) e outra para as caixas de funções a serem executadas pelos colonos de cada jogador (direita, na figura acima).
As caixas de funções funcionam a la Caylus: vc escolhe um colono na caixa e ele faz a função correspondente. Mas diferente do Caylus há uma disputa pela execução exclusiva da função ou pela prioridade em sua execução.
Deste modo, o jogador é desafiado a pesar suas escolhas, pois obviamente não conseguirá fazer tudo o que quer. Vale lembrar que além dos colonos, cada jogador pode vir a ter colonos especialistas, que de acordo com sua posição no tabuleiro conferem ao respectivo usuário alguma vantagem, além de funcionarem eventualmente como qualquer colono.
Por outro lado, o jogador não pode descuidar das terras a serem descobertas. Uma das caixas de funções é o envio de colonos ao novo mundo (a cada rodada um número limitado de colonos é enviado às novas terras). Contudo, o pessoal apenas desembarca em terras já descobertas, o que nos leva a uma outra das caixas cuja função é o envio de expedições para o Novo Mundo.
As expedições funcionam da seguinte maneira: acumula-se na caixa de função um número X de colonos até que o respectivo jogador resolva tentar uma expedição. Ele escolhe uma região do novo mundo e quantos colonos irão na expedição. Na região escolhida existe uma carta (aleatoriamente distribuída no início do jogo, cada região tem uma), a qual indicará, após revelada a dificuldade da expedição. Se a dificuldade for menor ou igual ao número de integrantes da expedição, esta foi um sucesso e a nova região escolhida pode ser colonizada por qualquer jogador.
A vantagem de se tentar a expedição pode ser resumida na presença automática de um colono na nova região descoberta, no ganho financeiro eventualmente obtido e, mais importante, nos pontos distribuídos pela descoberta.
Por outro lado, esse é um dos aspectos mais criticados do jogo: a aleatoriedade na descoberta. Pessoalmente não julgo um problema por dois motivos: no manual há uma descrição de todas as cartas disponíveis, então os jogadores tem uma idéia aproximada da dificuldade das expedições e conforme as cartas vão sendo eliminadas é possível um cálculo razoável de probabilidades. Além disso estamos falando de um jogo que lida com expedições nos séculos XV-XVI e nem todas davam certo. Para o tema é muito legal.
Outra maneira de obter pontos no jogo são com os prédios de civilização, que são adquiridos ao longo do jogo numa das caixas de função. Cada prédio custa dinheiro, e este custo vai aumentando de era para era. Como nem todos os prédios entram em jogo isso garante uma boa rejogabilidade.
Por fim, no último turno, o dinheiro que seria obtido com o comércio (que funciona por meio de acúmulo de grupos distintos de mercadorias, adquiridas numa das caixas de função) é transformado em pontos.
Logo, o jogo tem a dinamicidade do Caylus, com maior aprofundamento do tema e sem a aridez de algumas regras do Caylus. Tal como no Caylus boa parte das informações está já escrita no tabuleiro. O jogo pode ser considerado uma mistura de Caylus, Leonardo da Vinci e El Grande.
A variedade das formas de pontuação, o sorteio de produtos para o comércio, a aleatoriedade na distruição das cartas de descoberta e no sorteio dos prédios de civilização garantem uma grande rejogabilidade a este jogo que é, sem dúvida, um dos melhores dos últimos tempos. Uma bela aquisição do Alfredo.
abs
Stein
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Meus jogos de agosto
Mamma Mia 7x
É um simpático filler de assar pizzas. Uma espécie de jogo da memória com gerenciamento de cartas na sua mão. Simples e rápido, permite partidas bem descontraídas e xingamentos mútuos entre pizzaiolos quando há roubos de ingredientes por meio de pedidos mal intencionados hehehehe
Mr. Jack 6x
Um jogo de dedução para duas pessoas, muito bem feito e extremamente bem produzido, além de ser jogado em cerca de 20min a 30min. Fácil de explicar as regras e com um mecanismo inteligente de eliminação dos suspeitos.
Equilíbrio 5x
Excelente jogo da Origem. Jogo abstrato, de lógica, para 2 a 4 pessoas. Também se destaca pela rapidez e simplicidade de regras. O único fator que eventualmente incomoda em algumas partidas é a sorte quando se puxam novas cartas de objetivo.
Schildkroetenrennen 4x
Corrida das tartarugas. Jogo infantil do Knizia, no qual as tartarugas se movem por meio de cartas. Muito engraçado mas que frustra um pouco pelo tamanho do percurso, muito curto. Dependendo do número de jogadores e das cartas na sua mão vc não tem muito como reagir numa corrida. Mas isso não é tão grave na medida em que cada partida dura uns 10min.
Hive 3x
Campeão aqui no Oba, não requer muitos comentários.
Carcassonne The Castle 2x
O Carcassone do Knizia para duas pessoas. É praticamente outro jogo, embora inspirado no Carcassonne (tiles, coloca meeple no tile colocado ou não e controla coisas que vai construindo com os tiles) mas definitivamente diferente. Não foi exatamente um sucesso, acho que ainda preciso jogar outras partidas.
Coloretto 2x
Simpático jogo do Schacht, um filler que desafia a cautela e a ambição. Bom jogo de cartas sem nada de extraordinário. As escolhas são muito simples e basicamente se referem ao binômio citado, sendo que a falha na ambição significa beneficiar o adversário e a cautela significa não beneficiar ninguém mas fazer poucos pontos.
Dawn Under 2x
Um bom jogo de memória, com um quê de sacanagem. A sacanagem consiste em preparar armadilhas para o adversário, as quais podem ser evitadas se este tiver a memória suficientemente aguçada. O jogo ao final é definido mais por erros dos adversários do que pela capacidade individual de cada um.
Diabolo 2x
Schacht outra vez, desta vez um filler ainda mais caótico de cartas, escolhas relativamente simples e jogo nada pretensioso. Bom jogo, mas cuidado em não se exceder nesta linha na sua coleção.
Flaschenteufel 2x
Excelente e bizarro jogo de vazas baseado num conto do Robert Louis Stevenson. O objetivo é se livrar da garrafa do diabo, sempre vendendo-a por um preço menor que o comprado. Todo o jogo gira em torno deste conceito do conto e é divertidíssimo. Foi uma surpresa agradável neste mês.
Hellas 2x
Joguinho para 2 da Kosmos e do recentemente falecido Delonge. Dependendo do comprometimento e seriedade dos jogadores envolvidos pode se tornar interminável e às vezes a sorte tem um peso excessivo. Jogado descompromissadamente é muito agradável.
Tafl 2x
Abreviação de um antigo jogo nórdico, produzido pela Origem. Tabuleiro bonito, peças pesadas de metal e abstratamente interessante. É um desafio diferente para as cabeças já habituadas a pedacinhos de papelão ou cubos de madeira.
Lightning: D-Day 2x
Nas primeiras vezes achei um jogo extremamente desbalanceado sobre o desembarque da Normandia e o mais incrível é que em favor dos alemães. Contudo, jogando com as regras corretas e já com certa experiência percebi nuances interessantes sobre o jogo que me fizeram acreditar nele novamente.
Lost Cities 2x
Surpreendentemente joguei pela primeira vez neste mês e adorei. Este Knizia realmente é dose para zoológico. E não passa de um jogo de sequências numéricas...Impressionante. Ah, o tema do jogo é absolutamente irrelevante, para variar.
Lost Valley 2x
Aqui um jogo que é extremamente fiel ao tema, tudo leva ao ambiente sugerido e de uma forma bem lúdica e divertida. Outra agradável surpresa. Os jogadores são basicamente exploradores num vale, em busca de ouro. Caçam, pescam, utilizam dinamite para mineiração, constróem canais, bebem uísque (a única viagem mas tudo bem) e circulam de canoa pelo rio.
Tanz der Hornochsen 2x
A versão em tabuleiro do Take 6 ou Category 5 ou 6nimmt. Batizada por nós de "jogo do cocô". É o 6nimmt na mecânica mas alguns efeitos no tabuleiro exigem alguns cálculos adicionais dos jogadores. Quem fizer menos pontos vence. Divertido mas não extraordinário.
Agora a relação daqueles que joguei uma única partida:
AoE III, Amazonas, Antiquity, Arkham Horror (dark pharaoh), Basari, Blokus, Blue Moon City, Cave Troll, Caylus Magna Carta, Citadels, Colosseum, Dschunke, Fórmula Dé Mini, Die Fugger, Himalaya, Inkognito, Jambo, Liar's Dice, LotR: Confrontation DE, Magna Grecia, Mancala, Marvel Heroes, Meuterer, Notre Dame, Pillars of the Earth, Runebound, Schoten Totten, San Juan, Scrabble, Shadows Over Camelot, Taj Mahal, Tomahawk, Um Reinfenbreite, Winner's Circle, Zombies.
A esmagadora maioria dos jogos foi muito agradável, por isso é até difícil fazer um top 10 de agosto, mas vamos lá:
1. Cave Troll
2. AoE III
3. Mr. Jack
4. Himalaya
5. Caylus Magna Carta
6. LotR: Confrontation DE
7. Notre Dame
8. Basari
9. Flaschenteufel
10. Dschunke
No mais, quem quiser comentar algo sobre algum destes jogos, trocar impressões ou seja lá o que for, mas sempre relativo aos jogos, esteja completamente a vontade.
abs